Desvios urbanos

Se a maioria está no espaço público, as resoluções urbanas se fazem democráticas e politizadas, um trabalho a mais para os líderes eleitos para a nobre função de governar  

Espaço público - Muito já se discutiu sobre o trânsito nas últimas décadas, considerando sempre a quantidade de carros que congestionam a principais vias urbanas, gerando afogamento de grandes proporções no espaço público, proporcionando como resultado acidentes com muitas vítimas, e em decorrência da poluição emergem  estresse, doenças físicas e psicológicas. A situação ainda fica mais complicada quando não há estrutura  para dar fluxo a torrente de automóveis que invadem as ruas, cada vez em maior volume. Pior ainda, se for necessário o fechamento de importantes avenidas, como é o caso de Goiânia, em função obras idealizadas para atender aos tempos modernos.

Desta forma, os governantes precisam se precaver quanto a suas estratégias ao lidar com o dia a dia das cidades, pois as construções, muitas indispensáveis, podem impor efeito contrário na proposta de dar qualidade de vida à comunidade, pois causa tantos transtornos que no final, na memória do eleitor sobra aborrecimentos e falta de compreensão para subtrair o incômodo por meses aos resultados benéficos. Como exemplo, na capital goiana, os acidentes em determinados locais do município são frequentes, cuja constatação nem precisa de pesquisas. Ademais, encontrar um agente de trânsito pela frente em horários de pico é sinal de problemas para o motorista, que deverá usar longos desvios, aumentando o tempo do deslocamento e aborrecimento diante do caos urbano.

Na realidade, se olhado de mais otimista, o aumento de automóveis nas ruas representa tempos em que todos podem ter o seu veículo, o que, faz poucas décadas, era somente privilégio de alguns, que disponham de recursos para adquirir e manter o bem dispensável – sinal de status social. Como o transporte coletivo entrou em um processo de falência, a possibilidade da democratização do carro leva igualdade a lugares que foram pensados conforme diferenças sociais seculares. Se a maioria está no espaço público, as resoluções urbanas se fazem democráticas e politizadas, um trabalho a mais para os líderes eleitos para a nobre função de governar.

Paradoxos da política, também brasileiros

Se assim se mantiver nas próximas eleições haverá caciques de tradicionais partidos de direita (defensores de uma ordem conservadora), grandes empresários do setor financeiro, com discurso de aumento salarial, melhores condições para o trabalhador e menos lucros para o setor industrial internacional

MUDANÇAS IDEOLÓGICAS – O mundo político, é forçoso generalizar, realmente se mostra muito estranho, quando o assunto é poder. Neste sentido há uma indagação permanente, como estruturar um partido em um sistema, do qual liderança significa recursos para se apresentar para a sociedade e ter espaço para revelar suas propostas. O econômico, seguindo sua lógica necessita ordenar o pensamento, de tal maneira que não fuja ao controle de uma certa segurança sistêmica. Assim, sendo como pensar os partidos políticos que discursam para uma nova ordem de pensamento, com atenção ao social, como por exemplo, o Partido dos Trabalhadores? A direita neste sentido, o seu problema é de outra ordem, bem verdade. Pensar de maneira dicotômica pode ser um erro, mas aqui se torna uma maneira de entender os procedimentos eleitorais.

Nos últimos meses cenas inusitadas percorrem o país, o que geram um bom debate, não dito, pois tornou-se comum empresários e lideranças, com opção política conservadoras, apeando no reduto do partido da estrela vermelha – agremiação do poder. Como não se pode fechar em grupo para as filiações que permitem acesso a espaços sonhados pelos petistas, no final, gatos manchados se tornam pardos numa relação de quebra do discurso partidário, que mantém no poder presidentes e políticos no congresso nacional, cuja base está no voto popular, ou seja, da maioria dos trabalhadores, muitas deles longe das tradicionais fábricas paulistas.

Neste sentido, o que vale tanto para a direita brasileira quanto para a esquerda – aqui não pode generalizar, pois existem grupos radicais de ambos os lados, que formam uma minoria, a qual não recebe espaço para seu discurso – é pensar como atingir o poder, trazendo para si o maior números de líderes, com discursos diversos e proposta sem vínculo com a visão de mundo partidária, do qual fará parte. No final, sem identidade tudo vale, menos as cores das legendas.  Desta forma, se o governo é tucano ou democrata aumenta-se o número de políticos do partido, e o mesmo vem ocorrendo com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva.

Se assim se mantiver nas próximas eleições haverá caciques de tradicionais partidos de direita (defensores de uma ordem conservadora), grandes empresários do setor financeiro, com discurso de aumento salarial, melhores condições para o trabalhador e menos lucros para o setor industrial internacional – com ampla leitura sobre socialismo e por que não comunismo – o que conta é fazer parte do poder – verdade que tradicionais líderes de esquerda migraram para partidos conservadores de uma tradição nacionalista e/ou liberal. Serão interessantes para eleitores com dúvidas sobre a política e o seu futuro, afinal sem oposição haverá mesmo somente situação, para um país mais rico economicamente e pobre de ideias, conhecimento e igualdade social.

Cidadão do mundo e as políticas globais

A rigor, o liberalismo que se deteriora no centro financeiro mundial já rendeu dividendos para muitos ricos, e fome para muitos pobres, o que torna insustentável salvaguardar somente as grandes nações

 
 ASSEMBLÉIA DA ONU – Faz pouco as pessoas de qualquer país tinham como obrigação participar das atividades políticas de sua comunidade, outras vezes de sua cidade. Na atualidade, no entanto, nos tornamos cada vez mais cidadãos globais, do mundo, o que equivale dizer mudanças substanciais em nosso comportamento e conhecimento. Desta forma, as decisões tomadas na China, nos Estados Unidos e França dizem respeito aos indivíduos localizados em países da África e Brasil, por exemplo, o que torna reuniões com a Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorre em Nova Iorque (EUA) um evento importante, que deve ser acompanhado de perto. A posição do governo brasileiro, como consequência, interfere na nossa vida particular cada vez mais amarrada as economias mundiais.

Na Abertura da ONU a presidente brasileira Dilma Rousseff (PT) demarcou, para os cerca de 190 representantes de Estados-nação, qual será a política do país da América Latina. Na oportunidade, em seu discurso, condenou o uso de recursos econômicos das principais potências para aumentar o desemprego, com política que visa aumentar suas riquezas em detrimento da população local e de outras nações, principalmente as que convivem com a miséria há séculos.

A questão palestina mereceu atenção de Rousseff que deixou claro que o Brasil apoia a luta do país Árabe de ingressar na ONU, com direito a voto e participar de decisões políticas globais, condição em que está desfavorável diante dos israelenses que tem o apoio explícito dos Estados Unidos.

A presidente também reivindica lugar no conselho permanente de segurança da ONU, com direito a veto, hoje nas mãos de Estados Unidos, França, Reino Unido – que se mostram aliados nas decisões globais – e Rússia e China. Esta certamente é a agência mais importante da entidade, pois o é órgão definidor de intervenções em países que atuam contra os direitos humanos, definindo a ordem global, que atinge as políticas sócias dos Estados, etc. No final, é dele a responsabilidade pela intervenção na Líbia, por exemplo, e na decisão de guerra contra países como Iraque e Afeganistão.

