Ano Novo

Feliz Natal e prosperidade no ano novo

Na vida acadêmica, o final de ano é sempre de correrias e responsabilidades com grande número de alunos que encerram o período de estudos e concluem o seu curso, depois de muitos anos de dedicação. Desta maneira, em geral, os professores concentram suas energias, as poucas que ainda restam, na busca de atender com esmero os estudantes.

Desta maneira, a pouca participação neste espaço, o que no faz desculpar com aqueles que nos leem com certa frequência.

Aproveitando o fechamento do ano, tempo de festividades, para descanso, que entendemos merecido, mas por apenas alguns dias. Assim, sendo em janeiro estaremos atuante no debate sobre os vários temas que tentamos participar.

Nosso desejo de um Ano Novo de renovações e energia para um estado e país cada vez mais democráticos e humanos.

Agradecimentos sinceros aos importantes leitores dos textos deste blog.

Feliz Natal e prosperidade no ano novo.

Imoralidade?

Em determinados momentos, um surto de realidade assusta, afinal, o que se quer invisível aparece de maneira clara e cristalina. Não dá para esconder que o brasil precisa ser visto e tem vontade. Ponto.

POLÍTICA - O aumento nos salários dos parlamentares brasileiros criou mais uma vez um grande debate na mídia e nas ruas, o que mostra um paradoxo e talvez hipocrisia. Considerando que vivemos em uma sociedade da desigualdade absurda entre ricos e pobres, qual a razão do questionamento e da perplexidade, se de alguma forma há, de fato, uma política de hegemonia econômica entre grupos que usam o sufrágio para manter a atual conjuntura?

Se comparado ao salário mínimo, evidentemente que há excessos de rendimentos dos políticos do Congresso Nacional. Mas não se pode esquecer-se dos lobbies e "negócios" nas salas confortáveis de Brasília, na realidade mais humanitários do que os parcos e rendimentos mensais, muitas vezes desonestos.

O que gera muito desconforto é imaginar que o parlamentar que defende a estrutura financeira de mercado, cujo retorno geralmente atende a poucos, deveria zelar por uma gestão franciscana. Na realidade, o Estado tem a função importante de organizar as relações sociais a partir das lógicas capitais (pelo menos é o que está escrito tacitamente), o que pressupõe se beneficiar do que resulta da sua luta constante e diária. Se alguém resolver discordar, seria importante ouvir os argumentos, afinal, há sinais de mudanças na cena social, considerando a existência de uma sociedade mais consciente da realidade que a cerca.

Por outro lado, a imoralidade está na falta de respeito com a coisa pública, de tal ordem que seria necessário o parlamentar usar de seu cargo eletivo para obter resultados ilícitos em detrimento de preservar os interesses dos eleitores. Portanto, o salário dos senhores deputados e senadores devem ser compatíveis com o mercado, de sorte que permita uma gestão a mais próxima do cidadão.

O que falta ao Congresso Nacional brasileiro, e que não diz respeito a todos os parlamentares, é realmente defender os interesses públicos e não de empresários ou grupos políticos, com prerrogativas de manter uma ordem monárquica, considerando seus privilégios eternos, sem importância para o desenvolvimento e interesses sociais.

Deputado Tiritica

Parece imoral o excesso de visibilidade negativa que se dá ao deputado por São Paulo, pelo PR, Francisco Everardo Oliveira Silva, o artista Tiririca. Muito se falou, mas ainda não se consegue imaginar que o Congresso Nacional somente deve abrigar pessoas do alto clero, ou seja, com boa universidade, capaz de ler e entender grandes autores, de preferência defensor do status quo.

Ora, no Brasil tem brasis, com pessoas que vivem se virando para defender os seus interesses sem representação política. O ato de repúdio, se é este o pensamento preconceituoso, faz parte da política.

Infelizmente a mídia brasileira excede nos seus discursos de defensora dos bons costumes pouco republicanos. Em determinados momentos, um surto de realidade assusta, afinal, o que se quer invisível aparece de maneira clara e cristalina. Não dá para esconder que o brasil precisa ser visto e tem vontade. Ponto.

Sílvio Santos e Julian Assange

Dizer que aqui começa a era da comunicação, com indivíduos participantes, seria um exagero, mas pode ser o início de um debate importante sobre o conhecimento social da realidade, pois o sensacionalismo que vende não pode resultar em informação.

TELEVISÃO - A comunicação gerada pelas empresas de mídias merece uma ampla discussão nos dias de hoje, em função de capacidade do uso da desinformação para a desigualdade social e formação de um privilégio que, sob todos os ângulos, é injusto. Toda vez que se aborda o assunto entra em campo um pequeno número de pessoas influentes para disseminar o caos, sempre com o discurso que o mundo vai acabar ou coisa que o valha. Na realidade está o desejo de evitar fluxo maior de informação, que permita maior número de pessoas conhecer o universo em que vive, cuja rede de notícias interfere na vida de todos os cidadãos.

