OS MESMOS NÚMEROS

















Imagem folha de S. Paulo - Vice: discurso difícil

ELEIÇÕES - O Vox Populi, com pesquisa publicada nesta terça-feira(29), confirma os números publicados pelo IBOPE na semana passada. A ex-ministra Dilma Rousseff do PT com 40% continua à frente do ex-governador de São Paulo, José Serra, que registra 35% dos votos. O contraste fica por conta da busca de visibilidade de Michel Temer (PMDB), vice da petista, enquanto os tucanos continuam nas discussões em quem será o outro nome na chapa a presidência. Marina Silva, por sua vez, se mantém no patamar dos 8%, sem conseguir alavancar sua campanha, apesar do apoio estratégico de parte da mídia nacional a sua candidatura, paradoxalmente.

Como a propaganda eleitoral no rádio e TV começam no próximo mês, resta a José (Serra), no horário eleitoral ir para o confronto direto com a ex-ministra tentando comprovar o discurso de que é mais bem preparado para administrar o Brasil. Sem dúvida terá necessidade de esmaecer a imagem do presidente Lula, com popularidade histórica, e ainda ser eficiente no tempo de exposição, inferior a coligação petista. Além do mais resolver suas diferenças com o tucanato paulista, liderado por Geraldo Alckmin, ainda amargurado pelo apoio de Serra a Gilberto Cassab (DEM) para a prefeitura paulista. Por último, aparar arestas nas negociações com os democratas, com a corda toda diante de sua importância estratégica na campanha do ex-governador.

Serviço é o que não falta ao PSDB, que tem como importante líder intelectual o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com imagem distanciada da campanha.

Apesar de ser muito cedo para antever resultados de eleições que ainda passará pelo horário eleitoral, onde tudo pode acontecer, Luis Nassif em seu blog, diante dos números das pesquisas recentes, acredita que as eleições podem ser decidida ainda no primeiro turno, e aponta a razão de suas convicções.

Saiba mais.

CONSTRASTES DE MINAS


Depois de dizer não a seu partido, de sair à vice na chapa de José Serra, a missão de Aécio Neves é se eleger Senador da República, lugar que deverá lhe dar visibilidade o suficiente para se projetar as próximas eleições ao palácio do planalto.

POLÍTICA - A corrida eleitoral em Minas Gerais representa a busca do ex-governador Aécio Neves pela manutenção da hegemonia política no Estado. Formalmente o PSDB lançou o vice e atual governador ao governo estadual, Antônio Anastasia, e o ex-presidente de República, responsável pelo lançamento do plano Real, Itamar Franco (PPS). Pelo lado mineiro, imagens que demonstra as estratégias do economista e neto de Tancredo Neves de eleger um nome pouco conhecido, o qual possa manter-se participativo nas decisões políticas no palácio da Liberdade. Contudo, o ex-jornalista da Rede Globo e ex-ministros das comunicações, Hélio Costa (PMDB), aparece em vantagem nas pesquisas eleitorais, apoiado pelo PT, de Lula.

Depois de dizer não ao seu partido, de sair à vice na chapa de José Serra, a missão de Aécio Neves é se eleger Senador da República, lugar que deverá lhe dar visibilidade o suficiente para se projetar as próximas eleições ao palácio do planalto. De fato, uma atitude conservadora, mas uma possível derrota a presidência ficaria no limbo durante quatro anos, na possibilidade de seu companheiro de chapa não conseguisse alavancar sua campanha ao planalto.

Itamar Franco seria o outro nome para a segunda vaga mineira ao Senado, o que completaria o quadro de apoio ao ex-governador na busca pelos seus objetivos. Entretanto, não se deve considerar que Neves terá facilidade para eleger o seu sucessor, pois, Anastasia tem pouco carisma e é uma figura ainda desconhecida em Minas, portanto, não obteve ainda não se saiu bem nas pesquisas eleitoral até agora. Contudo, ele próprio tem sua campanha garantida ao senado, pois deixou o governo mineiro com grande apoio popular, o nome que restou da velha política do Estado, de um tempo glorioso, rivalizando com os paulistas, no chamado governo café com leite.

Ao fundo da imagem, entretanto, pode-se ver a imagem do atual prefeito do PP de Uberlândia, Odelmo Leão Carneiro, que representa o conservadorismo agrário da política do triângulo mineiro e com larga experiência em Brasília. O que demonstra a imponderável dificuldade de renovação eleitoral regional, ao lado do ex-governador.

DUNGA E A GLOBO

O técnico da seleção brasileira excedeu nos adjetivos ao jornalista de filiada da televisão do Rio de Janeiro, mas deve ter seus motivos para enfrentar a rica diretoria da CBF, conivente com os interesses comerciais da principal empresa de comunicação do Brasil.

MÍDIA - A decepção tomou conta dos jornalistas que acompanham a seleção brasileira, principalmente os profissionais da Rede Globo, principal empresa responsável por dar vida ao grande espetáculo em que se tornou o evento pra os brasileiros. Muitas vezes, entretanto, o futebol vai para o segundo plano, as investidas do mundo das sensações superam a essência das quatro linhas. O jogador se revela um personagem da trama, que leva o público hipnotizado pelo show a querer saber como é a vida do protagonista principal, a exemplo dos bastidores das celebres novelas, o que resultaria na lógica da comunicação feita para as massas.

Dunga decidiu evitar a euforia dos atletas que convivem, neste momento, com o melhor momento de astro, e as redes de televisão pela euforia do resultado publicitário, diante dos números de audiência e rentabilidade.

