11 de setembro para a eternidade

Finalmente, as guerras não fazem um país de vítima, mas atingem nações em outros lugares, que somadas levariam a exaustão uma audiência pouco interessada ao sensacionalismo

GUERRA – A cada ano,  quando se aproxima o 11 de setembro no mundo inteiro, com destaque para o Brasil, há uma grande comoção midiática para relembrar a data fatídica que vitimou milhares de pessoas nos Estados Unidos, quando ato terrorista levou abaixo o símbolo do capital mundial, às torres gêmeas.

De fato, entretanto, que os enfrentamentos, sobretudo, muitos deles com uso de sofisticados equipamentos bélicos, na história mais recente, não deixaram de existir em algum lugar do planeta, que envolve a morte de dezenas de centenas de pessoas, na sua maioria desconhecidos pela opinião pública, ou mesmo esquecidos. Os relatos são sempre de grande sofrimento, também no Haiti, na África, na Alemanha, em países do oriente médio, Ásia, etc.

Na percepção da sociedade global estão as cenas dos aviões, atingindo as colunas do fausto prédio e os gritos de pessoas em desespero, sem saberem exatamente o que ocorria. Todos tentando se proteger, uns obtém mais sorte, outros nem tanto. Irracional.

Num corte de cenário, a catástrofe natural que atingiu o Haiti, além das guerras civis, nas quais morreram pessoas soterradas em meio aos entulhos. Na África as cenas de horror de pessoas fugindo das armas potentes de grupos em disputa por poder, numa batalha sem fim, que tem como epicentro interesses internacionais (com ramificação das grandes potências), que fazem surgir crianças esquálidas,  com ossos a mostra, desnutridas, na Somália, na Etiópia, as quais não tem presente e o futuro se torna apenas uma miragem.

Em outra cena, no Brasil, na Argentina e Chile também são comoventes as mortes de pessoas que lutaram por liberdade, enquanto o Estado (entidade pública) atingiam indivíduos que reagiam ao autoritarismo nacional, com tentáculos da ordem mundial – na busca por poder. Com menos vítimas no Brasil, entretanto, motivo de repulsa, mas com milhares de torturados nos dois países latino-americanos, que ainda tentam levar aos tribunais seus algozes.

Finalmente, as guerras não fazem um país de vítima, mas atingem nações em outros lugares, que somadas levariam a exaustão uma audiência pouco interessada ao sensacionalismo. Contudo, o excesso de imagem em apenas um símbolo deixa à mostra realidade que chama a atenção para apenas alguns ícones da guerra. Privilegiando imagens que não chegam a todos, sensibilizando para os acontecimentos fatídicos, com justiça.

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