Os jornais trazem dois assuntos que merecem discussão neste domingo(12), se olhados pela lógica da informação: de um lado está o aniversário do apresentador de televisão Senor Abravanel, conhecido como Sílvio Santos, dono da rede de televisão SBT, que completa 80 anos, muitos deles vividos no palco televisual, fazendo rir milhares de pessoas em todo país - o reconhecimento pelo seu talento como apresentador e empresário, apesar da dificuldade financeira do banco Panamericano.

Por outro lado, está o australiano Julian Assange, que ganha notoriedade em todo o mundo em função de seu site Wikileaks, que divide as páginas policiais e de mídia, depois de fazer vazar centenas de documentos que atingem especialmente os Estados Unidos, o país líder da ordem global deste século.

Vale a pena uma reflexão, da utilidade das mídias ao longo de vários anos, sobretudo, desde a década de 50, quando do surgimento da televisão, e a realidade que se vive. Se em determinado momento os meios de comunicação serviram aos interesses dos partidos políticos no sentido de disseminação na sociedade de debates sobre as lideranças sociais, ao longo dos tempos os grandes jornais passam a assumir o papel de empresas com a única finalidade de obter altos rendimentos financeiros, levando milhares de pessoas ao prazer, cujo comportamento é sinônimo de alienação, sendo responsáveis em produzir e consumir desenfreadamente.

No que se refere à televisão brasileira, o SBT não está sozinha com a peculiaridade do espetáculo em primazia, pois a rede globo "esqueceu" de dizer para todo o país que havia, no começo dos anos 80, uma fervorosa luta pelas diretas-já, e que o governo militar no poder desde 1964 estava aos frangalhos, somente para ficar em um exemplo. Então a velha frase que marcou este tempo: o país vai mal, mas na globo vai muito bem.

A pergunta que sobressai neste instante é: com os novos meios de informação como ficará está ordem social de pequenos grupos que detem o poder de informar? A resposta está na luta fraticidade, cuja estratégia começa em afirmar que é preciso salvaguardar a liberdade de comunicação, sendo que os tradicionais meios de comunicação representam a essência de uma sociedade democrática.

Os Estados Unidos começaram a provar os efeitos do fluxo de informação imaterial, via internet. Não basta prender o seu idealizador, pois não se trata da competência de um homem, mas da potencialidade do novo meio, que surgiu paradoxalmente como instrumento de guerra.

Dizer que aqui começa a era da comunicação, com indivíduos participantes, seria um exagero, mas pode ser o início de um debate importante sobre o conhecimento social da realidade, pois o sensacionalismo que vende não pode resultar em informação.

Wikileaks

A rigor, a rede de comunicação virtual potencialmente revela realidades que não seria possível se houvesse poucos comunicando para muitos, mas há uma mudança substancial neste sentido.

Virtual - Democracia na comunicação resulta em termos vagos numa sociedade, cuja política é tornar-se público aquilo que mantém a ordem social, sem permitir nenhuma alteração nas regras e comportamento das massas. Seria assim, a informação deve estar no limite da ruptura do modelo vigente, o qual não deve sofrer qualquer abalo, sob pena de uma transformação que levaria o caos. Então, o guardiães da ordem veem nas notícias um risco à soberania das nações, as quais dizem respeito à liberdade do cidadão de escolhas pré-definidas, num quadro estabelecido. Sintomático, portanto, o caso do site Wikileaks.

Um australiano de 39 anos, Julian Assange, decidiu construir um site, cujo objetivo é vazar informações sigilosas de empresas e governos, desde o seu surgimento a política de governos dos Estados Unidos não tiveram sossego, com fatos que revelam o mundo obscuro de sua diplomacia e as próprias regras para o comando da ordem mundial. Num primeiro momento, documentos revelaram o procedimento que orientou a guerra no Afeganistão, atingindo a estrutura política externa estadunidense. Recentemente, mais 250 o vazamento diz respeito às conversas reveladoras entre a diplomacia americana nos encontros secretos realizados pelo alto escalão da nação americana.

No final, como a rede de internet foi construída como ferramenta de guerra, para evitar bloqueios nos fluxos de informações, sem condições de obstrução, não restou outra alternativa aos governos, principalmente dos Estados Unidos cassarem (ou seria caçarem) o dono do blog para que cesse a divulgação de materiais que depõem contra a imagem da política externa estadunidense e empresas internacionais.

Como reflexo da crise gerada na ordem hegemônica global, a Amazon, que hospedava o site, impediu que Assage continuasse a usar os seus serviços para divulgar o conteúdo constrangedor. Então, o australiano migrou o endereço virtual para a França e Suécia, entretanto, o governo parisiense já sinalizou não querer o blogueiro por lá. Se não bastasse na Suécia Assange é procurado por crime sexual, estupro e coerção ilegal.

Como na política muito pouco vem a público, pois, como disse um ministro brasileiro “o que é bom a gente mostra e o que ruim a gente esconde”, é difícil entender os procedimentos das altas esferas dos parlamentos, e saber o que motiva o blogueiro em sua busca de denuncia, que deveriam ser mantidas em segredo. Além do mais se na vida privada tem alguma relação partidária ou ilícita. O fato é que os documentos se mostram escandalosos e os governos dos Estados Unidos, em sua parte, não conseguem desmenti-los.