No caso da TV da família Marinho revela-se estranho a presença de Fátima Bernardes no palco do futebol, já que sua especialidade não é o esporte. A apresentadora destaca pela imagem que criou na bancada do jornal de maior audiência do país, eis a busca de credibilidade para a expectativa de um público que se identifica com o personagem e não pela real competência. O técnico da seleção brasileira excedeu nos adjetivos ao jornalista de filiada da televisão do Rio de Janeiro, mas deve ter seus motivos para enfrentar a rica diretoria da CBF, conivente com os interesses comerciais da principal empresa de comunicação do Brasil.

Além do mais, por trás do espetáculo tem milhões de dólares e um batalhão de pessoas envolvidas em construir o palco. Possivelmente seriam poucos os homens da bola com a atitude do comandante do selecionado canarinho – nada passa incólume diante do espetáculo.

O que mais chamou a atenção neste imbróglio foi a participação do público - visto erroneamente como massa pelas redes de televisão tupiniquins- que se posicionaram a favor do treinador e contra o jornalismo da empresa Globo. Um jogo em que Dunga saiu vitorioso diante do olhar do grande número de participantes das mídias on-line. A rigor, a classe dos blogs e twitter demonstram sua crítica ao tradicional veículo de comunicação brasileiro, que se torna base para a formação da imagem de Brasil, com interferência na formação da cultura brasileira.

Embora a seleção não tenha agradado os torcedores diante dos resultados esperados, entretanto, esta copa do mundo reúne condições para a grandiosidade do espetáculo, devido às novas tecnologias, sobretudo para as telas, entretanto, as novas ferramentas chegam aos público-navegantes que deixa de ser somente receptor passivo, e passa a se posicionar, a ter voz num debate que sai do território da academia para os sítios de relacionamentos e comunidades virtuais.

Será que os tempos mudaram? Todavia, conforme a ombudsman, Suzana Singer, do jornal paulista Folha de S. Paulo, em texto publicado neste domingo (27) o resultado do jogo não é de empate: Dunga 1 x 0 Mídia.

COTIANO E O PRESIDENTE

Em determinadas circunstâncias, principalmente no interior do país, é comum a afirmativa segundo a qual é mais fácil um poste ganhar as eleições do que certos candidatos, os quais não conseguem atingir as expectativas do eleitor. Evidentemente, esta não é a condição do tucano José Serra.

ELEIÇÕES - Nada mais complexo do que eleições, as quais pressupõem mudanças repentinas em decorrência dos ânimos da sociedade, conforme determinação da opinião da maioria, muitas vezes instável. Entretanto, os resultados de pesquisa do CNI/Ibope, divulgada na quarta-feira (23), para a campanha a presidência da República, envolvendo Dilma Rousseff (40%) e José Serra (35%), demonstram a participação ativa da sociedade na decisão do voto. Afinal, os grupos que apóiam o candidato tucano declaradamente têm interesse econômico-privado prioritariamente na estrutura do Estado, numa visão de capital liberal, princípio pelo qual a economia seria o carro chefe de uma sociedade desenvolvida.

A permanente chapa tucano-democratas revela a proposta em essência do pensamento do grupo que fundamenta o plano de governo de Serra, que ao longo dos últimos meses não para de cair nas pesquisas, mesmo diante de uma guerra dos institutos, envolvendo Datafolha, Ibope, Census e Vox Populi. Os números recentes verificados por estas mesmas empresas não deixam dúvidas quanto ao crescimento de Dilma Rousseff, cujo currículo registra a falta de experiência em eleições e atuação efetiva em política partidária, diferentemente do seu adversário que é conhecido pelo público pela sua articulação em diversas disputas eleitorais.

O mais intrigante é saber que somente no sul do país Serra, conforme o Ibope, continua na frente na corrida presidencial, sendo que até mesmo no sudeste, onde estão São Paulo (há vários anos berço do PSDB) e Minas Gerais (de Aécio Neves), dois dos maiores colégios eleitorais brasileiros, a petista ganha à frente. Em determinadas circunstâncias, principalmente no interior do país, é comum a afirmativa segundo a qual é mais fácil um poste ganhar as eleições do que certos candidatos, os quais não conseguem atingir as expectativas do eleitor. Evidentemente que esta não é a condição do tucano, mas demonstra que o seu discurso está fora de sintonia com a sociedade moderna, globalizada, mas com problemas localizados, muitos deles graves como a falta de alimento, emprego, moradia, segurança e educação. A diferença de renda no Brasil levou muitas comunidades a buscarem o seu lugar num cenário que é lhe desfavorável, de maneira política.

A rigor, a definição de grandes jornais brasileiros e as campanhas de marketing arrojadas, embora ainda importantes, não são fundamentais neste processo, pois, o que se percebe é a disposição da população em eleger o cotidiano como lugar de decisão. Se assim, for a coligação com os democratas, em meio aos conflitos de interesse, não será suficiente e importante para resolver um problema que está na origem das propostas, e no perfil de quem pretende ser governo de uma nação inteira.

REDES SOCIAIS NA INTERNET COMO NOVAS POSSIBILIDADES PARA UMA COMUNICAÇÃO DEMOCRÁTICA

 
















Imagem Wikipédia - várias rotas em uma porção da Internet mostrando a escalabilidade da rede.

As inovações tecnológicas advinda principalmente com a Internet podem conduzir às políticas de comunicação no sentido de contribuir para uma informação mais democrática. Democracia que se faz presente no uso das ferramentas de redes sociais a partir de recursos que permitem a participação e a interatividade com os veículos de comunicação na rede.