Em resumo, a crise que atinge as nações ricas, sem posicionamento de países como o Brasil, a conta virá para ser socializada com a população fora dos grandes centros exportador e rico, mantendo estrutura econômica de séculos. A rigor, o liberalismo que se deteriora no centro financeiro mundial já rendeu dividendos para muitos ricos e fome para muitos pobres, o que torna insustentável salvaguardar somente as grandes nações.

Assim, cada qual assuma suas responsabilidades, com a observação do cidadão global.

Intervenção na UEG

Educação – Não há dúvida a importância da Universidade Estadual de Goiás (UEG) para o desenvolvimento do estado, capaz de formar uma comunidade para enfrentar seus problemas, seja econômico, social e permitir mais qualidade de vida. A medida do governo estadual, em anos anteriores, em fortalecer a instituição foi acertada e vista pela população com otimismo, numa proposta de reunir faculdades isoladas para, em conjunto, cacifar-se para a pesquisa e melhoria na graduação. Mas a mão de ferro dos governos torna-a apenas mais um espaço burocrático estadual.

Notoriamente que a eleição sucessiva da reitoria enfraquece a igualdade e liberdade dos professores e alunos, pois como o número de contratados é maior do que os efetivos, o processo não ocorre de maneira a zelar tão somente pela instituição. A rigor, uma universidade deve ter o maior peso das decisões no grupo pensante, aquele que está na base educacional. Fora disso a UEG torna-se um órgão público, mais um.

Talvez seja mesmo a hora de definir os rumos a serem seguidos, mas com orientação acadêmica, sem desprezar as prerrogativas políticas que fazem parte do campo de pesquisa, mas de  maneira que haja diálogo e não imposições. Não há dúvida que a conta, no final, é paga pela população que pode ter benefícios e muitos, ou prejuízos, com dinheiro sendo gasto equivocamente. Não há outros caminhos.

Política e tecnologia


Uma ressalva, a defesa daqueles que encontram numa condição de privilégio é natural, mas os representantes políticos que dizem desconhecer a história e seus discursos estão disfarçados, na condição de líder. Lamentável

Tecnologias da comunicação – Acompanhar o desenvolvimento social não é uma tarefa fácil, chegamos às vezes a imaginar que a sociedade, com todas as suas mazelas existe desde a sua origem, no instante que o primeiro homem descobriu sua razão de ser. Não é verdade, há um processo político, econômico e social que vai se desenrolando, no qual todos fazemos parte, seja enquanto memória ou como agentes. Perder de vistas o passado, e suas implicações, é reproduzir ideias que se tornaram verdades pela força de interesses que se materializaram hegemônicos.

Neste sentido vale entender as implicações das tecnologias que pertencem à sociedade e dela faz parte. A rigor, instrumentos que permitam o conhecimento podem significar liberdade, questionamentos e igualdade.



Se analisada a história, de maneira sistêmica, as tecnologias representaram momentos importantes para mudanças do comportamento dos indivíduos que segue cada vez mais urbano e produtivo, deixando de lado suas tradições e legado de vida em comunidade. A comunicação efetivamente passa a ser um lugar, ao mesmo tempo de domínio de mentes e corações, mas abre caminho para as trocas de mensagens entre pessoas distantes. Formam-se a memória local e global, que permite o contato com os registros de determinado momento, seja de crise ou negociações. Como resultado, as transformações religiosas, das relações de produção, de pensamento, comportamento, os quais valem analisar se em favor de toda a humanidade. Mas nem sempre.

De maneira crítica, permanecemos na estrutura de pessoas que pensam e outras que fazem, sem refletir, portanto submetidas ao domínio de um conhecer que se torna verdade. Podemos acrescentar que na realidade econômica do sistema atual há divisão está entre aqueles que produzem e outros poucos que usufruem, considerando as inúmeras possibilidades das invenções permanentes. No entanto, as tecnologias, ao longo, dos tempos vão conduzindo as relações sociais para lugares mais complexos. Ou seja, a interação permanente permite as trocas de mensagens que fazem emergir momentos históricos importantes, e percepção do homem de sua realidade.

Embora esta seja uma visão otimista, não se deve esquecer-se das lutas que ocorrem no campo social, em que há aqueles que interessam pela manutenção desta ordem. Entretanto, existem outros que acreditam que uma sociedade bem informada seja o caminho para a democracia, com usos de novas técnicas – talvez este seja o momento propício para o fluxo de conhecimento, na imaterialidade virtual. Não entender estas relações é defender o raciocínio de indivíduos que apostam da incapacidade da maioria. As transformações existem e para cada passo surgem possibilidades e resistências de ambos os lados. Portanto, os instrumentos da comunicação podem ser uma saída para desconstruir verdades para uma nova ordem de pensamento e de sobrevivência.

Neste sentido, uma ressalva, a defesa daqueles que encontram numa condição de privilégio é natural, mas os representantes políticos que diz desconhecer a história e seus discursos estão disfarçados, na condição de líder. Lamentável. Deve-se abrir ao diálogo, reconhecer o papel que assumem. Há outros caminhos, menos alienantes, ou não.

Mais um 11 de setembro

Um dos fatores que trazem complicações para o momento atual da política em particular, que sustenta a ordem econômica, são a potencialidade das informações que percorrem o mundo com menos limites que nos séculos passados
Estados Unidos relembram os atentados que transformaram o mundo em apenas um dia (REUTERS/Brad Rickerby ) »Imagem Correio Braziliense
ACONTECIMENTOS – Numa análise é difícil entender as razões de tantas imagens sobre o 11 de setembro, nesta época do ano, quando as torres gêmeas, o símbolo do capitalismo dos Estados Unidos, foram “bombardeadas”, tendo como arma aviões convencionais de transporte. Mas é possível imaginar que o sistema econômico e político estejam ameaçados por forças “terroristas” – portanto, capaz de gerar terror intensamente, que desestabiliza – , causadoras do caos no mundo moderno.

A rigor, compreende-se que a nação atingida representa a ordem global para um mundo civilizado, democrático, com igualdade de oportunidade aos indivíduos da sociedade complexa.

Vários especiais no rádio, nos jornais e na televisão durante a semana, chamam a atenção para os conflitos que percorrem o mundo neste momento, descortinando para os motivos de atentados que instabiliza o mundo, eternamente em tensão. Deixa claros os erros cometidos pelo governo George Bush ao entrar numa guerra como imperialista, colocando em questionamento a condição financeira do seu país para enfrentar anos de gastos enormes.

Ao mesmo tempo em que advertências para a manutenção de um regime econômico é possível ver na mídia as diferenças sociais, que atingem a sociedade global, havendo em muitos lugares comunidades sem perspectivas, literalmente vivendo de um caos que se eterniza.

A ordem global certamente não passa simplesmente pelo econômico, pois o mundo vive das lógicas sociais que dizem respeito à cultura, religião, costumes. Mas se a base das práticas sociais passa pelos movimentos financeiros, a concentração de rendas poderá levar a queda de impérios – hoje mais lentamente que antes – apesar da força de comunicação do poder institucional.

