O que fica claro é a falta de capacidade de políticos goianos de mudar seu discurso e propostas, mesmo considerando as novas perspectivas sociais e econômicas globais.
Eleições - Apesar de alguns nomes definidos para as eleições de 2010 para o governo de Goiás, o cenário continua obscuro, mas os movimentos políticos que se apresentam desenvolvem estratégias já conhecidas, envelhecidas. O processo está sendo desencadeado como princípios que remontam uma estrutura que faz parte das práticas das lideranças do estado. Os grupos econômicos goianos começam a sinalizar os apoios para campanhas políticas no sentido de resguardar seus interesses e idéias sobre o cenário social.
Torna-se imprescindível notar que a capital Goiânia faz parte de uma busca pela prioridade de uma ordem política e econômica para o estado, considerando que a antiga capital, Cidade de Goiás, estaria sob o poder das lógicas partidárias rurais, o que impediria o desenvolvimento capitalista apregoado por grupos econômicos brasileiros. Desta forma, seria indispensável à mudança das lideranças do estado, cujo objetivo seria a inserção do capitalismo liberal na ordem das discussões e práticas sociais. Na verdade, o estado ainda mantém sua base no agronegócio, entretanto, com a força ainda emergente do setor econômico produtivo, que movimentou o mundo principalmente na virada do século. Certamente, o governo de Fernando Henrique Cardoso representou bem este ideal quando esteve no poder. Por isso, continua sendo ouvido e apoiado por um grande número de pessoas de destaque no Brasil, inclusive em Goiás.
Pontualmente, os dois postulantes ao cargo de Governador, Íris Rezende de Marconi Perillo trabalham com perspectivas diferentes do cenário social. A visão de realizador do primeiro pode objetivar o apoio de grande número de eleitores principalmente da periferia, sendo apoiado pelos petistas, hoje com grande importância na esfera federal. Por outro lado está o tucano que se aproxima da classe empresarial que travam batalhas por um estado na ordem econômica, com uma economia liberal. Por isso, o slogan já envelhecido "tempo novo". A rigor, devido aos novos tempos de crise, com o liberalismo sendo questionado, o novo já se tornou velho. Contudo, o ideal progressista continua na mente urbana dos empresários, políticos e de um grande número de pessoas da classe média.
Nesta disputa vem outro nome, o de Henrique Meirelles, que acaba agregando dois pontos importantes dos ideais goianos: o liberalismo estrutural sonhado pelos empresários, a força da militância do PT - com lastros políticos entre os empresários - e a força de um presidente popular.
Assim, embora não haja nada definido, muito longe disso, já é possível reconhecer as diferentes táticas dos participantes do jogo político. O que fica claro é a falta de capacidade de políticos goianos de mudar seu discurso e propostas, mesmo considerando as novas perspectivas sociais e econômicas globais.
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