Leia Mais - Estudo de Mídias 

POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO E CIDADANIA

O que compreendemos por cidadania hoje já está distante do conceito estabelecido na Grécia ou na Roma Antiga. Termo muitas vezes utilizado de forma inadequada. A noção de cidadania tornou-se tão ampla que acaba servindo para tudo. Como a cura para todos os males da vida em sociedade. 

Leia mais - Estudo de Mídias 

PESQUISAS E CENSURA

Mas, afinal, quais são os institutos confiáveis e os sérios?

ELEIÇÕES - As pesquisas eleitorais neste período de campanha trazem uma grande preocupação tanto dos candidatos, quanto das pessoas que desejam saber quais são as condições dos candidatos aos olhos da grande maioria, os eleitores. Entretanto, neste pleito tornou-se caso de justiça, com políticos que desejam bons números para os seus grupos e fazem retaliação aos institutos próximos dos adversários. Em Goiás, a justiça foi mais severa e resolveu, de fato, impedir que uma empresa realizasse o seu trabalho em função de uma pergunta que seria difamatória aos tucanos.

Mas, afinal, quais são os institutos confiáveis e os sérios? O questionário usado deve ser submetido aos candidatos em campanha? Qual é o papel da justiça no processo eleitoral – tomar partido? Notoriamente não se deve imaginar que há imparcialidade em tempos de disputas eleitorais, pois, sobretudo, os meios de comunicação entram no jogo, defendo interesses e difundido discursos que privilegia nomes e partidos, conforme resultados que se espera no futuro. Entretanto, que se faça justiça separando, com cuidado, o que seria liberdade de observar e expressão do que seria censura e, portanto, prejudicial ao espaço público.

Sem dúvida, no período eleitoral há empresas midiáticas que defendem tanto um lado quanto o outro, sem distinção. Bem verdade que, considerando a busca incessante pelo retorno econômico, a visão neoliberal arrebanha mais apoios, entretanto, é necessário não sair do limites do razoável e ético, capaz de gerar perda de autoridade e confiança. Os institutos de pesquisa devem obter liberdade para exercer sua função de mensurar o desejo do eleitor, com respeito ao princípio democrático, defendido pela justiça, sem partido.

O NOTICIÁRIO POLÍTICO DA FOLHA

Em tempos de eleição sempre surge a questão de imparcialidade e objetividade da imprensa. Em essência, seria hipocrisia não reconhecer a partidarização da linha editorial de muitos jornais, sejam eles brasileiros ou não. Todos os meios de comunicação têm como base os seus interesses econômicos, cuja manutenção depende da política e cultural social. Desta forma, sua participação, além de existente, torna-se fundamental para a democracia vista pelos grupos dirigentes de grupos empresariais, que fazem sua defesa nas páginas do jornal, num debate com o público.

O valor-notícia da Folha de S. Paulo para estas eleições vem se tornado emblemático devido a insistência do jornal em defender de maneira exagerada o tucanato, colocando a prova sua competência ética. Muitas vezes os próprios comentários de jornalistas acompanham, em determinados momentos em desconforto, o discurso partidário da empresa. Hoje (20) a Ombudsman Suzana Singer discute a questão, no próprio meio de comunicação, em função dos questionamentos dos leitores.

Link - Ombudsman
PUBLICADO 

UM PALANQUE, OUTRAS IDÉIAS

A pergunta a se fazer: qual a ideologia e essência partidária nesta modernidade política brasileira?

POLÍTICA - Eis uma imagem que vale mais do que mil palavras. Três figuras da política brasileira com histórias distintas no processo social brasileiro, que fazem coligação inusitada em um dos principais estados brasileiros, o Rio de Janeiro. O Candidato a governador, Fernando Gabeira (PV), um forte candidato para vencer as eleições, diante da votação que recebeu em 2008, quando perdeu para Eduardo Paes (PMDB), por uma diferença mínima no segundo turno as eleições para o município carioca, tem como presidencial Marina Silva (PV), mas apóia com vigor o candidato José Serra (PSDB).

Como os tucanos não conseguiram nomes que represente o partido no Estado, o acordo foi feito com Gabeira, cujo partido precisa cacifar Marina Silva, nos palanques montados para o pleito eleitoral, mas José Serra exige o respeito ao apoio, e precisa ter acesso aos eleitores do Estado numa campanha dura para a presidência da República. No meio deste imbróglio a ex-senadora, que certamente não agrada, mas convive com a situação inusitada, sem outra alternativa, já que Gabeira tem ascensão no Partido Verde. Sem dúvida, uma condição que depõe contra a imagem da candidata, a rigor, são propostas de governo diferentes para encontros permanentes e estranhos para a população fluminense.

Gabeira e Marina Silva têm sua história política amarrada ao PT de Dilma Rousseff, pois o primeiro foi deputado eleito pelo partido em 2004 e com ações políticas à esquerda, e a ex-senadora que não se esquece de afirmar sua ligação com membros do partido dos trabalhadores. Ambos, conhecidos por seus movimentos sociais pelo Brasil, bem verdade que nos últimos anos o líder dos verdes tem movimentado para o lado dos conservadores em seu discurso tantos em seus artigos nos jornais e entrevistas.

A coligação do deputado com os tucanos parece normal, diante das propostas de Gabeira, entretanto, leva com ele o discurso de Marina Silva e do partido dos verdes, que por muito tempo se mostrou de esquerda. A pergunta a se fazer: qual a ideologia e essência partidária nesta modernidade política brasileira? E povo como está?

Leia mais

O MÍNIMO PARA A EDUCAÇÃO

O campo de luta formado somente depõe contra a capacidade do chefe do executivo em apresentar alternativas ou resolver em definitivo a condição de greve.