Um dos fatores que trazem complicações para o momento atual da política em particular, que sustenta a ordem econômica, são a potencialidade das informações que percorrem o mundo com menos limites que nos séculos passados.

Assim, importante observar com atenção o que não é dito, mais do que está explícito nos tradicionais meios de comunicação, importantes para a existência da modernidade

Torres para prefeito ou presidente?

Neste momento estão sendo feitas as apostas. Então é aguardar o desenrolar dos personagens desta trama intrincada, a qual não se resume à vitória para a prefeitura de Goiânia
 
SUCESSÃO MUNICIPAL – Na política qualquer análise que se faça dias antes das eleições é precipitada – ainda mais se considerados meses – diante da complexidade dos interesses e diferentes cenários que se montam com pequenas mudanças das peças do jogo. Ao longe é mais difícil ter uma visão detalhada do que ocorre no centro do poder político, mas há articulações difíceis da atual oposição ao paço municipal, que enfrentará o prefeito Paulo Garcia (PT).

A expectativa é a candidatura do senador Demóstenes Torres (DEM),  hoje com grande visibilidade nacional, em decorrência de seu discurso efetivo de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT), administração que gera certo receio da classe empresarial e establishment. Como resultado, tornam-se indispensáveis personalidades com retórica e comportamento capazes de sensibilizar a opinião pública (parte dela conservadora), e com conhecimento do sistema social. O senador goiano encaixa nas características desta liderança almejada, que vem perdendo terreno nas últimas campanhas, exatamente pela falta de discursos coerentes com suas bandeiras e circunstâncias sociais, com eleitor mais exigente e participativo.

Caso Torres decida se candidatar contará com o apoio de Marconi Perillo (PSDB) parceiro na última campanha, quando obteve êxito, no segundo turno contra Íris Rezende (PMDB) – candidato que recebeu apoio do partido dos trabalhadores -, tendo como vice um Democrata, José Éliton. PSDB e DEM que não tem nomes capazes de altas apostas no atual cenário eleitoral, resultado das estratégias políticas de manter status em poucos elegíveis e evitar disseminação de poder. Contudo, um provável sucesso do senador emergirá dois políticos em disputa por espaços apertados.

Com experiência no Legislativo, bom de retórica e disposto a enfrentar os governistas, apoiando-se no sistema jurídico, a todo o momento Torres poderá estar na mídia, como vem ocorrendo, participando com eficiência do imaginário social, o que é fundamental para alguém buscar lugares mais altos na política brasileira. A prefeitura de Goiânia seria o novo, se distanciando dos movimentos de Brasília, o conhecido. Neste ponto de vista perdendo espaços preciosos para membros do próprio partido, conquistados ao longo de vários anos, com êxito em função do momento em que vive a direita no Brasil. Neste momento, o senador, como estratégia, deixará que seu nome esteja em especulação, pois mantém visível nas mídia goiana e nacional.

Neste sentido, podem-se observar as sucessivas viagens pelo mundo de Marconi Perillo que mais busca visibilidade nacional, uma liderança cosmopolita, do que exatamente se apresentar para a população regional, que quer ver resolvidas questões mais pontuais, como o saneamento da Celg, reparo de rodovias e economia sustentável. Não há dúvida que, também, Perillo acredita em espaço tucano para uma campanha presidencial com seu nome na cédula eleitoral.

Neste momento estão sendo feitas as apostas. Então é aguardar o desenrolar dos personagens desta trama intrincada, a qual não se resume à vitória para a prefeitura de Goiânia. Aguardar para ver.

11 de setembro para a eternidade

Finalmente, as guerras não fazem um país de vítima, mas atingem nações em outros lugares, que somadas levariam a exaustão uma audiência pouco interessada ao sensacionalismo

GUERRA – A cada ano,  quando se aproxima o 11 de setembro no mundo inteiro, com destaque para o Brasil, há uma grande comoção midiática para relembrar a data fatídica que vitimou milhares de pessoas nos Estados Unidos, quando ato terrorista levou abaixo o símbolo do capital mundial, às torres gêmeas.

De fato, entretanto, que os enfrentamentos, sobretudo, muitos deles com uso de sofisticados equipamentos bélicos, na história mais recente, não deixaram de existir em algum lugar do planeta, que envolve a morte de dezenas de centenas de pessoas, na sua maioria desconhecidos pela opinião pública, ou mesmo esquecidos. Os relatos são sempre de grande sofrimento, também no Haiti, na África, na Alemanha, em países do oriente médio, Ásia, etc.

Na percepção da sociedade global estão as cenas dos aviões, atingindo as colunas do fausto prédio e os gritos de pessoas em desespero, sem saberem exatamente o que ocorria. Todos tentando se proteger, uns obtém mais sorte, outros nem tanto. Irracional.

Num corte de cenário, a catástrofe natural que atingiu o Haiti, além das guerras civis, nas quais morreram pessoas soterradas em meio aos entulhos. Na África as cenas de horror de pessoas fugindo das armas potentes de grupos em disputa por poder, numa batalha sem fim, que tem como epicentro interesses internacionais (com ramificação das grandes potências), que fazem surgir crianças esquálidas,  com ossos a mostra, desnutridas, na Somália, na Etiópia, as quais não tem presente e o futuro se torna apenas uma miragem.

Em outra cena, no Brasil, na Argentina e Chile também são comoventes as mortes de pessoas que lutaram por liberdade, enquanto o Estado (entidade pública) atingiam indivíduos que reagiam ao autoritarismo nacional, com tentáculos da ordem mundial – na busca por poder. Com menos vítimas no Brasil, entretanto, motivo de repulsa, mas com milhares de torturados nos dois países latino-americanos, que ainda tentam levar aos tribunais seus algozes.

Finalmente, as guerras não fazem um país de vítima, mas atingem nações em outros lugares, que somadas levariam a exaustão uma audiência pouco interessada ao sensacionalismo. Contudo, o excesso de imagem em apenas um símbolo deixa à mostra realidade que chama a atenção para apenas alguns ícones da guerra. Privilegiando imagens que não chegam a todos, sensibilizando para os acontecimentos fatídicos, com justiça.

Hipocrisia da guerra

INTERESSES INTERNACIONAIS – A guerra na Líbia se mostra um lugar importante para entender as diversas afirmações dos países centrais, como Inglaterra, França e Estados Unidos. Num primeiro momento, a informação era de que havia um descontrole político do governo de Muamar Kadafi, portanto, o tornava a revolução promovida por insurgentes inevitável.

Diante da dificuldade de vencer o exército líbio, o mundo ficou sabendo que milhares de civis estavam morrendo – o que parece não ser novidade nas guerras, que tem como base o econômico -, como resultado do conflito, portanto, seria fundamental a presença de um órgão externo, neste caso a ONU.

Depois de algum tempo, além de fechar os espaços aéreos do país norte africano para evitar o uso de aviões, as nações internacionais passaram a liberar armas para os chamados insurgentes e explodir pontos estratégicos, onde poderia haver focos de artilharia do país. Com isso se estabelece uma guerra que não insurge a partir da política local, diante de um chefe de governo que está há mais de 40 anos, portanto, uma ditadura.

