Com o empate é forçoso observar que, a exemplo do Brasil, não há nos partidos do estado novos nomes de expressão no imaginário social, capazes de oferecer alternativas ao eleitor. Os novos já se tornaram velhos, sem novidades.
ELEIÇÃO - A pesquisa publicada pelo jornal o Popular sobre a corrida eleitoral em Goiás, esta semana, traz pontos importantes sobre as condições os candidatos Íris Rezende e Marconi Perillo ao considerar os números anteriores, apresentados pelo mesmo instituto. Diante do pequeno crescimento dos dois postulantes à cadeira de governador não se deve afirmar que se trata de um avanço, mas estabilidade na aprovação. Ademais, estão empatados no limite da margem de erro que é de 3,1 pontos percentuais. O tucano saiu de 43,7% para 45%, e o peemedebista que tinha 39,9% na atualidade tem 40,6%. O ex-prefeito consegue resultado menor que o senador, mas na realidade não pode afirmar que haja avanços entre eles.
As pesquisas eleitorais sempre trazem dúvidas quanto a sua lisura, mesmo feitas por empresas com tradição de seriedade como o Serpes, entretanto, os comentários posteriores surgem sempre para dizer que houve favorecimento para um ou outro lado. Nestas horas os analistas devem tomar certa precaução. Após o exposto, torna-se importante ressaltar que a performance, neste momento da campanha, é diferente entre os dois candidatos, pois, não se sabe por que, mas Rezende pouco aparece na mídia, não consegue promover uma agenda fácil de ser acompanhada, ou talvez não tenha grandes compromissos.
Por outro lado, Perillo continua seu ritmo forte, com determinação de estar nos meios de comunicação todos os dias, como se vê principalmente no Jornal Diário da Manhã , com menor incidência no jornal o Popular e os outros veículos menores do Estado. Conforme jornalistas locais, o tucano sempre investiu muito em marketing, por isso, ganha o apoio dos donos da imprensa local, pensando em resultados futuros. A estratégia de Marconi não constitui um pecado e virou lugar comum no mundo político, em que o postulante torna-se, muitas vezes, um produto a ser apresentado com insistência ao público, o eleitor.
Numa análise dos dados, os coordenadores de campanha tucana deveriam esperar números mais expressivos diante do trabalho realizado ao longo destes anos em que Perillo não deixou de ser candidato e saiu do governo estadual com alta aprovação, mesmo considerando que tenha pela frente um candidato de expressão. Das duas uma: ou a mensagem não é eficiente ou governador Alcides Rodrigues conseguiu atingir a imagem do ex-colega. Não se deve descartar o tempo de observação do próprio eleitor depois do seu afastamento do executivo.
Resende por sua vez interpreta que não deve se desgastar neste momento ao enfrentar os imponderáveis ataques do adversário, que tem força política e espaço na mídia. Assim, o ex-prefeito prefere, pelo que se mostra, definir um determinado período para concentrar suas energias, com apoios que vem conquistado neste momento. Uma estratégia arriscada, pois não se consegue formar opinião em tão pouco tempo, considerando que numa campanha tudo pode acontecer, embora não esteja numa condição ruim na pesquisa. Rezende parece não conseguir esquecer 1998, quando saiu derrotado pelo desconhecido Perillo, ex-aliado no PMDB.
Vanderlan Cardoso ainda continua sendo a terceira via com 4,4%, números expressivos por ser até então desconhecido e concorrer com dois nomes de peso. Ganha, entretanto, notoriedade e surge como alternativa no cenário político regional, importante para a sociedade. Neste momento se apresenta como a voz do governador que tem como adversário o ex-amigo na política, Marconi Perillo, que deverá se defender das acusações de gastador e jogar responsabilidade para o governo atual.
Com o empate é forçoso observar que, a exemplo do Brasil, não há nos partidos do estado novos nomes de expressão no imaginário social, capazes de oferecer alternativas ao eleitor. Os novos já se tornaram velhos, sem novidades.
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