Paradoxos da política, também brasileiros

Se assim se mantiver nas próximas eleições haverá caciques de tradicionais partidos de direita (defensores de uma ordem conservadora), grandes empresários do setor financeiro, com discurso de aumento salarial, melhores condições para o trabalhador e menos lucros para o setor industrial internacional

MUDANÇAS IDEOLÓGICAS – O mundo político, é forçoso generalizar, realmente se mostra muito estranho, quando o assunto é poder. Neste sentido há uma indagação permanente, como estruturar um partido em um sistema, do qual liderança significa recursos para se apresentar para a sociedade e ter espaço para revelar suas propostas. O econômico, seguindo sua lógica necessita ordenar o pensamento, de tal maneira que não fuja ao controle de uma certa segurança sistêmica. Assim, sendo como pensar os partidos políticos que discursam para uma nova ordem de pensamento, com atenção ao social, como por exemplo, o Partido dos Trabalhadores? A direita neste sentido, o seu problema é de outra ordem, bem verdade. Pensar de maneira dicotômica pode ser um erro, mas aqui se torna uma maneira de entender os procedimentos eleitorais.

Nos últimos meses cenas inusitadas percorrem o país, o que geram um bom debate, não dito, pois tornou-se comum empresários e lideranças, com opção política conservadoras, apeando no reduto do partido da estrela vermelha – agremiação do poder. Como não se pode fechar em grupo para as filiações que permitem acesso a espaços sonhados pelos petistas, no final, gatos manchados se tornam pardos numa relação de quebra do discurso partidário, que mantém no poder presidentes e políticos no congresso nacional, cuja base está no voto popular, ou seja, da maioria dos trabalhadores, muitas deles longe das tradicionais fábricas paulistas.

Neste sentido, o que vale tanto para a direita brasileira quanto para a esquerda – aqui não pode generalizar, pois existem grupos radicais de ambos os lados, que formam uma minoria, a qual não recebe espaço para seu discurso – é pensar como atingir o poder, trazendo para si o maior números de líderes, com discursos diversos e proposta sem vínculo com a visão de mundo partidária, do qual fará parte. No final, sem identidade tudo vale, menos as cores das legendas.  Desta forma, se o governo é tucano ou democrata aumenta-se o número de políticos do partido, e o mesmo vem ocorrendo com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva.

Se assim se mantiver nas próximas eleições haverá caciques de tradicionais partidos de direita (defensores de uma ordem conservadora), grandes empresários do setor financeiro, com discurso de aumento salarial, melhores condições para o trabalhador e menos lucros para o setor industrial internacional – com ampla leitura sobre socialismo e por que não comunismo – o que conta é fazer parte do poder – verdade que tradicionais líderes de esquerda migraram para partidos conservadores de uma tradição nacionalista e/ou liberal. Serão interessantes para eleitores com dúvidas sobre a política e o seu futuro, afinal sem oposição haverá mesmo somente situação, para um país mais rico economicamente e pobre de ideias, conhecimento e igualdade social.

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