Com o avanço das tropas “revolucionárias”, as informações são da vitória da democracia ocidental, pois não haveria ingerência externa. Mas hoje o presidente francês Nicolas Sarkozy informa que a guerra continua até encontrar Kadafi, ainda uma ameaça. Conforme matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo,  “A guerra ainda não acabou. Ainda há confrontos. Por isso a OTAN está pronta para continuar nossas operações o quanto for necessário”, disse o secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen. Operações significa uso de armas estrangeiras “com fins pacíficos”.

Afinal, trata-se de uma luta interna, com interesses democráticos que interessam aos líbios ou a invasão é externa? Se assim for, o mundo corre perigo diante dos chefões internacionais. Agora, quem será governo? A democracia não pode representar interesses apenas ocidentais.

O “poderoso chefão” da política

De fato, a revista veja é importante no campo da comunicação, como são os meios de comunicação para a informação da sociedade – não há como duvidar. Entretanto, neste campo movediço, o governo busca sua defesa e ataques, assim, como a oposição tem seus mecanismo de fazer política e melindrar os opositores. Este é o mundo da política

MEIOS DE INFORMAÇÃO – A matéria de capa da Revista Veja da semana (foto ao lado) movimentou os demais meios de comunicação, sobre as denúncias contra o petista e ex-ministro de Lula José Dirceu, o qual estaria conspirando no governo em prol de interesse de seu grupo político. Com imagens ao lado de importantes ministros da administração Dilma Rousseff (PT), nas páginas internas, permite o semanário paulista afirmar que o ex-chefe da Casa Civil é “O poderoso chefão”, diante das negociações escusas, definindo quem fica e sai do governo. Em essência, estratégias discursivas que estabelecem disputas na montagem do cenário político nacional.

Veja sempre contestada por parte de intelectuais brasileira, políticos e movimentos de esquerda obtém apoio de importantes alas do setor econômico brasileiro, pois defende um Estado menor, ou seja, responsável pelos serviços essenciais, como saúde, educação, etc., ficando para o mercado a regulação social, que deverá ser de responsabilidade do mercado – eis a proposta da chamada corrente neoliberal. Desta forma, a privatização é o caminho para uma sociedade desenvolvida e do futuro, assim, como ocorre nos países desenvolvidos – a exemplo dos Estados Unidos. Talvez seja uma aposta que está na contramão do chamado mundo moderno, pois as nações ditas liberais, com as crises, passaram também a valorizar o Estado como ente fundamental, para evitar os interesses insaciáveis de grandes “empreendedores”, principalmente do setor financeiro.

Na própria origem o veículo define o seu lugar de fala, pois a família Civita vem dos Estados Unidos para cá, e a revista foi pensada tendo como modelo a Times, Nova Iorquina. Nada demais, deve haver espaço para as várias linhas de pensamento para o debate sobre os rumos políticos e econômicos. Criticar a revista paulista faz parte do processo de disputas na definição de ideias, as quais tem reflexos na sociedade, e deverá influenciar a opinião pública. De fato, muitas vezes há excessos que vai além da informação pelo semanário, que se torna partido político, faz justiça e se alinha a apenas uma visão de mundo, a conservadora – por vez ultradireita.

O radicalismo nem de direita ou de esquerda não leva a resultados democráticos, porque retira a capacidade de decisão da sociedade, tornando as pessoas somente como massa de manobra, a qual tomaria decisão depois que os seus líderes, no campo de batalha, definissem o vitorioso. Evidentemente, que esta não é a realidade.

As denuncias contra o ex-ministro não traz muitas novidades, a não ser pela sensação de denuncia. Pois, não há dúvidas que as articulações políticas existem permanentemente, e Dirceu não parece ter poder extremado, como retrata a revista, sobre a administração de Rousseff. Caso estejam ocorre sobreposições dentro do governo, torna-se grave, pois o ex-ministro não tem cargo administrativo ou  exerce função pública no Congresso Nacional. Mas não se pode condenar o jogo político, feito pela direita e esquerda e o centro político, sendo nacional e internacional. Não há santos neste mundo.

Possivelmente Antônio Palocci (PT) tenha mesmo saído do governo em função de ações internas do partido, não tem como provar, mas pode especular que nesta missão política, o ministro não recebia apoio de toda a liderança do seu partido, e veio a sofrer derrota. No governo Palocci se comportou como mediador entre governo e empresários, uma espécie de negociador privilegiado, que exigiria movimentos políticos. Mas o seu enriquecimento e posições tenha melindrado as relações na cúpula do PT. Portanto, o ex-deputado teria deixado o seu cargo, não em função de denúncias da oposição, mas de diferenças partidárias internas.

De fato, a revista veja é importante no campo da comunicação, como são todos os meios de comunicação para a informação da sociedade – não há como duvidar. Entretanto, neste campo movediço, o governo busca sua defesa e ataques, assim, como a oposição tem seus mecanismo de fazer política e melindrar os opositores. Este é o mundo da política.

Mas deve-se esclarecer que o leitor é capaz de saber “onde o calo aperta” e definir qual partido tomar. Pois, a rigor, se dependesse das alas conservadoras, o país seria “Os Estados Unidos do Brasil”. Já a esquerda tem uma dura missão, mostrar seu valor na ruptura de modelos eternos, num intrincado processo de negociação.

Pensar a educação da era moderna


A rigor, não há dúvida que o conhecimento social não advém somente da escola burocrática e bancária, o que permite-nos acreditar em um mundo melhor, sempre

EDUCAÇÃO – As pesquisas sobre resultados do aproveitamento dos alunos brasileiros, principalmente no ciclo fundamental, assustam pelas deficiências, cujo reflexo chega à formação dos brasileiros por toda vida, se depender dos bancos da escola. Diante de excesso de críticas da qualidade da educação brasileira, parece, não incomodar efetivamente grande parte da população de um país, que trata suas mazelas apenas com um olhar nos efeitos incômodos, sem, no entanto, tratar as causas.

O problema do ensino do país é de toda a sociedade, mas advém, sobretudo, dos órgãos que dão estrutura a um sistema que tem prioridades determinantes.

Ora, o que as lideranças sociais esperam de uma educação assentada numa diferença de rendas, que chega ao aviltamento humano? Brasileiros relegados à própria sorte em várias regiões brasileiras, com crianças sendo adotadas pela programação da televisão brasileira – não se discute sua qualidade. Pois é notório que uma pessoa passa mais tempo expostos aos meios de comunicação televisuais, do que exatamente nas salas de aula, geralmente com ensino que vai contra princípios das grandes verdades, definidas por um mercado imediatista e persuasivo – que precisa somente de mão de obra. Eis o mundo pós-moderno, da superficialidade e do imediato.

Neste sentido, cabe salientar a quantidade de leituras que se realizam neste país, quantos livros são adquiridos anualmente pelos jovens brasileiros, obrigados muitas vezes a passar pelas requintadas lojas de shopping para chegar às livrarias, as quais entendem comercializar um artigo de luxo, para uma elite econômica. Evidentemente, que o preço do livro continua nas nuvens, para um mercado de pouca produtividade – eis um setor sensível para a formação de jovens.

O estímulo à pesquisa neste Brasil está longe do ideal, pois se há imediaticidade, inimaginável alguém passar horas e horas numa sala de aula ouvindo teorias as mais complexas para obter um título, geralmente de alto custo, cujo resultado demorará o suficiente para desestimular o investimento, para perdas das oportunidades de uma sociedade em movimento rápido. A publicidade está para os bens de consumo e não para o espaço público.

