Sistema de guerrra

A guerra na Líbia certamente deixa a nu a realidade que se descortina diante do mundo, que se ordena sistematicamente pela imposição de algumas nações desenvolvidas

CRISES SOCIAIS – Os conflitos mundiais se espalham muito rapidamente nas últimas décadas. A sensação que se tem é do aumento das revoltas sociais e respostas políticos dos grandes centros econômicos na liderança mundial. No entanto, a resistência ocorre nas margens do sistema, que se pretende sob controle. As guerras evidentes são no Afeganistão, Iraque e agora Líbia. No entanto, há no oriente médio movimentos sociais e políticos que geram tensão, diferentemente de tempos anteriores, agora tem mais intrincamentos na política das nações. Sem muitos exemplos, a América Latina convive com governos intolerantes ao modelo vigente e lideranças globais. Muitos países mesmo em silencio fazem sua oposição as lógicas sistêmicas contemporâneas.

De fato, numa análise global não se pode fechar os olhos para as guerras que mais parecem permanentes, transformando o mundo em um lugar de conflitos eternos. Mas há tempos de crises em que os nervos se acirram em função de movimentos que parecem exigir mudanças para reiniciar uma nova ordem, que gere mais tranquilidade por um período incerto. Talvez seja este um momento para reflexão sobre as tensões atuais.

O investimento de países como Estados Unidos, Inglaterra, França nas determinações de democracia nas sociedades globais podem legitimar poder que exercem nas demais nações, portanto, atuam de maneira a demonstrar força e riscos para aqueles que resolvam descumprir as regras estabelecidas. A palavra democracia, a rigor, neste contexto define o discurso para a ordem, não exatamente a busca pela igualdade, liberdade entre os povos. Aqui ganha outra conotação.

Afinal, como pensar a democracia diante de tanta pobreza mundial, com milhares de pessoas jogadas à marginalidade? A rigor, existem os países de primeira, segunda e terceira classe, conforme seu poderio econômico e militar. A existência da bomba atômica nos limites nacionais significa mais condições de dialogar com as lideranças, o que evidencia o princípio democrático em voga.

A pergunta que surge imediatamente é: seria possível pensar a sociedade global sem alguma liderança? Talvez não. Mas se há excessos de dominação, transvestido de liderança pode haver falta de credibilidade, de autoridade para a emergência de confusão. No final, nesta perspectiva de ordem global precisa-se avaliar o próprio sistema capitalista que se mostra esgotado na sua essência, sem alterações desde o séc. XVIII. A concentração de poder deve levar a pressão de movimentos que se espalham, forçando líderes políticos a se posicionarem em favor das maiorias regionais em detrimento das ideias aceitas e eternamente verdadeiras, definidas em reuniões das Nações Unidas (ONU).

A guerra na Líbia certamente deixa a nu a realidade que se descortina diante do mundo, que se ordena sistematicamente pela imposição de algumas nações desenvolvidas. Bom, ficar atento quanto às crises econômicas e, sobretudo, sociais.

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