PESQUISAS E CENSURA

Mas, afinal, quais são os institutos confiáveis e os sérios?

ELEIÇÕES - As pesquisas eleitorais neste período de campanha trazem uma grande preocupação tanto dos candidatos, quanto das pessoas que desejam saber quais são as condições dos candidatos aos olhos da grande maioria, os eleitores. Entretanto, neste pleito tornou-se caso de justiça, com políticos que desejam bons números para os seus grupos e fazem retaliação aos institutos próximos dos adversários. Em Goiás, a justiça foi mais severa e resolveu, de fato, impedir que uma empresa realizasse o seu trabalho em função de uma pergunta que seria difamatória aos tucanos.

Mas, afinal, quais são os institutos confiáveis e os sérios? O questionário usado deve ser submetido aos candidatos em campanha? Qual é o papel da justiça no processo eleitoral – tomar partido? Notoriamente não se deve imaginar que há imparcialidade em tempos de disputas eleitorais, pois, sobretudo, os meios de comunicação entram no jogo, defendo interesses e difundido discursos que privilegia nomes e partidos, conforme resultados que se espera no futuro. Entretanto, que se faça justiça separando, com cuidado, o que seria liberdade de observar e expressão do que seria censura e, portanto, prejudicial ao espaço público.

Sem dúvida, no período eleitoral há empresas midiáticas que defendem tanto um lado quanto o outro, sem distinção. Bem verdade que, considerando a busca incessante pelo retorno econômico, a visão neoliberal arrebanha mais apoios, entretanto, é necessário não sair do limites do razoável e ético, capaz de gerar perda de autoridade e confiança. Os institutos de pesquisa devem obter liberdade para exercer sua função de mensurar o desejo do eleitor, com respeito ao princípio democrático, defendido pela justiça, sem partido.

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