Quanto aos professores, principalmente da rede pública do ensino fundamental, vivem numa luta inimaginada para fazer valer os seus direitos por um salário digno, o que daria para sobreviver com resultados de sua honrosa profissão, o que torna o sonho da busca de uma grande universidade para se inserir na pesquisa quase impossível. Depois é comum grande parte das fontes das mídias selecionadas, conforme discurso estabelecido, de que a melhoria da qualidade do ensino no Brasil não passa pelos baixos salários. Uma hipocrisia, a qual define a proposta de ensino nacional, geralmente, nos municípios e estados administrado por políticos alheios ao conhecimento científico e pedagógico.

Não saber olhar hora em um relógio digital não é menos danoso do que parte dos brasileiros não saber dos seus direitos, numa sociedade com prerrogativas para permitir uma pessoa de ser cidadão, de fato. O relógio denuncia a falta de conhecimento para pensamento crítico, afinal, não é possível saber olhar o tempo, sem entender suas complexidades. O filtro para um deverá ser o impedimento para outros lugares, inclusive do espaço em que se vive e produz.

A rigor, não há dúvida que o conhecimento social não advém somente da escola burocrática e bancária, o que permite-nos acreditar em um mundo melhor, sempre.

Cobertura da mídia, consenso internacional

Possivelmente, se fizer uma pesquisa detida, haverá uma repetição de ideias vindas de mesmo número de autoridades, sem a presença de intelectuais (especialistas pesquisadores) e população

COBERTURA DA MÍDIA – A semana que se encerra hoje foi marcada por assuntos importantes, divulgados pela mídia – pois diante da imediaticidade das informações é o lugar para se informar diretamente- com destaque para a vitória dos insurgentes na Líbia, com a fuga de Mauamar Kadafi, que, de fato, mereceu muito destaque com repórteres enfrentando os riscos do tiroteio entre lados opostos (com vestimenta adequada ao simbolismo da guerra), que ainda permanece. A atenção do mundo se voltou para o país, os meios de comunicação brasileiros não deveriam ficar de fora da cobertura, agora globalizada. No entanto, na América Latina houve disputa feroz entre governo e estudante que exigem mudanças na educação nacional. Mas não teve o mesmo tratamento, longe disso.

Quem acompanha o principal programa jornalístico do país em audiência, o Jornal Nacional pode observar que as matérias relativas à Líbia mereceram repórteres no local da guerra, ao lado das principais redes de televisões mundiais. No entanto, quando a chamada vinha para a América Latina as informações não tinha o mesmo vigor e tempo. Não passaram, durante a semana, de nota coberta, quando o apresentar faz locução do texto sobre imagens em movimento que aparecem no vídeo. Neste sentido, a notícia seguinte, a reconstrução do estádio Mineirão – palco da copa mundial de futebol – mereceu reportagem com um tempo consideravelmente mais elástico. O que pensar?

Afinal, há um padrão de cobertura da mídia brasileira dirigida pelos grandes acontecimentos e conglomerados internacionais, uma espécie de contrato sem diálogo, no qual ficam estabelecidos alguns temas a serem tratados para todas as audiências globais? No final, a forma do tratamento das notícias é a mesma, ou seja, se define qual lado tomar parte? Talvez faltassem comentários de especialistas sobre o assunto, definindo o futuro do país do norte da África, com visão de intelectuais brasileiros, com pesquisa sobre o tema. Infelizmente é comum os telejornais brasileiros apresentarem informações com redações em Londres ou Nova Iorque, entrevistando pensadores do país norte americano, envolvidos no processo político governamental.

Mas é de chamar a atenção à falta de interesse pela América Latina – região que o Brasil tem grande influência -, pois no caso do Chile é um país importante, que diz respeito aos latino americanos, e no mínimo mereceria um coberta mais próxima, principalmente quando diz respeito a conflitos que envolvem mortes de estudantes e enfrentamento de exército, nas ruas. Será que a falta de informação é também informação?

Um ponto ainda merece discussão, quais a fontes (entrevistados) que abastecem o jornalismo brasileiro? Possivelmente, se fizer uma pesquisa detida, haverá uma repetição de ideias vindas de mesmo número de autoridades, sem a presença de intelectuais (especialistas pesquisadores) e população. Se assim for não há pluralidade, como se reverbera, e a comunicação da mídia nacional se apresenta sem observação a democracia propalada. A rigor, trata-se de análise do Jornal Nacional, o que possivelmente seja uma tônica nas demais redes.

Sistema de guerrra

A guerra na Líbia certamente deixa a nu a realidade que se descortina diante do mundo, que se ordena sistematicamente pela imposição de algumas nações desenvolvidas

CRISES SOCIAIS – Os conflitos mundiais se espalham muito rapidamente nas últimas décadas. A sensação que se tem é do aumento das revoltas sociais e respostas políticos dos grandes centros econômicos na liderança mundial. No entanto, a resistência ocorre nas margens do sistema, que se pretende sob controle. As guerras evidentes são no Afeganistão, Iraque e agora Líbia. No entanto, há no oriente médio movimentos sociais e políticos que geram tensão, diferentemente de tempos anteriores, agora tem mais intrincamentos na política das nações. Sem muitos exemplos, a América Latina convive com governos intolerantes ao modelo vigente e lideranças globais. Muitos países mesmo em silencio fazem sua oposição as lógicas sistêmicas contemporâneas.

De fato, numa análise global não se pode fechar os olhos para as guerras que mais parecem permanentes, transformando o mundo em um lugar de conflitos eternos. Mas há tempos de crises em que os nervos se acirram em função de movimentos que parecem exigir mudanças para reiniciar uma nova ordem, que gere mais tranquilidade por um período incerto. Talvez seja este um momento para reflexão sobre as tensões atuais.

O investimento de países como Estados Unidos, Inglaterra, França nas determinações de democracia nas sociedades globais podem legitimar poder que exercem nas demais nações, portanto, atuam de maneira a demonstrar força e riscos para aqueles que resolvam descumprir as regras estabelecidas. A palavra democracia, a rigor, neste contexto define o discurso para a ordem, não exatamente a busca pela igualdade, liberdade entre os povos. Aqui ganha outra conotação.

Afinal, como pensar a democracia diante de tanta pobreza mundial, com milhares de pessoas jogadas à marginalidade? A rigor, existem os países de primeira, segunda e terceira classe, conforme seu poderio econômico e militar. A existência da bomba atômica nos limites nacionais significa mais condições de dialogar com as lideranças, o que evidencia o princípio democrático em voga.

A pergunta que surge imediatamente é: seria possível pensar a sociedade global sem alguma liderança? Talvez não. Mas se há excessos de dominação, transvestido de liderança pode haver falta de credibilidade, de autoridade para a emergência de confusão. No final, nesta perspectiva de ordem global precisa-se avaliar o próprio sistema capitalista que se mostra esgotado na sua essência, sem alterações desde o séc. XVIII. A concentração de poder deve levar a pressão de movimentos que se espalham, forçando líderes políticos a se posicionarem em favor das maiorias regionais em detrimento das ideias aceitas e eternamente verdadeiras, definidas em reuniões das Nações Unidas (ONU).