EDUCAÇÃO - A greve dos professores do município de Goiânia está sendo conduzida de maneira atabalhoada pelo governo de Paulo Garcia (PT), em função de três fatores básicos: primeiro é direito dos docentes reivindicarem o pagamento do piso, que é o mínimo, importante ressaltar; o chefe do executivo é do Partido dos Trabalhadores, portanto está ligado a classe trabalhadora; além do que o desenvolvimento de um município somente pode ocorrer com uma educação de qualidade, capaz de retirar milhares de pessoas da pobreza e permitir igualdade social. Goiânia é uma das cidades mais desiguais do mundo, como atesta a ONU.

O diálogo certamente é melhor forma de evitar confrontos como ocorreram ontem na capital, entre guardas municipais e professores mobilizados desde o dia 20 de maio. O campo de luta formado somente depõe contra a capacidade do chefe do executivo em apresentar alternativas ou resolver em definitivo a condição de greve. Os recursos investidos na educação, além de justo atende uma classe que vive a migalhas pela política brasileira, mesmo sendo senso comum a baixa qualidade do ensino deste país. Paulo Garcia, ligado a um partido que surgiu das lutas dos trabalhadores nas décadas de 70, deve conhecer bem esta realidade e os motivos das péssimas condições nas escolas brasileiras e a falta de uma democracia que represente a coletividade.

Um partido que se reconhece dos trabalhadores precisa construir sua estrutura na força política no social, com discurso e ações que definam sua ideologia. A rigor, não é possível a formação de um quadro político que tem bandeiras de representação de uma maioria da sociedade e mantém a estrutura da desigualdade e manutenção de sistema de exclusão. No final, há a perenidade de uma realidade injusta para uma sociedade cada vez mais mobilizada e disposta a reivindicar os seus direitos, mas sem referência partidária, pelo menos no executivo municipal.

Saiba mais - site R7

CONSCIÊNCIA ENQUANTO ARMA

No meio de todo este debate está a ciência e a sua funcionalidade para a definição de um mundo da paz ou guerra.

CINEMA – Em tempos de copa do mundo, quando todos vivem as emoções das cores dos países, dois filmes merecem ser vistos, os quais dizem respeito à pátria e símbolos e poder. "Zona Verde" e "Manipulador de Cérebros" ganham destaque em função de abordar a mesma temática, numa sociedade mundial em permanente conflito. O primeiro, com imagens hollywoodianas, discorre sobre as informações falsas da mídia dos Estados Unidos sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque, o que motivou a invasão comandada por George W. Bush,

O segundo filme de fato, toca mais fundo no assunto, busca elucidar as formas de pesquisa do país norte americano na manipulação das mentes (cérebros), com o objetivo de conhecer a capacidade do homem de defender o seu território com a própria vida.

Nem sempre a ficção leva a realidade, muitas vezes os espectadores são levados às estratégias de conhecimento passivo, entretanto, separando os excessos torna-se importante entender a visão do diretor que se propõe a discutir assuntos pertinentes e complexos. A grande discussão que não se cala gira em torno das informações falsas lideradas pelos jornais estadunidenses sobre o perigo, então, iminente das armas de destruição em massa do Iraque. Com se viu, no final, o que ocorreu foi à destruição da política e soberania do governo de um país de cultura distinta da ocidental, em solo petrolífero e central numa região hostil aos interesses modernos.

Argumentos que põe em dúvida o poder bélico dos persas que há anos permanece nas páginas dos jornais mundiais, sem descanso. As retaliações dos países centrais continuam a repetir à velha tônica dos bushistas: para o eixo do bem os acordos e para o eixo do mal a guerra. Na esteira das decisões a ordem econômica mundial, a partir do prisma de quem possui o dedo no gatilho das armas militares, tecnológicas e informacionais.

No meio de todo este debate está a ciência e a sua funcionalidade para a definição de um mundo da paz ou guerra. Seria ingenuidade de a sociedade moderna imaginar que talentosos pesquisadores vivem em busca da qualidade de vida de uma sociedade da saúde, informação e conhecimento. Considerando os exageros da ficção, em alguns laboratórios localizados na periferia, o homem pode ser objeto de estudo como instrumento para as estratégias de guerra, o alvo talvez seja a consciência, o poder simbólico.


Veja trailer:
Manipulador de Cérebros

MORRE UM ESCRITOR

LITERATURA - Morre uma das personalidades mais importantes da história da literatura contemporânea, o português José Saramago. Escritor que apesar das tendências a uma sociedade do consumo, não hesitou em se intitular comunista, com defesa das suas idéias sociais, tanto nos seus textos, como nas entrevistas à imprensa.


Leia mais

FUTEBOL, UM NEGÓCIO GLOBAL

Na contemporaneidade, o espetáculo toma conta da aldeia global, tudo se evapora no ar, e, por isso, é possível ver as luzes do estádio, com diversos animadores nos palcos montados.


FUTEBOL - A copa do mundo deste ano chama a atenção pelo contraste entre identidade e globalização, notoriamente, diante da rede econômica. Estranho observar o locutor escalar as equipes que se enfrentam, principalmente aquelas que representam os países em desenvolvimento (eufemismo para pobres), pois em alguns selecionados nenhum jogador pertence à nação de origem. Com exemplo o time brasileiro que tem um ou outro atleta, o restante pertence ao mundo, dos negócios. Entretanto, algumas seleções mantêm os seus nativos em campo, os quais carregam a sua carga cultural, que se assemelham com os torcedores, os quais aproveitam para se divertir num tour pelas terras de Nelson Mandela.

