Imprensa que torce

Futebol - Infelizmente, no Brasil vivemos sob o domínio cultural e midiático do que vem dos centros, São Paulo e Rio de janeiro, onde estão as matrizes das principais redes de comunicação de massa do país. Desta forma, o que passa na periferia não tem tanto importância, a não ser quando se trata de um fato catastrófico e envolve vidas de um grande número de pessoas. O mesmo ocorre no futebol, pois é comum encontrar em diversos lugares brasileiros pessoas com camisas de times cariocas e paulistas. Desta forma, o torcedor possui dois amores: um local, em segundo plano, muitas vezes, e outro do referido centro. Em Goiás a mesma onda da torcida que caminha junto com os interesses das redes comunicação. No campeonato regional, há, de fato, uma clara distinção para as transmissões futebolísticas.

Os profissionais do esporte não escondem o desejos pela boa atuação do time que leva o nome do estado e outras tradicionais, considerando as outras equipes como de segunda classe, mesmo diante das atuações e resultados dos times do interior e alguns da capital que vencem campeonatos e têm boa atuação em partidas nacionais. Preciso, no entanto, ressaltar que o avanço do futebol em qualquer região depende da empolgação do torcedor e o trabalho da mídia, entretanto, torna-se desconfortável o envolvimento explicitamente dos profissionais de imprensa na torcida pelo seu time preferido, mesmo considerando que há outras equipes que tem torcedores e sociedade que representam. A ligação entre empresa de comunicação e diretoria de grandes clubes torna-se um mal que atinge as quadra linhas e o respeito ao torcedor.

Não é possível imaginar um profissional do esporte sem suas preferências, no entanto, precisa ter a clara idéia do número da audiência e os interesses dos espectadores-torcedores. Afinal, grandes equipes se tornaram pequenas numa sucessão de erros e excessos.

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