A guerra na Líbia certamente deixa a nu a realidade que se descortina diante do mundo, que se ordena sistematicamente pela imposição de algumas nações desenvolvidas. Bom, ficar atento quanto às crises econômicas e, sobretudo, sociais.

Guerra na Líbia

Talvez seja necessário analisar detidamente qual democracia e igualdade nacionais e globais estamos falando

  











ALDEIA GLOBAL – Se analisada as informações dos jornais e agências de notícias internacionais, a queda de Muammar Gaddafi é iminente, não há possibilidade haver reversão no processo de domínio do governo pelos grupos rebeldes.  A guerra que se estabeleceu no país resulta, sobremaneira, em ações de França, Inglaterra e Estados Unidos, pois, os insurgentes, despreparados e sem armamentos não teriam condições de enfrentar o poderio estatal de um presidente no poder há mais de quatro décadas.

A vitória, portanto, não resume a algumas lideranças de oposição ao regime, mas de política estabelecida pelas grandes nações e sua defesa de política democrática.

Dois pontos importantes que devem ser analisados rapidamente. Em primeiro lugar, por se tratar de um país formado por tribos com culturas distintas a negociação para a formação de um governo poderá resultar em mais conflitos, para resoluções capazes de levar uma nação inteira a problemas econômicos – a Líbia é grande produtora de petróleo. Dificilmente as nações que se envolveram nas ações bélicas diretamente, se dedicarão intensamente ao debate e conflitos internos. Afinal, a crise econômica assola os países mais ricos, portanto, precisam cuidar de seus problemas sociais e financeiros internos, além de político.

Depois, na ordem global, chefiada pelos Estados Unidos, agora tem ao seu lado de público o apoio da França e Inglaterra, portanto, aliadas na definição do sistema que deve reger as nações mundiais. A democracia está estabelecida pela lógica de liberdade dos povos, mas sempre numa visão da cultura destes países. Esta visão torna mais complicada a análise do que ocorrerá de agora em diante, pois as identidades culturais nos diversos países são diferentes, assim como a política e economia.

Pensar um mundo integrado por uma única filosofia seria um excesso, que leva a pensar numa hegemonia de poder, o que não é uma perspectiva nova, mas numa sociedade global cada vez mais complexa, os enfrentamentos podem se acirrar.

Neste momento vale observar o que resultará dos conflitos locais, com interferências globais no Iraque, no Afeganistão, entre países do oriente médio e agora Líbia. Talvez seja necessário analisar detidamente qual democracia e igualdade nacionais e globais estamos falando.

Filosofia política da presidenta

Para os grandes filósofos políticos, quem quer permanecer no governo precisa definir um lado, não é possível manter os pés em duas canoas políticas. A rigor, pode se dizer que não há diferença entre esquerda e direita nos tempos modernos, mas no final as ideológicas tendem a aparecer com muita força

GOVERNO – Neste momento a presidente Dilma Rousseff (PT) deixa a opinião pública em dúvida quanto aos seus procedimentos políticos, principalmente, ao propor uma ampla moralização nos ministérios, que atingem diversos nomes de parlamentares da base aliada. Ao mesmo tempo sinaliza aproximação com os adversários declarados das lideranças partidárias que a elegeram. De fato, a cada passo deve estar sendo orientada por conhecedores das entranhas do poder estatal.

 Diferentemente de Lula que se apresenta como exímio negociador com diferentes segmentos da sociedade, devido sua militância sindical, Rousseff demonstra determinação para a organização do governo, numa atitude mais técnica, mesmo que isso resulte em desgaste e dificuldades nos diálogos com os aliados. Se a conversa dentro de casa não deverá ser fácil, então surge um elemento que pode balizar as decisões, a presença da oposição, como forma de aumentar suas alternativas em momentos de crise. A princípio uma ameaça aos aliados, porém na condição de não-refém daqueles que a entendem como iniciante na política, e portanto necessitasse de apoio a todo instante – estrutura, formada por pessoas que exigem benefícios particulares.

Esta seria uma forma de evitar o aviltamento do poder dos aliados, ávidos por usar cargos e status para se manter no poder estatal, usando os cofres públicos. Afinal, precisa obter lastro para suas decisões próprias. Um claro sinal para os amigos partidários, inclusive pessoas ligadas ao seu partido. No entanto, o que precisa cuidar-se é para que a estratégia não saia do tom, perdendo o apoio tanto dos aliados como dos amigos da oposição, dentre eles o ilustre e experiente ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Além do que, a visão liberal, defendida por partidos como DEM (conservador) e PSDB (em parte moderado), de uma sociedade moderna aos parâmetros globais pode sobrepor as lógicas de uma sociedade que se espelha na desigualdade social e local, defendida pela presidente na campanha eleitoral. A força do industrialismo que promove riquezas e extermina a pobreza brasileira e mundial, embora seja um discurso sem resultados práticos, ainda fascina aqueles que desejam os benefícios de um sistema concentrador e de prazeres a um minoria ilustre e iluminada.

Se o termômetro das decisões for às pesquisas eleitorais, deve-se ressaltar que Collor de Melo aparecia sempre bem nas pesquisas em seu início de governo, tanto que venceu Lula, mesmo sem ser conhecido pela população brasileira, mas que contou com a publicidade das grandes empresas de comunicação brasileiras. Logo após, na eleição seguinte, Fernando Henrique Cardoso foi aplaudido pela opinião pública, principalmente no primeiro governo, no entanto terminou seu mandato com aceitação que tornava questionável seu governo de dependência internacional.

O que sobressai neste momento é a instabilidade política, que deixa dúvida tanto nos aliados como na oposição. Para os grandes filósofos políticos, quem quer permanecer no governo precisa definir um lado, não é possível manter os pés em duas canoas políticas. A rigor, pode se dizer que não há diferença entre esquerda e direita nos tempos modernos, mas no final as ideológicas tendem a aparecer com muita força.

Faxina de Dilma

A execração de nomes em praça pública, neste caso com a publicidade da mídia, pode resultar em parcerias inseguras para resultados obscuros. A rigor, não é possível em seis meses investir numa cultura política que se arrasta por séculos


CORRUPÇÃO POLÍTICA – Há um consenso na sociedade que perdura desde a descoberta do Brasil, de que é necessária a moralização da política do país, pois ao ser colonizado por Portugal viveu sob o manto da corrupção, com espoliação dos nativos para ganhos financeiros da coroa real. Passado mais de 500 anos o sentimento de ética, democracia e igualdade continua na ordem do dia, diante de políticos que enriquecem em pouco tempo, pertencentes a grupos econômicos. No entanto, em muitos momentos é necessário relativizar, pois a generalização é perigosa, afinal, a dose do remédio não pode matar o paciente.

A palavra faxina que tanto aparece na mídia nos últimos dias faz referência à saída de vários ministros de estado, que alinhados a partidos da base do governo, usaram seus cargos para comprovados ataques aos cofres públicos, como transparece no transporte, turismo e agricultura.  No entanto, a limpeza se relaciona com a determinação de uma mulher que se mostra interessada na moralização, na ética na política nacional. Diferentemente do que ocorreu com Lula, a presidente ganha apoio da mídia e de lideranças da oposição. Sobressai a competência técnica, mas a figura política não se revela – ela chega a “brincar” com o termo, ao ressaltar em evento público, “que esse País tem de fazer a faxina (é) contra a miséria”.

