Neste momento estão sendo
feitas as apostas. Então é aguardar o desenrolar dos personagens desta
trama intrincada, a qual não se resume à vitória para a prefeitura de
Goiânia
SUCESSÃO MUNICIPAL – Na política qualquer análise que se faça dias antes das eleições é precipitada – ainda mais se considerados meses – diante da complexidade dos interesses e diferentes cenários que se montam com pequenas mudanças das peças do jogo. Ao longe é mais difícil ter uma visão detalhada do que ocorre no centro do poder político, mas há articulações difíceis da atual oposição ao paço municipal, que enfrentará o prefeito Paulo Garcia (PT).
A expectativa é a candidatura do senador Demóstenes Torres (DEM), hoje com grande visibilidade nacional, em decorrência de seu discurso efetivo de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT), administração que gera certo receio da classe empresarial e establishment. Como resultado, tornam-se indispensáveis personalidades com retórica e comportamento capazes de sensibilizar a opinião pública (parte dela conservadora), e com conhecimento do sistema social. O senador goiano encaixa nas características desta liderança almejada, que vem perdendo terreno nas últimas campanhas, exatamente pela falta de discursos coerentes com suas bandeiras e circunstâncias sociais, com eleitor mais exigente e participativo.
Caso Torres decida se candidatar contará com o apoio de Marconi Perillo (PSDB) parceiro na última campanha, quando obteve êxito, no segundo turno contra Íris Rezende (PMDB) – candidato que recebeu apoio do partido dos trabalhadores -, tendo como vice um Democrata, José Éliton. PSDB e DEM que não tem nomes capazes de altas apostas no atual cenário eleitoral, resultado das estratégias políticas de manter status em poucos elegíveis e evitar disseminação de poder. Contudo, um provável sucesso do senador emergirá dois políticos em disputa por espaços apertados.
Com experiência no Legislativo, bom de retórica e disposto a enfrentar os governistas, apoiando-se no sistema jurídico, a todo o momento Torres poderá estar na mídia, como vem ocorrendo, participando com eficiência do imaginário social, o que é fundamental para alguém buscar lugares mais altos na política brasileira. A prefeitura de Goiânia seria o novo, se distanciando dos movimentos de Brasília, o conhecido. Neste ponto de vista perdendo espaços preciosos para membros do próprio partido, conquistados ao longo de vários anos, com êxito em função do momento em que vive a direita no Brasil. Neste momento, o senador, como estratégia, deixará que seu nome esteja em especulação, pois mantém visível nas mídia goiana e nacional.
Neste sentido, podem-se observar as sucessivas viagens pelo mundo de Marconi Perillo que mais busca visibilidade nacional, uma liderança cosmopolita, do que exatamente se apresentar para a população regional, que quer ver resolvidas questões mais pontuais, como o saneamento da Celg, reparo de rodovias e economia sustentável. Não há dúvida que, também, Perillo acredita em espaço tucano para uma campanha presidencial com seu nome na cédula eleitoral.
Neste momento estão sendo feitas as apostas. Então é aguardar o desenrolar dos personagens desta trama intrincada, a qual não se resume à vitória para a prefeitura de Goiânia. Aguardar para ver.
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