Política - A crise econômica global vem sendo alardeada há muito tempo. Sempre um perigo que ronda os países periféricos - numa visão das principais potências econômicas - que de fato não chega com a intensidade divulgada, geralmente por economistas. A cada dia a mídia traz várias informações que o Brasil está na rota do tsunami, com queda de emprego, fechamento de empresas e, por isso, inevitável perda de popularidade do atual governo brasileiro. Mas as pesquisas sucessivas apontam o contrário, cada vez mais há aumento nos índices de aceitação do chefe do executivo, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Afinal, qual é o segredo? Deve ser a pergunta de vários analistas econômicos, políticos e adversários do petista.
A princípio o Brasil a crise não surgiu por aqui, portanto, o causador são os países ricos que sempre exploraram os mais pobres, e continuamente contaram com o apoio dos diversos presidentes brasileiros, mesmo considerando as perdas para a população na margem. Num primeiro momento, Lula afirmou que a crise seria apenas uma marolinha e não teria a força apregoada, depois mudou de idéia e disse que a solução para a quebradeira global seria do governo Bush, de onde emergiu o tsunami, então no poder. Ou seja, a crise não é nossa, fizeram resolva, afirma o presidente brasileiro, espertamente. Numa clara demonstração de enfrentamento e resistência ao presidente do império global, com baixa popularidade, e elite européia.
Evidentemente, que os investimentos do governo em obras que atendam a classe popular resultam em apoio, principalmente numa região, como o nordeste, que sempre esteve à margem dos avanços econômicos brasileiros. A imprensa repetiu muitas vezes a migração dos nordestinos para o sudeste em busca de emprego, sendo que as mulheres ficavam sem o chefe da casa por muitos meses, numa situação de sofrimento. As ações de ajuda de assistência social, com os diversos programas estatais, minimizam esta condição de marginalidade. Além do que, o nordeste está em todo Brasil, com pessoas mergulhadas na pobreza, resultado de uma economia que sempre foi perversa com milhares de cidadãos.
Outro ponto, fundamental, para a popularidade do governo está, exatamente, na sua linguagem, ou seja, a comunicação do presidente vai ao encontro do espaço simbólico da população de baixa renda, que, com facilidade pode entender o seu discurso, eivado de exemplos que envolvem o futebol, a família, a vida no campo. Diferente do que ocorria com os diversos governos militares, sem comunicação com o público, dependente da mídia para um possível diálogo, criticada muitas vezes pela dissimulação de acontecimentos e falência do país. Sarney com jeito de literato, Collor desacreditado e fanfarrão, Itamar com topete alto e Fernando Henrique Cardoso, com distanciamento intelectual do brasileiro médio, servem como exemplo de falta de contato com mundo exterior ao poder.
Apesar da crise, o governo continua popular e, mesmo deixando o seu partido de lado, vem trabalhando para fazer o seu sucessor. Dilma Rousseff poderá ser a agraciada com esta popularidade, para a tristeza do amigo de FHC, o tucano José Serra.
2 comentários:
É... Essa é a realidade... Apesar de tudo que está acontecendo no mundo, ele continua com essa "popularidade". Nosso presidente vai visitar o presidente americano em março, e até o fim do ano Obama deve visitar o Brasil.... Esperamos coisas boas nessa aproximação...!!!!
ANA CARLA JACOB
A popularidade do Presidente Lula se deve ao fato do seu governo ser assistencialista. O bolsa família ajudou muito a alavancar a popularidade do governo Lula.
Danielly Sodré estudante de jornalismo.
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