Parece ser o caminho da moralização, mas pode ser vias perigosas, pois na política as negociações não são fáceis, que se faz pelo fisiologismo numa rede que atrela significativa parte de importantes lideranças partidárias.  A execração de nomes em praça pública, neste caso com a publicidade da mídia, pode resultar em parcerias inseguras para resultados obscuros. A rigor, não é possível em seis meses investir numa cultura política que se arrasta por séculos. As negociações são necessárias para qualquer governo que propõe mudanças significativas, as quais oferecem na prática mudanças sociais, em conformidade com os interesses sociais – do colonizado.

Não se trata de participar de negociações escusas, sendo conivente com a falta de ética e corrupção, mas na política é possível resultados com estratégia, com apoio popular e relacionamentos partidários. A saída de Wagner Rossi, da agricultura, seria inevitável diante de tanta pressão midiática e da opinião pública. Não há dúvida de que o jogo em Brasília ficou ainda mais complexo, se considerar a instabilidade do ambiente político. Haverá outras denúncias e movimento da oposição em torno de suas estratégias de enfraquecer o governo.

Finalmente, comum os meios de comunicação no Brasil generalizarem atos de corrupção entre os representantes políticos, mas cabe ressaltar que nem todos usam o seu cargo público em benefício próprio, muitos deles recebem a confiança de parte dos eleitores.  A despolitização, ou descrença com a política, não serve aos interesses sociais, mas de grupos se que fazem hegemônicos na tomada de decisões, em nome da alienação do eleitorado.

Internet nos conflitos globais

Certamente, a instabilidade econômica está em paralelo ou em consequência com o grande fluxo de informação, o que provoca transformações na estrutura política e social no velho e novo mundo

 
MÍDIAS GLOBAIS – Em meio à crise econômica, um assunto vai se perdendo sem debate que merece: o uso da comunicação on-line por grupos sociais contra a política e o estado moderno. A morte de um rapaz negro da periferia (Mr Duggan, 29 anos – foto ao lado), pela polícia inglesa, serviu mais uma vez como estopim para manifestações violentas de jovens que espalhou terror pelas ruas de Londres, cidade do velho mundo. As autoridades imediatamente já buscaram estratégias de conter os movimentos, inicialmente impedindo o uso da internet, capaz de mobilizar multidões. O problema, portanto, estaria na comunicação ao alcance das pessoas que causam tumultos e tira o sossego das autoridades em férias.

De fato, não somente os londrinos passam pelos movimentos de indivíduos que, indignados com a política e econômica, saem às ruas ou praças aos gritos com palavras de ordem e ações que tumultuam e causam instabilidade social. Na Europa recentemente os franceses assistiram carros em chamas e polícias atirando para todos os lados, com o intuito de conter a revolta de jovens imigrantes trabalhadores, descontentes com as intervenções políticas do governo de Nicolas Sarkozy, contra os estrangeiros. A tensão continua.

Na Grécia estabeleceu-se um campo de guerra, o qual culminou no final com a saída do governo do ditador Muhammad Hosni Said Mubarak, o qual teve início com a morte de um jovem desempregado, cujo sistema econômico penalizava grande maioria de pessoas marginalizadas no terreno político. Mais uma vez a internet sofreu cortes para evitar a comunicação rápida entre, principalmente, jovens que acamparam em praça do país por vários dias, que chamou a atenção e pautou (não poderia ser de outra forma) a mídia mundial.

Na América Latina o Chile tem dificuldades em controlar jovens e agora seus familiares que exigem modificação na política educacional do país,  que, privatizada durante o período da ditadura, impede que a população tenha condições de manter os estudos dos filhos, em busca de obter conhecimentos acadêmicos. Apesar do presidente conservador Miguel Juan Sebastián Piñera propor modificações no sistema educacional, os chilenos estão nas ruas esperando atitude convincente do presidente.

Enquanto os formadores de opinião midiáticos se preocupam com as crises econômicas, prioritariamente, estabelece-se uma onde de conflitos na sociedade em vários lugares, os quais vão se disseminando pela mídias tradicionais em consequência de movimentos que se espalham com o uso de meios tecnológicos de comunicação, desde os blogs e redes sociais.

Desta maneira, a comunicação on-line globalizada, que inicialmente foi sendo idealizada para a comercialização de mercadorias, em detrimento do movimento de pessoas pelo mundo, as mensagens eletrônicas, inadvertidamente, vão formando conhecimento da realidade de indivíduos que se descortina em diferentes nações (Talvez Mcluhan esteja certo, eis a Aldeia Global). Certamente, a instabilidade econômica está em paralelo ou em consequência com o grande fluxo de informação, o que provoca transformações na estrutura política e social no velho e novo mundo.

Princípios do jornalismo das organizações globo

A história será importante para conceber o que é transcrito e publicado nas diversas mídias do grupo, presente em todos os municípios brasileiros, cuja direção está em sintonia com o negócio local e global, às vezes mais do que com a informação isenta

 JORNALISMO – As organizações globo publicam hoje (7) em seus vários meios de comunicação o que seria seus princípios jornalísticos, tratando da isenção, contato com as fontes, fundamentos das coberturas e preocupação com o mais próximo da verdade e felicidade da sociedade. Se analisados de maneira mais detida, as regras estabelecidas pela direção do conglomerado não há nenhum acréscimo àquilo que se imagina o consensual no jornalismo. Nos bancos da escola, mesmo primária, há um grande debate sobre o comportamento das mídias, quando se aponta o seu ideal, muitas vezes longe da realidade que se vive.

A grande questão em voga nos dias de hoje, e preocupa as empresas de comunicação, é o fator novas tecnologias, que torna de alguma forma o público menos submetido às lógicas da informação de mídias tradicionais. Assim, iniciamos um tempo em que muitos passam mensagens para muitos, gerando informação de assuntos, muitos deles tratados pela imprensa, que no fundo faz emergir questionamentos e reprovação do comportamento de reportagens, produção de programas, etc.

Portanto, estabelecer as normas do jornalismo moderno, que o diferencia da conversa cotidiana é uma prioridade das redações, no entanto, deve ressaltar que os meios devem estar no intermediário entre fatos e sociedade, considerando que a informação é princípio da sociedade para definir espaço dos indivíduos no seu país e mundo, globalizado. Desta forma, os profissionais de comunicação tornam-se imprescindíveis, mas os programas noticiosos, agora passam pelo crivo da rede de informações informal e ampla, sem limites.

Por outro lado a preocupação da organização globo com a isenção e verdade está na contramão do que se propõe o jornalismo moderno, de posicionamento e definição editorial. Nada mais mentiroso do que imaginar notícia isenta, como se houvesse um modelo para se informar e chegar à verdade absoluta, ou próximo dela. O jornalista está inserido na sociedade, vivenciando suas agruras, governos e embate entre capital e trabalho. São eles que fazem jornalismo, e não os proprietários que cuidam do negócio. Desta forma, quando um jornal explicita sua posição política torna-se mais isento para informar do que aquele que se esconde por trás da objetividade, mas com objetivos claros, conforme interesse político, econômico e audiência.

