O coronelismo eletrônico ainda não
veio a óbito, mas está enfraquecida em vários lugares no Brasil. A
tendência otimista é que a comunicação permita mais participação social,
o que aumenta a visibilidade e atos de corrupção e ilegalidade
Pode ser que, diante da dependência financeira do Estado, alguns órgãos prefiram sacrificar o funcionário com demissão a perder sua cota de publicidade institucional. Condição que coloca alguns jornalistas em alerta durante a apresentação de seus programas “jornalísticos” e mesmo de entretenimento.
Os sinais de autocensura da imprensa regional demonstra a falta de uma política democrática, com direito a liberdade de expressão que chegue à população. Caso a mídia seja cerceada, por dentro de suas redações, evidencia os intransponíveis filtros que se estabelecem nos meios de comunicação. Ainda pior, alguns profissionais são contratados conforme seu posicionamento político e confiabilidade de sua fala, quanto ao grupo no poder, em sintonia. Lastimável.
Mas há um fato que precisa ser evidenciado, as informações sobre Monte Carlo chegam ao Estado agendado por diversos veículos de comunicação – revistas e jornais – de outras regiões, inclusive de blogs com alto índice de audiência. A rigor, não é possível nem em Goiás e outras regiões acreditarem numa política apenas localmente. As informações fluem formando redes de interesses, ademais, com partidos cada vez mais dependentes de suas relações regionais. Os movimentos são rápidos.
O coronelismo eletrônico ainda não veio a óbito, mas está enfraquecida em vários lugares no Brasil. A tendência otimista é que a comunicação permita mais participação social, o que aumenta a visibilidade e atos de corrupção e ilegalidade.
Os governos – políticos especialmente, mas representantes sociais – estão cada vez mais vigiados do que em tempos dos coronéis do sertão. Num olhar pessimista, há ainda os líderes políticos que acreditam na falta de informação para a perenidade no poder. Quem viver verá!
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