A defesa dos bancos

A defesa intransigente da mídia revela qual discurso a opinião pública está submetida.

Mídia - A grande mídia brasileira, diante da crise econômica, acaba mostrando aquilo que todos já tinham consciência: as empresas de comunicação defendem os interesses dos bancos privados explicitamente. Não se pode negar que o capitalismo financeiro se volta para a especulação econômica acima da produtividade, entretanto, gerador de resultados estruturantes para o setor de notícia. Entretanto, deve-se ter em mente que a depressão em que se encontra o mundo globalizado está eminentemente ligada aos interesses escusos e concentrados das grandes agências bancárias globais. Os Estados Unidos, o eixo do bem, é o epicentro das chamadas bolhas imobiliárias, cujo capital se evaporou porque não havia recursos para bancar os milionários empréstimos. Ou seja, a concentração financeira levou ao princípio do domínio absoluto sobre um sistema, desconsiderando o bom senso e as normas burocráticas, por isso, expondo os problemas estruturais numa sociedade dinâmica.

Na realidade, as empresas de comunicação insistem em dissimular a realidade no sentido de tornar uma ordem caquética ainda possível. Por detrás das afirmações equivocadas está a preocupação de manter o controle sistêmico, mesmo considerando a desordem feita por uma minoria com resultados financeiros imensuráveis, diante de uma coletividade que tenta sobreviver em meio ao caos e incertezas. A defesa intransigente da mídia revela qual discurso a opinião pública está submetida. A indústria cultural, ao longo do tempo, perdeu a credibilidade para dirigir participar da consciência social, que, ao longo da história vai lentamente, conhecendo os caminhos por que passam. Afinal, há repetições dos mesmos discursos, mesmo diante de sua ineficácia, muitas vezes.

O pior é imaginar que o Brasil vive sob o domínio das grandes empresas de comunicação dos países centrais, ditos desenvolvidos, numa referência econômica. Assim, há uma reprodução de verdades definidas previamente conforme prerrogativas da política e economia, principalmente, advinda da Europa e Estados Unidos. Portanto, a leitura das mídias deve ser feita distanciando-se da visão de mundo definido pelos meios de comunicação, considerando sempre o espaço vivido como norte para se chegar o mais próximo da realidade que nos cerca.

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