Sobre o jornalismo da Rede Globo, infelizmente perdeu o tempo de avaliar as prerrogativas da verdade, pois recebeu benefícios de período político questionável, durante a ditadura militar, se posicionando ao lado destes governos e de uma elite, que defendia a manutenção de uma ordem que lhe era favorável em tempos de possíveis mudanças sociais. Prestou serviço que está longe de isenção, mas definiu a verdade numa relação com a ficção e não realidade cotidiana de mortes e prisões arbitrárias.

Sem delongas

Ainda vale ressaltar participação nas eleições de Collor de Melo na década de 90, quando preferiu a não isonomia de tempo entre os oponentes na famosa edição do Jornal Nacional dias ante do pleito eleitoral, quando Lula era o candidato dos trabalhadores. Leonel Brizola nunca deixou de evidenciar suas contrariedades com a empresa carioca que fez oposição efetivas as suas campanhas fluminenses. Além do que, com o objetivo empresariais monopolizou o esporte brasileiro, sendo a única TV a transmitir ou deixar de apresentar partidas de interesse das torcidas regionais, sempre em conformidade com sua programação novelística.

O que se espera de uma das maiores empresas de comunicação do mundo, com grande participação do imaginário nacional é a busca da ética e respeito ao público, que passou a ter mais escolha a assistir sua grande de programação de maneira arbitrária, principalmente nos horários nobres semanalmente e finais de semana, sem levar em consideração o interesse das comunidades fora do eixo Rio-São Paulo, tido com o centro do capital financeiro brasileiro.

O jornalismo das organizações globo, enfim, tem qualidade, pois, dispõe de profissionais de competência, quanto a isso não há dúvida, mas sobressai a incerteza sobre os propósitos apenas mercadológicos e políticos de seus mandatários, que certamente apenas revisou os princípios apresentados por jornalistas da empresa. A torcida é para que esta não seja a realidade e verdade, afinal, está longe a afirmação de isenção do conglomerado, de que  “‘Queremos ser o ambiente onde todos se encontram. Entendemos mídia como instrumento de uma organização social que viabilize a felicidade.’” “O jornalismo que praticamos seguirá sempre este postulado”.

A história será importante para conceber o que é transcrito e publicado nas diversas mídias do grupo que está em todos os municípios brasileiros, cuja direção está em sintonia com o negócio local e global, às vezes mais do que com a informação isenta.

Queda na avaliação dos EUA



CRISE NOS ESTADOS UNIDOS – O assunto do dia é a redução da nota de avaliação de risco financeiro dos Estados Unidos, que seria a mais alta AAA e caiu para AA+, conforme definido pela agência Standard and Poor’s (S&P). No entanto há uma ressalva, estas famosas instituições, espécie de termômetro que marca a segurança de investimento em um país, observada pelos empresários, erraram em suas análises sobre a solidez de países que caíram no período da chamada bolha imobiliária, há cerca de quatro anos.

Na realidade grupos econômico se organizam para evitar rupturas no sistema econômico, com vista ao global. Neste sentido, os Estados Unidos cometeram erros que causam preocupação aos organizadores desta estrutura. Muito mais um alerta ao governo do país da América do Norte, dos caminhos que procura trilhar com altos investimentos do Estado, numa sociedade que deve se nortear pela valorização dos mercados.

As agências sinalizam para a necessidade de redução do tamanho do Estado e valorização do liberalismo econômico, o que exigirá redução de gastos nas ações sociais, implementados pelo país, que vive em meio a duas guerras e com poder bélico assentados em várias nações mundiais.

A disputa política dos Estados Unidos pode abalar a confiança que sempre existiu dos empresários com investimentos internacionais, tendo como referência a terra de Tio Sam.

Diante do impasse, surge a pergunta? Qual seria o país que faria o controle do capitalismo globalizado? Eis a dúvida da mídia e dos mercados, pois seria a China – que mistura capitalismo com comunismo – a liderar a ordem global? Para os analistas trata-se de um sistema não confiável. Portanto, a ação das agências de avaliação torna mais complicada uma situação, que no final pode ser ainda pior.

Possível, então, imaginar que o endividamento dos Estados Unidos merece mais cautela que o apresentado até agora pelos meios de comunicação. Então é esperar para saber.

Pressão social e império em crise

Com se pode avaliar há uma pressão dos grupos sociais do andar de baixo para a distribuição da riqueza, na era da informação, situação sensível aos políticos que dependem de votos para perpetuar no poder

POLÍTICA GLOBAL – A crise econômica que atinge os Estados Unidos traz uma grande preocupação para o mundo neste século, e não seria para menos, afinal surgem algumas dúvidas pouco debatidas pela mídia, que se mostra atenta aos movimentos de mercado e inexoráveis mudanças no sistema capitalista vigente.  A questão mais importante a ser analisada é saber para qual caminho sistêmico seguirá a humanidade, com a perda do controle global dos destinos políticos e econômicos, na atualidade exercido pelo país da América do Norte?

Não somente a terra de tio Sam passa por dificuldades, mas fortes economias europeias sofrem com a perda de estabilidade financeira, aumento do desemprego e deverá passar por problemas políticos, com alteração substancial dos tradicionais quadros partidários. A manutenção de autoridades conservadoras preocupadas com a manutenção dos estatus quo social vai perdendo espaço, diante da instabilidade e insegurança das empresas nacionais que convivem com a falta de recursos para investimentos e poder de compra dos consumidores.

Neste sentido há uma inversão no crescimento global, com melhoria do desempenho para o crescimento sustentável dos países, antes chamados de terceiro mundo, hoje eufemisticamente conhecidos com em desenvolvimento, em detrimento das grandes nações movidas pelo capitalismo especulativo.
Nos Estados Unidos especificamente a disputa ferrenha entre Republicanos (conservadores) e democratas (vistos como liberais) demonstra o que está por detrás das preocupações dos países centrais. Pois, se os conservadores defendem a manutenção e aumento do poder econômico, os democratas entendem que é necessário investir no social, com grande número de pessoas em situação de desemprego e sem assistência do Estado, que se quer cada vez menor (o chamado estado neoliberal).

A crise que pode aumentar a pobreza em grande parte da população do país norte americano faz emergir a equivocada análise de que somente com um mercado forte, nas mãos de uma elite competente se pode alavancar o crescimento social. Afirmação que vem caindo por terra, pois é visível o descontrole econômico dos países ricos com uma classe que concentra riqueza, enquanto aumento o número de pobres. Com se pode avaliar há uma pressão dos grupos sociais do andar de baixo para a distribuição da riqueza, na era da informação, situação sensível aos políticos que dependem de votos para perpetuar no poder. Há por outro lado a força dos grandes empresários globalizados, exigindo atitude política para a ordem vigente das regras econômicas, pois temem perder além dos anéis os dedos.

No final, embora haja a afirmação de que o capitalismo vive de crises para se fortalecer, ao que parece às mudanças sociais atingiram o coração financeiro mundial. O reflexo virá, sendo possível acreditar no claro fortalecimento do Estado, e não a suma redução.