Aos navegantes PUCantes

A sociedade da tecnologia e o sonho de liberdade*

Um ponto precisa ser destacado neste mundo da tecnologia: as ferramentas que permitem estender as informações aos mais longínquos territórios, potencialmente, poderão servir de base para formação da capacidade de pensamento e participação social. Desta forma, este blog PUCantes se mostra fundamental neste sentido, pois deverá ser um lugar de trocas de informações, momentâneas, para despertar do espírito crítico, que, de alguma forma, está sem lugar nesta sociedade do consumo e interesses apenas individuais.

Se um dia todos nós estivemos a mercê das grandes empresas de comunicação, monopolizadas, entretanto, na atualidade as novas tecnologias da informação permite – embora haja severa exclusão - a liberdade da busca de novas mediações para as trocas de conhecimento e discussões, para a inserção na esfera pública. A ilusão de um mundo distante das mazelas, devido ao novo formato de comunicação, seria uma maneira muito otimista de ver as coisas. Afinal, vivemos em um sistema que há disputas num campo de lutas, cujas estratégias de poder hegemônico servem a interesses particulares. Mas nada mais importante do que o uso da comunicação on-line para relações ubíquas para uma sociedade mais livre e democrática.

Com a certeza que espaços como este será uma tônica da juventude nestes tempos chamados de pós-modernos nos leva a imaginar alternativas para mundo melhor, com igualdade, solidariedade, fraternidade, justiça e paz. Além do que as transformações podem e devem ser idealizada a partir da força dos estudantes, cheio de energia e força para querer um mundo melhor.

Suceeeeeeeeeeeso ao blog e parabéns à turma de jornalismo. Serei também leitor freqüente e colaborar.

* Texto publicado no Blog PUCantes dos estudantes de Jornalismo da PUC/GO, no endereço: http://pucantes.spaceblog.com.br/

Derrubaram o muro?

O muro foi ao chão, mas paradoxalmente seus limites não desapareceram, a crise continua. Como derrubá-lo de fato? Eis a questão.


Política - Definitivamente é exagerada a publicidade midiática sobre a queda do muro de Berlim, na Alemanha, o qual dividia a parte ocidental capitalista e oriental socialista. O fato é gerador de notícias, pois se trata de uma data que trouxe transformações sociais e marcou a política mundial. Entretanto, o exagero e o ângulo tratado certamente distorcem os fatos e ocasiona a perda de memória em uma sociedade carente de informação, que se afaste dos interesses econômicos, simplesmente. O muro do comunismo caiu, mas isto que não quer dizer que a sociedade rompeu obstáculos que põem de lados opostos vidas em condições diferentes de sobrevivência. Não cabem comemorações, mas reflexões profundas.

Há muros entre Estados Unidos e México, primeiro mundo e outros mundos. Educação e analfabetismo continuam dividindo milhões de seres humanos que pouco discernem a realidade em se que vivem, de maneira profunda, pois são alvejados por uma formação somente da imagem centralizada. Fartura e miséria continuam sendo a pedra de toque de uma sociedade que vive na mitologia positivista da natureza, sem se dar conta que a falta de alimento passa pelas lógicas políticas e econômicas, sobretudo. Infelizmente, o capitalismo, quase sempre em crise, não pode dispor de um momento para sua reflexão – com olhar nas pequenas fendas - sobre a necessidade de igualdade e democracia, que resultem em qualidade educacional, formação de identidade e desenvolvimento econômico para os diversos países do mundo, seja no Iraque ou na Iugoslávia.

Como comemorar um evento que não ofereceu exatamente o que se esperava: um mundo melhor? O que há de fato é um único sistema que por isso entrou em crise, levando ao colapso de sua própria realidade apregoada, a solidez. Cabe lembrar-se da necessidade de reparo de um muro constantemente, ou senão ele vai ao chão. Os limites precisam fazer sentido, ou então a fazê-lo entender.

O muro de Berlim perpassa a realidade social como um todo, não se trata de uma definição imposta de um sistema político e econômico centralizado. O socialismo é também social, que se foi desastroso para a civilização se fez uma maneira da busca de milhares de pessoas por alternativa, embora não encontrada. As conseqüências são inevitáveis, como bem sabe os alemães. A derrota é de toda uma sociedade que não conseguiu chegar a alternativas para uma realidade que agrada nem sempre a todos.

Um muro não pode separar o mundo, mas das formas de pensar e ser. A sua queda leva a crises, que traz novas buscas e novos enfrentamentos, permanentemente. As guerras continuam como se vê seus reflexos todos os dias. A notícia torna-se fundamental para se conhecer e entender a história, mas não se deve confundir informação com interesses ideológicos e propaganda. O muro foi ao chão, mas paradoxalmente seus limites não desapareceram, a crise continua. Como derrubá-lo de fato? Eis a questão.

O Limite do Público

Será que o espaço em público significa outra coisa que liberdade e diferenças? O privado tudo e o público o limite.

Comportamento
- Polêmica a parte, o caso do princípio de linchamento da aluna da Universidade Bandeirantes de São Paulo evidencia os limites intransponíveis de mudanças nas estrutura da sociedade na contemporaneidade. Ora, o fato de uma aluna ir a aula de roupa provocante não deveria causar transtornos a uma sociedade que deveria estar acostumada com a lógica moderna de publicidade. A rigor, todos os dias somos bombardeados com mulheres semi-nuas ou peladas no vídeo. Evidentemente que na academia não se trata do mesmo espaço do comércio de produtos, quase sempre com imagens apelativas. Entretanto, a sala de aula passa pelas imbricado mundo sociedade extra-classe.

Em resumo, os muros continuam intransponíveis nas relações sociais, a partir de uma elite cultural. Talvez na rua a moça passasse despercebida, o que não ocorre em uma universidade particular paulista, de uma cidade vista como comospolita e avançada cultural e economicamente. A mulher, desta forma, somente para citar um ponto deste mundo dirigido pelas lógica dominantes se especializa em preconceitos que definem de cima para baixo uma sociedade conservadora e moralizadora. Uma realidade não vista, porém existente não somente no Brasil, portanto, uma globalização que reage contra as diferenças. Mas cabe uma análise de onde vem tais definições? Pois o comportamento da juventude Uniban extra-classe deve ser distoante desta realidade. Será que o espaço em público significa outra coisa que liberdade e diferenças? O privado tudo e o público o limite.