Guerra na Líbia

Talvez seja necessário analisar detidamente qual democracia e igualdade nacionais e globais estamos falando

  











ALDEIA GLOBAL – Se analisada as informações dos jornais e agências de notícias internacionais, a queda de Muammar Gaddafi é iminente, não há possibilidade haver reversão no processo de domínio do governo pelos grupos rebeldes.  A guerra que se estabeleceu no país resulta, sobremaneira, em ações de França, Inglaterra e Estados Unidos, pois, os insurgentes, despreparados e sem armamentos não teriam condições de enfrentar o poderio estatal de um presidente no poder há mais de quatro décadas.

A vitória, portanto, não resume a algumas lideranças de oposição ao regime, mas de política estabelecida pelas grandes nações e sua defesa de política democrática.

Dois pontos importantes que devem ser analisados rapidamente. Em primeiro lugar, por se tratar de um país formado por tribos com culturas distintas a negociação para a formação de um governo poderá resultar em mais conflitos, para resoluções capazes de levar uma nação inteira a problemas econômicos – a Líbia é grande produtora de petróleo. Dificilmente as nações que se envolveram nas ações bélicas diretamente, se dedicarão intensamente ao debate e conflitos internos. Afinal, a crise econômica assola os países mais ricos, portanto, precisam cuidar de seus problemas sociais e financeiros internos, além de político.

Depois, na ordem global, chefiada pelos Estados Unidos, agora tem ao seu lado de público o apoio da França e Inglaterra, portanto, aliadas na definição do sistema que deve reger as nações mundiais. A democracia está estabelecida pela lógica de liberdade dos povos, mas sempre numa visão da cultura destes países. Esta visão torna mais complicada a análise do que ocorrerá de agora em diante, pois as identidades culturais nos diversos países são diferentes, assim como a política e economia.

Pensar um mundo integrado por uma única filosofia seria um excesso, que leva a pensar numa hegemonia de poder, o que não é uma perspectiva nova, mas numa sociedade global cada vez mais complexa, os enfrentamentos podem se acirrar.

Neste momento vale observar o que resultará dos conflitos locais, com interferências globais no Iraque, no Afeganistão, entre países do oriente médio e agora Líbia. Talvez seja necessário analisar detidamente qual democracia e igualdade nacionais e globais estamos falando.

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