Economia - O governo federal e o governador do estado de Goiás realizam negociações para livrar a Celg de dívida o que parece resultar numa parceria política. O valor do empréstimo é acima de R$ 1 bilhão de Reais, cujo pagamento certamente será facilitado pelo governo, que espera o apoio de Alcides para as eleições de 2010. No que se refere ao âmbito partidário, nada mais justo o acordo, entretanto, sobre a dívida cabe análise. Conforme informações do jornal O Popular, Rodrigues afirma que a conta aumentou ao longo de 10 anos, maior parte deste período sob a administração do Senador Marconi Perillo, tendo o pepista como vice, embora pouco atuante, mais um figurante político.
Mas resta uma dúvida, como uma instituição pública como a Celg - e também Saneago – possui dívidas tão altas, considerando a sua rentabilidade? Afinal, é um setor que tem pouca inadimplência, com faturamento alto em função do alto consumo de energia, cada vez mais necessário devido às novas tecnologias e em um país carente de investimento no setor elétrico.
Com a lei de responsabilidade fiscal, os administradores públicos, que gastam sem ter onde buscar recursos para pagar as despesas, deveriam ser chamados a responder ao processo de endividamento do setor. Pelo que se vê não ocorre, e, muitas vezes, passam incólume pela opinião pública, passiva e, exatamente, quem paga a conta, no final.
Um dos pontos difíceis de serem analisados em qualquer administração pública são os gastos com agências de publicidade. No Brasil, inclusive no governo federal, algumas instituições servem aos propósitos do homem político no sentido de repassar verbas para os meios de comunicação, com o objetivo de manter boa vizinhança e obter apoio das empresas midiáticas. Um instrumento no trato com a opinião pública.
Assim, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Celg, Saneago aparecem na mídia com vultuosas peças publicitárias, muitas vezes, desnecessárias. O dinheiro gastos pela estatal deverá ser pago em algum momento. Certamente, no próximo governo com dinheiro dos cofres públicos, cada vez mais minguados, a custa das dificuldades de milhares de trabalhadores, que lutam pela sobrevivência em uma sociedade da desigualdade e oportunidades.
2 comentários:
Sua visão nos faz enchergar um pouco mais nesse "escuro" que não nos deixa ver a verdadeira face de alguns espertalhões. E o povo mais uma vez paga por tudo...!!!!
Afinal, sem energia não podemos ver!!! e se temos ela, não podemos reclamar...!!!
A inadimplendência para com a CELG vem, em grande parte, dos órgãos do Governo Estadual, que não têm o fornecimento interrompido em função do não pagamento. Pior que isso são os desvios de recursos captados pela CELG para bancar outras despesas do Estado...Soma-se a isso a corrupção e a absoluta falta de competências das administrações das empresas estaduais e se consegue ver o final da história!
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