CONSCIÊNCIA ENQUANTO ARMA

No meio de todo este debate está a ciência e a sua funcionalidade para a definição de um mundo da paz ou guerra.

CINEMA – Em tempos de copa do mundo, quando todos vivem as emoções das cores dos países, dois filmes merecem ser vistos, os quais dizem respeito à pátria e símbolos e poder. "Zona Verde" e "Manipulador de Cérebros" ganham destaque em função de abordar a mesma temática, numa sociedade mundial em permanente conflito. O primeiro, com imagens hollywoodianas, discorre sobre as informações falsas da mídia dos Estados Unidos sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque, o que motivou a invasão comandada por George W. Bush,

O segundo filme de fato, toca mais fundo no assunto, busca elucidar as formas de pesquisa do país norte americano na manipulação das mentes (cérebros), com o objetivo de conhecer a capacidade do homem de defender o seu território com a própria vida.

Nem sempre a ficção leva a realidade, muitas vezes os espectadores são levados às estratégias de conhecimento passivo, entretanto, separando os excessos torna-se importante entender a visão do diretor que se propõe a discutir assuntos pertinentes e complexos. A grande discussão que não se cala gira em torno das informações falsas lideradas pelos jornais estadunidenses sobre o perigo, então, iminente das armas de destruição em massa do Iraque. Com se viu, no final, o que ocorreu foi à destruição da política e soberania do governo de um país de cultura distinta da ocidental, em solo petrolífero e central numa região hostil aos interesses modernos.

Argumentos que põe em dúvida o poder bélico dos persas que há anos permanece nas páginas dos jornais mundiais, sem descanso. As retaliações dos países centrais continuam a repetir à velha tônica dos bushistas: para o eixo do bem os acordos e para o eixo do mal a guerra. Na esteira das decisões a ordem econômica mundial, a partir do prisma de quem possui o dedo no gatilho das armas militares, tecnológicas e informacionais.

No meio de todo este debate está a ciência e a sua funcionalidade para a definição de um mundo da paz ou guerra. Seria ingenuidade de a sociedade moderna imaginar que talentosos pesquisadores vivem em busca da qualidade de vida de uma sociedade da saúde, informação e conhecimento. Considerando os exageros da ficção, em alguns laboratórios localizados na periferia, o homem pode ser objeto de estudo como instrumento para as estratégias de guerra, o alvo talvez seja a consciência, o poder simbólico.


Veja trailer:
Manipulador de Cérebros

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