Vai longe o tempo que o jogador representava tinha atrás de si torcedores que se identificavam com o seu carisma e arte, sobretudo, com este ídolo, que seria o responsável pela vitória contra o seu adversário, de outro herói. As chuteiras eram bancadas pelo clube ou pelo próprio esportista, as camisas não se trocavam, pois deviam ser usadas na partida seguinte. Talvez nem sejam bons tempos, mas era possível torcer por alguns nomes que o tempo levou. Na contemporaneidade, o espetáculo toma conta da aldeia global, tudo se evapora no ar, e, por isso, é possível ver as luzes do estádio, com diversos animadores nos palcos montados.

Numa relação com a comunicação para as massas, os torcedores se tornaram ao longo da globalização os consumidores dos sonhos mitológicos das vitórias para o fortalecimento da sua própria identidade, perdida eternamente, nas aventuras do show business. Em alguns momentos, o próprio treinador se torna refém dos interesses econômicos, quando determinado jogador, mesmo não rendendo o suficiente precisa estar em campo, pois a sua imagem representa interesses comerciais e gastos monstruosos.

Nem mesmo a bola escapa das marcas, pois a cada ano uma nova empresa usa o balão de coro para dinamizar suas vendas, mas esquece de manter a estrutura do instrumento principal para as partidas. No final surgem diversos frangos (quando em um lance corriqueiro o goleiro deixa a bola ir à rede) e reclamações as mais diversas dos próprios atletas.

As entrevistas são fantásticas, a poluição visual é inevitável, diante de tantas marcas espalhadas no campo de visualização da câmara, de última geração. O enquadramento é o merchandising, mais caro e eficiente do que a publicidade tradicional. No rádio há também os seus enquadramentos, pois se a bola vai para escanteio, vem uma publicidade; se houver substituição lá vem o refrão. O mais difícil na emissora idealizada por Roquett-pinto é o momento do gol, pois nem se ouve a emoção do gooool, mas o nome de uma marca qualquer de um lance de quase-gol – um sofrimento.

Em essência, apesar da dificuldade de o Brasil de vencer os comunistas Norte-Coreanos, não haverá tantos problemas para enfrentar os alemães, os Estados Unidos, a França, pois são mais conhecidos e talvez vivam dos mesmos lances, dos mesmos esquemas táticos. Sem segredos, ainda bem. Viva!

EM CAMPO A FORÇA DO MITO

Os sentimentos mais escondidos se afloram, voltando aos tempos de lutas, de vigor e força dos gregos olímpicos.

FUTEBOL - A cada quatro anos, os países com tradição no futebol, se fantasiam com suas cores que simbolizam a identidade de uma nação, isto em função de atletas que defendem uma pátria dentro das quatro linhas que dividem o gramado. O torcedor do outro lado dá resposta ao chamamento e com apito na boca comemora a luta de vida ou morte, num confronto entre outra equipe que exerce a mesma função, defender o seu país. Nesta rivalidade se estabelece a mitologia do mais forte e vigoroso que precisa ser mais habilidoso, competente e, neste esporte, matreiro. A cada jogada o coração palpita, emerge a emoção que chega aos homens brasileiros em todo o planeta, que vibra no estádio ou diante do rádio, da televisão.

A festa quase sempre vai estar empolgante, quando se une o amor ao país a um grupo de pessoas com cultura e identidade semelhante. Os sentimentos mais escondidos se afloram, voltando aos tempos de lutas, de vigor e força dos gregos olímpicos. As diferenças, às vezes pouco perceptivas, tornam-se grandes quando se olha detidamente a sutileza dos toques, a oportunidade para conduzir a bola até o gol, mesmo que seja de maneira irregular.

O controle precisa existir para tornar a ilegalidade uma atração a mais, condenável, mas por isso surge a arte de burlá-la. Afinal, não são somente jogadores de corpo e alma que entram em campo, mas grandes e fortes figuras mitológicas que respondem aos anseios de uma sociedade, agora colorida e barulhenta para torcer, mesmo que milhares de quilômetros de distancia do palco, mas vive e senti-o – os gastos são necessários, para muitos a razão da festa.

No universo da imagem e da voz realiza-se a proximidade, apesar da distancia, e todos podem estar diante do cenário de alegria e fraternidade entre os torcedores do mesmo lado, pois é preciso ter rivais, mesmo que sejam momentâneos. A graça está no enfrentamento, no desmerecimento do outro e alegria diante da tristeza sempre possível. Alguém vai perder, nem sempre a pátria sem vigor econômico e intelectual sai derrotada, que terá a oportunidade de se vingar num mundo de fantasias e mascaras.

Em essência, o futebol não se define somente pela brutalidade e força física em campo, mas depende da armação tática e técnica que leva milhares de participantes para a arena, com orçamento significante, não maior que o sonho da vitória.

O Brasil está em campo, vamos todos juntos marcar o gol. Afinal, é preciso dar um tempo para as coisas sérias e ruins. Viva a alegria diante da infelicidade do dia a dia. Viva a seleção de verde e amarelo, viva o povo brasileiro.

FICA, CULTURA E MASSA

Em essência, o Fica é mesmo importante para Goiás, especialmente para os estudantes de comunicação; Sobretudo ter a convicção de que incentivar a cultura é uma responsabilidade do Estado.

CULTURA - O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - FICA, na cidade Goiás, a exemplo do ano anterior, não conseguiu animar o grande público. Certamente, nem é este o objetivo dos organizadores que reduziram investimentos para os grandes shows. Ademais, o festival em si, para 2010, não trouxe nomes de destaques do cinema e meio ambiente. O resultado: menos pessoas no evento e nas ruas da antiga capital.
Não seria possível passar despercebido o interesse dos cinéfilos pelos bares e praça da cidade, e pouco fluxo nos locais de realização do evento, como oficinas e apresentações de amostras e filmes – O Cine Teatro São Joaquim não esteve tão lotado e no Cinemão a maioria das cadeiras ficou vazia para muitos documentários, que exibiam a mesma programação.

