Crise global - Pelo andar da carruagem anti-crise os Estados Unidos não têm outra alternativa a não ser rever suas propostas capitalistas seculares e dar um passo atrás, atingindo o coração do sistema: liquidar bancos e estatizar grande parte deles. Isto significa o poder público assumir responsabilidades que seriam do chamado mercado, prerrogativa que vai contra o projeto de um discurso de consenso neoliberal. O aumento do poder do estado derruba verdades repetidas décadas para manter no poder autoridades que fariam prevalecer os desígnios de uma sociedade voltada para as questões econômicas, em detrimento das relações sociais e do bem-estar-social.
Conforme matéria publicada pelo Jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (23), "A expectativa é que até 1.000 dos 8.348 bancos dos EUA sejam liquidados nos próximos três anos pela FDIC, a agência federal que supervisiona o sistema". Uma decisão que provoca a revolta da direita conservadora e pouco empreendedora. Nota-se que os Estados Unidos se tornaram símbolo do sistema econômico do capitalismo financeiro. A crise atinge em cheio as afirmações, que passam a equivocadas, de uma sociedade apenas regulada pelo mercado, sem alma e coração. A sociedade, como um todo - leiam-se todas as classes - passam a ter participação nas decisões sobre o universo financeiro que recebe dinheiro público.
Certamente, deve-se pensar que as ações do governo norte-americano se direcionam no sentido de beneficiar, estrategicamente, uma minoria poderosa. Entretanto, também se trata de uma abertura para cobranças e mudanças de rumos para o atual sistema social. A reboque a lei, o status quo, as minorias, que serão observadas por um número maior de pessoas. No governo do símbolo do poder econômico atingido e em transformação Barack Obama, o qual carrega a genética de comunidades pobres penalizadas pela crise global que existe há séculos.
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