O MÍNIMO PARA A EDUCAÇÃO

O campo de luta formado somente depõe contra a capacidade do chefe do executivo em apresentar alternativas ou resolver em definitivo a condição de greve.

EDUCAÇÃO - A greve dos professores do município de Goiânia está sendo conduzida de maneira atabalhoada pelo governo de Paulo Garcia (PT), em função de três fatores básicos: primeiro é direito dos docentes reivindicarem o pagamento do piso, que é o mínimo, importante ressaltar; o chefe do executivo é do Partido dos Trabalhadores, portanto está ligado a classe trabalhadora; além do que o desenvolvimento de um município somente pode ocorrer com uma educação de qualidade, capaz de retirar milhares de pessoas da pobreza e permitir igualdade social. Goiânia é uma das cidades mais desiguais do mundo, como atesta a ONU.

O diálogo certamente é melhor forma de evitar confrontos como ocorreram ontem na capital, entre guardas municipais e professores mobilizados desde o dia 20 de maio. O campo de luta formado somente depõe contra a capacidade do chefe do executivo em apresentar alternativas ou resolver em definitivo a condição de greve. Os recursos investidos na educação, além de justo atende uma classe que vive a migalhas pela política brasileira, mesmo sendo senso comum a baixa qualidade do ensino deste país. Paulo Garcia, ligado a um partido que surgiu das lutas dos trabalhadores nas décadas de 70, deve conhecer bem esta realidade e os motivos das péssimas condições nas escolas brasileiras e a falta de uma democracia que represente a coletividade.

Um partido que se reconhece dos trabalhadores precisa construir sua estrutura na força política no social, com discurso e ações que definam sua ideologia. A rigor, não é possível a formação de um quadro político que tem bandeiras de representação de uma maioria da sociedade e mantém a estrutura da desigualdade e manutenção de sistema de exclusão. No final, há a perenidade de uma realidade injusta para uma sociedade cada vez mais mobilizada e disposta a reivindicar os seus direitos, mas sem referência partidária, pelo menos no executivo municipal.

Saiba mais - site R7

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