Notório ressaltar que a cultura de massa prevaleceu sobre grupos formados por aficionados pela sétima arte. Conforme alguns lojistas, as vendas foram fracas, bem abaixo das expectativas. Para os participantes do Fica, a proposta do governo em reduzir verbas para grandes apresentações no palco da praça e concentrar investimentos no cinema seria uma medida acertada, pois valoriza, desta maneira, não o grande número, mas a qualidade dos trabalhos ligados a arte cinematográfica.

Para outros, a copa do mundo concorreu com o evento, mesmo considerando que o grande palco do futebol mundial iniciou seu espetáculo na sexta-feira, sem partidas do selecionado brasileiro. Além do que, por todos os lugares havia um aparelho de televisão ligado nos confrontos iniciais, diretamente da África do Sul, este o grande show do momento.

Apesar, do discurso de redução de gastos e pagamentos de dívidas de governo anterior, o a atual gestão estadual realmente precisa analisar a importância do Festival e decidir por uma organização que privilegie o cinema, e não esquecer a qualidade que chame a atenção do público que procura se aperfeiçoar sobre a sétima arte. O glamour, entretanto, faz parte daquilo que envolve a imagem, mesmo considerando o documentário e as discussões profundas e teóricas. Em essência, o Fica é mesmo importante para Goiás, especialmente para os estudantes de comunicação; Sobretudo ter a convicção de que incentivar a cultura é uma responsabilidade do Estado.

JORNALISMO E NOVAS TECNOLOGIAS

Com as novas tecnologias o jornalismo passa por transformações indispensáveis e torna-se fundamental discutir a sua realidade contemporânea, num fluxo de informação ininterrupto, numa aldeia global. A rigor, como é produzir notícias neste universo social de complexidade? A internet cria um novo espaço para a comunicação? Acadêmico.

Ibope confirma empate entre Dilma e Serra


A disputa eleitoral para a presidência continua a acirrada entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), sendo que Marina Silva (PV) mantém-se estável. Na realidade, uma situação difícil para o candidato tucano que não consegue avançar, mas ao contrário perde terreno e vê a principal concorrente crescer em popularidade. Dados são de pesquisa publicada pelo Jornal Estado de São Paulo. Acesse em PUBLICADO.

CONSERVADORISMO E POLÍTICA

Na política o terreno para os candidatos é sempre pantanoso, diante de tantos interesses antagônicos em uma sociedade, para muitos assuntos, conservadora.

POLÍTICA - Na política alguns temas se transformam em obstáculos para os candidatos na formação de sua imagem, e dizem respeito à maioria e minoria da população. Entre eles a religião, descriminalização das drogas, aborto, homossexualismo. Nesta semana em entrevista para o site UOL Marina Silva (PV) preferiu fazer valer sua visão transparente sobre o relacionamento civil entre os homossexuais, sem tergiversar sobre o assunto, atitude muito comum e estratégica entre os candidatos. Nas respostas se mostrou reticente sobre o aborto e casamento gay. No final, recebeu severas críticas das minorias que tradicionalmente se articulam na rua e nas novas mídias para defenderem-se.

Os jornalistas têm como função formar o perfil do candidato para o público, o que torna determinadas perguntas inevitáveis e, por vezes importantes, ainda mais considerando que geralmente carregam apelo social e gera muita discussão. No final está à busca pela audiência, e substancialmente a de exercer a função política de participar do imaginário social. Neste sentido, a Folha de S. Paulo, por exemplo, em 1985 protagonizou acalorada discussão durante disputa pela prefeitura de São Paulo.


Na época, o respeitado jornalista do diário, Boris Casou, perguntou ao candidato Fernando Henrique Cardoso, se acreditava em Deus – já era sabido de antemão o posicionamento do sociólogo. Ao titubear na resposta, FHC sentiu que perdera preciosos eleitores, e foi exatamente o que ocorreu. No fechamento das urnas, Jânio Quadros, o homem da vassoura, saiu vitorioso.

Na política o terreno para os candidatos é sempre pantanoso, diante de tantos interesses antagônicos em uma sociedade, para muitos assuntos, conservadora. Entretanto, não deve esquecer-se das mudanças inexoráveis nas culturas em movimento, a religiosidade é uma delas. A cada questão respondida os postulantes vão apresentando sua identidade, o que nem sempre se resolve com marketing ou assessores qualificados, a decisão final será dos eleitores.

Na política não se deve confundir religião e Estado que são diferentes sobremaneira, ainda mais considerando que as instituições públicas devem ser laicas, exatamente, em função das diferentes correntes de pensamento e comportamentos. Assim, temas antes impensados, hoje se transformaram em debates importantes, os quais o líder político de um país terá que conviver e buscar soluções, caso esteja em vigor à democracia. Conservadorismo pode ser importante em determinados momentos, entretanto, impede o avanço, o desenvolvimento social e o reconhecimento das diferenças, o que, por vezes, pode gerar guerras sangrentas, com a palavra George W. Bush.

INTERNET E ELEIÇÕES

A internet ganha eleições? Uma pergunta que não cessa na mente dos políticos e da sociedade. Mas não há dúvidas que fará diferença em qualquer campanha nos tempos atuais, afinal, a tendência é o crescimento neste tipo de comunicação, com redução da audiência dos veículos tradicionais, como já se pode perceber nas pesquisas.

