Pressão social e império em crise

Com se pode avaliar há uma pressão dos grupos sociais do andar de baixo para a distribuição da riqueza, na era da informação, situação sensível aos políticos que dependem de votos para perpetuar no poder

POLÍTICA GLOBAL – A crise econômica que atinge os Estados Unidos traz uma grande preocupação para o mundo neste século, e não seria para menos, afinal surgem algumas dúvidas pouco debatidas pela mídia, que se mostra atenta aos movimentos de mercado e inexoráveis mudanças no sistema capitalista vigente.  A questão mais importante a ser analisada é saber para qual caminho sistêmico seguirá a humanidade, com a perda do controle global dos destinos políticos e econômicos, na atualidade exercido pelo país da América do Norte?

Não somente a terra de tio Sam passa por dificuldades, mas fortes economias europeias sofrem com a perda de estabilidade financeira, aumento do desemprego e deverá passar por problemas políticos, com alteração substancial dos tradicionais quadros partidários. A manutenção de autoridades conservadoras preocupadas com a manutenção dos estatus quo social vai perdendo espaço, diante da instabilidade e insegurança das empresas nacionais que convivem com a falta de recursos para investimentos e poder de compra dos consumidores.

Neste sentido há uma inversão no crescimento global, com melhoria do desempenho para o crescimento sustentável dos países, antes chamados de terceiro mundo, hoje eufemisticamente conhecidos com em desenvolvimento, em detrimento das grandes nações movidas pelo capitalismo especulativo.
Nos Estados Unidos especificamente a disputa ferrenha entre Republicanos (conservadores) e democratas (vistos como liberais) demonstra o que está por detrás das preocupações dos países centrais. Pois, se os conservadores defendem a manutenção e aumento do poder econômico, os democratas entendem que é necessário investir no social, com grande número de pessoas em situação de desemprego e sem assistência do Estado, que se quer cada vez menor (o chamado estado neoliberal).

A crise que pode aumentar a pobreza em grande parte da população do país norte americano faz emergir a equivocada análise de que somente com um mercado forte, nas mãos de uma elite competente se pode alavancar o crescimento social. Afirmação que vem caindo por terra, pois é visível o descontrole econômico dos países ricos com uma classe que concentra riqueza, enquanto aumento o número de pobres. Com se pode avaliar há uma pressão dos grupos sociais do andar de baixo para a distribuição da riqueza, na era da informação, situação sensível aos políticos que dependem de votos para perpetuar no poder. Há por outro lado a força dos grandes empresários globalizados, exigindo atitude política para a ordem vigente das regras econômicas, pois temem perder além dos anéis os dedos.

No final, embora haja a afirmação de que o capitalismo vive de crises para se fortalecer, ao que parece às mudanças sociais atingiram o coração financeiro mundial. O reflexo virá, sendo possível acreditar no claro fortalecimento do Estado, e não a suma redução.

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