A rigor, a rede de comunicação virtual potencialmente revela realidades que não seria possível se houvesse poucos comunicando para muitos, mas há uma mudança substancial neste sentido. Na atualidade muitos conversam com muitos e as sombras podem ser iluminadas no subterrâneo. Portanto, necessário se preparar para os novos tempos de comunicação.

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Mídias em debate

Notório o desinteresse das praças, que reproduzem as redes, em investir em programas locais, o que cria uma situação desagradável de uma cultura sendo dirigida pelos editores paulistas e cariocas, para o resto do país.

COMUNICAÇÃO - Ao longo dos últimos meses a discussão em torno da regulamentação das mídias brasileiras se intensificou, e torna-se urgente este debate. Por séculos o país convive com meios de comunicação concentrados nas mãos de poucas empresas que tem o veículo apenas como mais um empreendimento entre tantos outros que geram riquezas para os seus proprietários.

Não se trata de promover impedimentos para resultados econômicos para os empresários do setor, mas é necessário valorizar a informação, o mais próximo da isenção, como um produto indispensável à sociedade nesta era moderna. Sem dúvida, a população depende dos meios para sobreviver num mundo cada vez mais complexo e dinâmico.

Nas últimas eleições a partidarização da grande mídia no país ficou muito evidente. Os conglomerados de jornais, TV e rádio definiram uma linha política, sob a qual não apartaram, mesmo considerando o inconveniente pela falta de ética com o espectador.

Na realidade a sensação desagradável de olhar para apenas um lado dos fatos, inundou a grande imprensa nacional. Cenas reproduzidas na imprensa e desmentidas nas redes sociais evidenciaram o grau de manipulação que ocorre quando se pretende definir interesses partidários em detrimento do público, que na maioria das vezes se torna apenas consumidor de mídia, uma espécie de intervalo comercial permanente, com programas que se reproduzem em todos os cantos do mundo, com um só discurso, mesmo o jornalístico, considerando o seu formato.

Notório o desinteresse das praças, que reproduzem as redes, em investir em programas locais, o que cria uma situação desagradável de uma cultura sendo dirigida pelos editores paulistas e cariocas, para o resto do país. As matérias da "periferia" somente encontram espaços quando se percebem apelos midiáticos, como grandes catástrofes ou mesmo acontecimentos bizarros.

Por outro lado, a inserção das novas mídias cria um novo cenário para a comunicação social, a qual deve ser pensada de forma a legitimar as mensagens que permitam a democracia da informação, e que não redunde nos interesses dos grandes conglomerados, que recebem apoio dos órgãos institucionais para a manutenção da ordem vigente. A justiça ganha contornos importantes neste momento de análise das mídias e democracia na comunicação, e o que se espera é o reconhecimento da sociedade e não os interesses particulares de grupos sistêmicos.

Um estado sem oposição

Na Assembléia Legislativa as trocas de gentilezas são visíveis, pois a união entre PSDB e PMDB, neste momento, chama a atenção para se decidir à presidência.

Assembléia - Afinal, onde está a oposição em Goiás? Se analisadas as matérias dos jornais e campanhas eleitorais recentes, não é possível visualizar quem assume o papel de oposição, mas se destaca todos na mesma linha de situação no estado, pois, nas últimas eleições as "conversas" partidárias se mostraram intensas ao ponto de deputados fazerem discursos favoráveis à legenda adversária. Ou mesmo apoios silenciosos, quando não se quer manifestar, de maneira que nos bastidores seu voto fica evidente para os eleitores favorável à oposição. No final, o que transparece é um jogo de compadres, em que os interesses da comunidade fica em segundo plano, ou nem isso.

Na Assembléia Legislativa as trocas de gentilezas são visíveis, pois a união entre PSDB e PMDB, neste momento, chama a atenção para se decidir à presidência. Sai um tucano e entra outro, sem nenhum disputa ou posicionamento de forças políticas contrárias, que mostre alternativa ao poder, mas se estabelece a centralização em grupo em que o poder troca de mão entre amigos, o comando da casa legislativa. A pergunta que surge é: Goiás constrói a política com base nos mitos, ou seja, o que importa é o nome que se mostra para a sociedade e assume liderança do estado, sem nenhuma filosofia ou idéias que se opõem? Se assim for fica demonstrada uma realidade dolorosa para um estado que se desenvolve a margem da evolução partidária e das idéias.

A disputa entre Íris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB) deverá ter capítulo finalizado a partir destas eleições. Portanto, a partir de agora nem mesmo a bipolaridade vai existir, pelo menos não há até este momento a apresentação de ninguém que assumisse a responsabilidade de abrir debate responsável sobre assuntos sociais importantes. Em essência, a oposição tem papel importante na administração de um governo que se quer sério e tem como objetivo de antecipar soluções para problemas sociais. Mito e autoritarismo andam sempre muito próximos.