LEIA MAIS

REGULAMENTAÇÃO DA INTERNET

A regulamentação da internet continua sendo um debate complexo, devido as dificuldades de regulamentação e o acesso cada vez maior das pessoas aos espaço da comunicação. Por um lado os interesses das empresas tradicionais de mídia que sofre concorrência e perde o domínio absoluto sobre o imaginário social. Por outro, a necessidade de ordem judicial, pois há sites perniciosos à sociedade.

ESTADO E IMPOSTOS

Os gastos do Estado, entretanto, não devem ser de maneira perdulária, mas voltados para os compromissos que atendam, efetivamente, os interesses sociais, que exigem políticas publicas e desenvolvimento social.

ECONOMIA - Durante algum tempo e principalmente nesta semana, uma discussão tomou conta dos meios de comunicação brasileiros: o alto valor cobrado de impostos pelo governo federal. Sem dúvida, os brasileiros são obrigados a contribuir no pagamento das contas públicas, e as cifras são grandes e assustam não somente as famílias de baixa renda, mas principalmente os empresários, que se opõem ao aumento do poder da política de Estado, que passa a ter mais condições de regulamentar o mercado e direcionar verbas para diferentes áreas do país, sem o peso das exigências do setor financeiro.

Não se trata de apenas uma discussão em ano eleitoral, mas a busca dos empresários de denunciarem o fortalecimento do Estado é constante, com uso de Lobbies para atingir os seus objetivos, quais sejam a das políticas públicas mínimas, o que permitiriam conviverem com a auto-regulamentação, ou seja, ao invés do governo federal definir medidas para o espaço público, como investimento na assistência social, moradia e transporte, por exemplo, o mercado seria, com prioridade, o agente definidor das lógicas sociais, evidentemente. Uma realidade que não deu certo e fez muitos países centrais quebrarem, como foi o caso da grande crise que atingiu sobremaneira Estados Unidos e importantes países da Europa, dentre eles Inglaterra recentemente e continua se alastrando, atingindo países pequenos pouco vistos como a Grécia.

O discurso se apóia no investimento dos interesses sociais, pois pressupõe que com a redução dos impostos os beneficiários seriam os brasileiros, sobretudo os grandes não-empresários, os trabalhadores, o que não constitui amplamente a verdade, pois na troca de regulamentação do Estado para o mercado, está percebido que não se chega a bons resultados, e quem perde, no final, é o lado mais fraco da corda. Os países de economia seguidores da ordem liberal de Washington estão revendo os seus planejamentos, e aqueles que não seguiram os planos dos bancos centrais de ordem global obtiveram resultados negativos quando a crise bateu à porta. O resultado, ao contrário, foi de estabilidade, principalmente, nas nações em desenvolvimento com políticas de um estado forte, diferentemente daqueles que seguiram as decisões monetárias e sociais para a ganância do setor financeiro.

Em essência, não é possível, na prática, a presença de um Estado do bem-estar social, no sistema capitalista, sem os impostos pagos pela sociedade, o que vai onerar principalmente a classe média, pois a classe baixa não tem como contribuir e os ricos empresários sempre buscam formas de burlar o pagamento de impostos, e ainda encontram meios de atender as classes emergentes, mas continuam sem se preocupar com o espaço público. Não seria honesto demonizar a classe empresarial que é fundamental para o progresso de uma nação, entretanto, muitas vezes a individualidade sobrepõe às lógicas humanas.
Entretanto, deve-se ressaltar que a presença do Estado há mudanças importantes na base social, com melhora na formação educacional, na perspectiva de grande número de pessoas que não podiam se alimentar em diversas partes do Brasil, apesar de suas riquezas naturais e produtividade. Em conseqüência a participação social se ainda não acontece efetivamente deverá se concretizar no futuro, a rigor, as novas tecnologias criam espaço para isso, possível se a proposta prioritária for o espaço público. O desenvolvimento econômico vem a reboque, como reflexo da democracia, comunicação e igualdade.

Portanto, a discussão que se amplia em ano eleitoral faz parte de um jogo de poder, no qual se quer defender interesses econômicos e manutenção de uma ordem que atendem a grupos privilegiados, em detrimento da coletividade. Os gastos do Estado, entretanto, não devem ser de maneira perdulária, mas voltados para os compromissos que atendam, efetivamente, os interesses sociais, que exigem políticas publicas e desenvolvimento social.

GUERRA EM ALTO-MAR

Como resposta dos países do centro, notas de lamentação e pedido de apurações, como se a população mundial não soubesse que, no final, nada será feito contra o ato, alguma sanção, a exemplo do que se propõe ao Irã.

GLOBALIZAÇÃO - Algo impensado a uma dezena de anos, mas estamos em uma aldeia global, sob a qual todos vivemos de maneira cada vez mais próxima, o que torna todos os elementos constantes e de responsabilidade de todos, porque os reflexos na natureza deverá atingir os indivíduos, mesmo aqueles que não sabem do que se trata, efetivamente. A rigor, num lugar como este não se pode dizer que não sabe, e não é comigo. Desta forma, cabe questionar dois assuntos em voga. Um ocorrido recentemente, o caso do ataque inescrupuloso de Israel a uma embarcação de ajuda humanitária na faixa de gaza; e o outro o vazamento de petróleo em águas americanas. Ambos de uma irresponsabilidade que afeta a vizinhança e diz respeito a injustiça social.

