Uma leitura rápida da atual conjunta deixa transparecer uma perenidade de alguns nomes no comando dos interesses da nação, nem sempre populares.
Política - No Brasil as movimentações políticas se mostram efervescente, como é de se esperar na sociedade que se quer democrática e participativa, entretanto, apesar dos enfrentamentos que se percebe, por trás se solidifica uma enorme hegemonia de alguns grupos que usam de diversos mecanismos, nem sempre legais, para se manterem no poder. A cada dia o dinheiro público se torna um recurso de ninguém, ou melhor, apropriado por alguns iluminados homens de castas sociais que perpetuam no poder. Uma leitura rápida da atual conjunta deixa transparecer uma perenidade de alguns nomes no comando dos interesses da nação, nem sempre populares. Parece que não há liberdade de escolhas, aceitar é a única saída, conforme as jogatinas entre paredes.
Ainda há as questões ideológicas que parecem nem existir. O que importa é a habilidade que resulta na arte de transparecer honestidade, a qual, a cada dia, se mostra menos real. Neste jogo, entra até mesmo o governo federal, que põe o pé em todas as canoas que trafegam os rios caudalosos de Brasília e se esquece que não definir rumos certos pode levar a lugar algum, mesmo considerando o desespero de uma sociedade sem saída. Difícil imaginar, por exemplo, um presidente que está acima de seu partido.
Afinal, a formação – ou viabilidade - de um homem político requer a união de várias mentes pensantes, no sentido de construir um consenso sobre a realidade defendida, ou projeto a tratar. Neste quesito o PT está fora das lógicas governamentais. Lula sozinho é o partido, situação que vem se materializando na América Latina. Entretanto, no Brasil há especificidades que não podem ser esquecidas, como, por exemplo, sua longa realidade de coronéis e as leis que servem a metrópole, ou o poder econômico.
O partido de oposição, o PSDB, sequer tem uma figura representativa que demonstre viabilidade política. José Serra é uma incógnita e Fernando Henrique Cardoso não tem notoriedade para enfrentar uma eleição, mesmo que quisesse. Aécio Neves não conta com o apoio partidário e não tem maturidade para estar na Presidência da República.
Neste ínterim, resta o crescimento do PMDB que joga no sentido de ser o partido que viabiliza o poder e, para tanto, exige o seu quinhão, independentemente de quem esteja no trono. O Brasil partidário e dominador, neste sentido, caminha, com o olhar nas massas, cujo princípio é alegrar os ignorantes. Entretanto, cabe destacar, o homem moderno – a maioria marginalizada - está a cada dia menos passivo e mais participativo.
1 comentários:
E o jogo do poder partidário terá essa face enquanto estivermos passivos, enquanto formos a nação da "mega maioria" de corruptos e corruptíveis. Sim,o brasileiro é um povo de natureza altamente corruptível. E de tão tolo acha que corrupção é “a desonestidade que acontece apenas na esfera dos cargos políticos”. Na curiosa inversões de valores, não são vistos como corruptos:
aqueles que vendem seu voto...
os que sonegam impostos...
os partidários da troca de favores...
nem mesmo quem suborna o guarda pra não pagar a multa de trânsito... dirão: corrupto é ele que aceitou!
Ou quem alimenta a indústria da pirataria!
Nem o nosso mais famoso corrupto, apelidado carinhosamente de jeitinho brasileiro...
Boa parte da população brasileira ainda não é comprovadamente corrupta apenas por falta de oportunidades... isto sim é o que sobra na esfera do poder! Eternamente valerá a máxima “Quer conhecer uma pessoa, dê poder a ela!”
E para nós brasileiros, essa imensa massa de apedeutas, ignorantes do conceito pleno de cidadania, ética, civilidade, humanidade, valerá o conformismo da outra máxima: “Cada povo tem o governante que merece!”
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