Ninguém seria capaz de imaginar que o novo presidente fosse, em uma só taca, atingir as grandes forças políticas do país.
Economia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, surpreende o mundo ao anunciar proposta de orçamento que retira dos ricos para beneficiar os pobres. Uma medida que no Brasil já foi cogitada, mas nunca foi à frente em função de um congresso que defende grandes empresários que, em muitos casos, são financiadores de campanha eleitoral. Mas a medida do país norte americano é no mínimo revolucionária ao considerar ser um dos países mais individualistas e centralizadores do mundo. A rigor os fortes grupos formados por milionários possuem participação efetiva na política e instrumentos para defesa de seus interesses. Se o orçamento vai ser aprovado é difícil saber, mas já é uma atitude que pode ter reflexos importantes para o resto do planeta.
Conforme o jornal Folha de S. Paulo (27) "os mais ricos pagarão mais impostos para ajudar na criação de um fundo de saúde pública de acesso universal, a verba com a diplomacia aumentará e o gasto com a Defesa desacelerará." O dinheiro virá das famílias mais ricas, pois, conforme o jornal paulista, os "Casais que ganham mais de US$ 250 mil por ano e indivíduos que ganham mais de US$ 200 mil por ano -ou 5% da população- pagarão mais (impostos), no primeiro aumento dessa fatia desde que o democrata Bill Clinton assumiu o poder, em 1993. Idem para fazendeiros com mais de US$ 500 mil de faturamento anual."
Bem verdade que neste momento haja mudanças na estrutura do sistema capitalista, mas ninguém seria capaz de imaginar que o novo presidente fosse, em uma só taca, atingir as grandes forças políticas do país: a defesa – leia-se o pentágono- e os grandes empresários. Apesar de ser ainda apenas uma proposta, o debate, sobre retirar dos ricos para beneficiar os pobres, vai gerar muito discussão. Aguardar para ver mais este reflexo de uma crise do capital.
0 comentários:
Postar um comentário
Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.