A propaganda negativa que formou em torno de Israel que usa seu poderio bélico, com tecnologia dos Estados Unidos, para atacar a palestina e distanciar países da região, não dá trégua. Diante do excesso de imagem e discurso de guerra proferido pelo país, formou-se uma grande muralha em torno da nação de Shimon Peres, que a separa do mundo civilizado. A guerra que se arrasta tornou insuportável diante do território global dito civilizado. Apesar das várias tentativas, permanece o caos na região, que tem a ingerência dos Estados Unidos, os quais necessitam da força israelense para evitar a perda de controle da região petrolífera.

Nesta semana, mais um ato irresponsável que provocou a morte de nove pessoas que tentavam passar pela faixa de gaza em águas internacionais e levar suprimentos aos palestinos. Como resposta dos países do centro, notas de lamentação e pedido de apurações, como se a população mundial não soubesse que, no final, nada será feito contra o ato, alguma sanção, a exemplo do que se propõe ao Irã, a qual deverá ocorrer, trata-se de uma nação do eixo do mal. A rigor, é visível que o planeta tem donos, assim como quem vive nele.

Outro assunto pertinente é o vazamento de petróleo em águas estadunidense, devido à explosão de equipamento de retirada de petróleo em águas profundas. Por dias o mineral jorra pelo mar sem solução, comprometendo a vida animal na impensada área afetada. Estranho é que não há mobilização social para cobrar soluções imediatas, afinal, embora sejam terras territoriais dos Estados Unidos, o mar banha uma dezena de países pelo planeta, portanto, serve a humanidade. Qual seria a reação dos países centrais caso a Petrobrás, em terras brasileiras não conseguisse estancar, por alguns dias, o petróleo em alto mar?

Contudo isso, embora a reação seja lenta, algo vem mudando no pensamento da sociedade moderna, que pode ficar passiva, mas impossível de se mostrar desinformada.

AVANÇO OU EMPATE?

Com o empate é forçoso observar que, a exemplo do Brasil, não há nos partidos do estado novos nomes de expressão no imaginário social, capazes de oferecer alternativas ao eleitor. Os novos já se tornaram velhos, sem novidades.

ELEIÇÃO - A pesquisa publicada pelo jornal o Popular sobre a corrida eleitoral em Goiás, esta semana, traz pontos importantes sobre as condições os candidatos Íris Rezende e Marconi Perillo ao considerar os números anteriores, apresentados pelo mesmo instituto. Diante do pequeno crescimento dos dois postulantes à cadeira de governador não se deve afirmar que se trata de um avanço, mas estabilidade na aprovação. Ademais, estão empatados no limite da margem de erro que é de 3,1 pontos percentuais. O tucano saiu de 43,7% para 45%, e o peemedebista que tinha 39,9% na atualidade tem 40,6%. O ex-prefeito consegue resultado menor que o senador, mas na realidade não pode afirmar que haja avanços entre eles.

As pesquisas eleitorais sempre trazem dúvidas quanto a sua lisura, mesmo feitas por empresas com tradição de seriedade como o Serpes, entretanto, os comentários posteriores surgem sempre para dizer que houve favorecimento para um ou outro lado. Nestas horas os analistas devem tomar certa precaução. Após o exposto, torna-se importante ressaltar que a performance, neste momento da campanha, é diferente entre os dois candidatos, pois, não se sabe por que, mas Rezende pouco aparece na mídia, não consegue promover uma agenda fácil de ser acompanhada, ou talvez não tenha grandes compromissos.

Por outro lado, Perillo continua seu ritmo forte, com determinação de estar nos meios de comunicação todos os dias, como se vê principalmente no Jornal Diário da Manhã , com menor incidência no jornal o Popular e os outros veículos menores do Estado. Conforme jornalistas locais, o tucano sempre investiu muito em marketing, por isso, ganha o apoio dos donos da imprensa local, pensando em resultados futuros. A estratégia de Marconi não constitui um pecado e virou lugar comum no mundo político, em que o postulante torna-se, muitas vezes, um produto a ser apresentado com insistência ao público, o eleitor.

Numa análise dos dados, os coordenadores de campanha tucana deveriam esperar números mais expressivos diante do trabalho realizado ao longo destes anos em que Perillo não deixou de ser candidato e saiu do governo estadual com alta aprovação, mesmo considerando que tenha pela frente um candidato de expressão. Das duas uma: ou a mensagem não é eficiente ou governador Alcides Rodrigues conseguiu atingir a imagem do ex-colega. Não se deve descartar o tempo de observação do próprio eleitor depois do seu afastamento do executivo.

Resende por sua vez interpreta que não deve se desgastar neste momento ao enfrentar os imponderáveis ataques do adversário, que tem força política e espaço na mídia. Assim, o ex-prefeito prefere, pelo que se mostra, definir um determinado período para concentrar suas energias, com apoios que vem conquistado neste momento. Uma estratégia arriscada, pois não se consegue formar opinião em tão pouco tempo, considerando que numa campanha tudo pode acontecer, embora não esteja numa condição ruim na pesquisa. Rezende parece não conseguir esquecer 1998, quando saiu derrotado pelo desconhecido Perillo, ex-aliado no PMDB.

Vanderlan Cardoso ainda continua sendo a terceira via com 4,4%, números expressivos por ser até então desconhecido e concorrer com dois nomes de peso. Ganha, entretanto, notoriedade e surge como alternativa no cenário político regional, importante para a sociedade. Neste momento se apresenta como a voz do governador que tem como adversário o ex-amigo na política, Marconi Perillo, que deverá se defender das acusações de gastador e jogar responsabilidade para o governo atual.

Com o empate é forçoso observar que, a exemplo do Brasil, não há nos partidos do estado novos nomes de expressão no imaginário social, capazes de oferecer alternativas ao eleitor. Os novos já se tornaram velhos, sem novidades.