Rousseff ou Serra?

Política - A política brasileira sofre pela falta de liderança política e a sociedade tem dúvida sobre a os reais interesses de seus representantes. Como consequência, efetiva-se um jogo de enfrentamento, considerando as grandes forças sociais: de um lado a elite conservadora e de outro a população carente que, hoje, exige mudanças na ordem de funcionamento do sistema, dirigido pelo econômico e as prerrogativas do status quo. Neste ínterim surge o candidato a presidência da república para as eleições de 2010, cargo postulado pela ex-militante de esquerda Dilma Rousseff e o paulista, de centro, José Serra. Neste embate entram em jogo os tucanos, que tem entre suas lideranças o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, de outro lado, o PT, cuja figura proeminente é Luiz Inácio Lula da Silva, com popularidade histórica. Desta forma, se prevalecer o desejo pela mudança, aumenta-se a chance da candidata do governo. Caso haja interesse pela manutenção de uma ordem conservadora e previsível, será, finalmente, a vez do prefeito de São Paulo.

Uma situação que põem dois lados em confronto, cada qual carregando suas responsabilidades quanto aos grupos que representam. Por fora está o mineiro Aécio Neves, que sempre é lembrado pelo avô e ex-presidente Tancredo Neves, que, de alguma forma, representa o fim do governo militar em 1985, que participou na mudança política brasileira.

Ainda jovem para ser presidente, o atual governador mineiro, sustenta alta popularidade no terceiro estado em importância econômica no Brasil. Entretanto, desconhecido no resto do país, apesar de um bom freqüentador das páginas das grandes revistas brasileiras ao lado de mulheres bonitas, sem contar suas viagens freqüentes às praias cariocas. Aparentemente diferente dos demais, de plumagem tucana, de centro, que se apresenta sem grandes responsabilidades por modelos nem conservador e nem de esquerda. Na verdade sem definição a princípio. Uma dúvida, que tanto pode estar do lado dos grandes grupos econômicos, como pode abraçar as causas das classes sociais, devido a sua necessidade pelo reconhecimento popular. Ou como em Minas Gerais se aproximar de todas as classes e principalmente da mídia. Entretanto, neste momento sem o apoio do partido para sua candidatura. A rigor, esta deverá ser novamente a vez de Serra, que tem a prioridade no partido.

Se avaliado os movimentos da sociedade brasileira e global as mudanças parecem ter primazia em relação aos atos conservadores, que levaram países de destaque no cenário econômico à crise, com ela milhares de pessoas ficaram sem emprego e renda – o momento é de instabilidade. Porém, com o advento tecnológico, com uma sociedade mais bem informada, a mudanças no sistema político parece inevitável. Lula soube explorar bem o este momento de lutas sociais.
Para quem dava como certa a facilidade do candidato paulista, parece rever suas análises para 2010, mesmo porque o PSDB não apresenta nos seus discursos um novo modelo de pensamento social, capaz de atender ao grande de número de eleitores que sinaliza para a necessidade de mudanças. Contudo, discursos mudanças de ambos os lados.

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