Tanto as teles quanto o governo dos Estados Unidos querem manter um domínio econômico sobre uma sociedade desprotegida diante do poder das grandes nações, que, em crise, lutam desesperadamente para manter sua hegemonia.
EONOMIA - Os jornais destacam hoje dois assuntos importantes e complexos e que levam a uma única discussão: mercado e poder. No primeiro, as empresas de telefônicas estão preocupadas com a participação do governo na ampliação da banda larga no Brasil, com a recuperação da Telebrás, já tida como morta e enterrada pelos liberais. O prejuízo apresentado pelas companhias seria de 20 bilhões de Reais. O outro diz respeito à determinação do governo Estadunidense em impor sanções econômicas ao Irã, apesar do país aceitar acordo proposto pelos governos brasileiro e da Turquia, para o enriquecimento de urânio. Para evitar perdas econômicas e divisas, os iranianos decidiram aceitar a proposta de depositar e processar o mineral no país turco, além e permitir a inspeção sobre a sua produção de energia atômica.
Mas afinal qual a ligação de um assunto com o outro? Tanto as teles quanto o governo dos Estados Unidos querem manter um domínio econômico sobre uma sociedade desprotegida diante do poder das grandes nações, que em crise lutam desesperadamente para manter sua hegemonia. As empresas telefônicas em nenhum país do mundo conseguiriam condições melhor de enriquecimento do que no Brasil tupiniquim e de política conivente com as propostas financistas, cobrando preços exorbitantes pelas ligações telefônicas, sejam móveis ou fixas. A Internet brasileira é uma das mais caras do mundo e também de pior qualidade. A velocidade cobrada do usuário, quase sempre está aquém daquela descriminada em contrato, em vários casos se paga um valor e recebe a metade do combinado. Venhamos e convenhamos isto é um absurdo, pois tratam os brasileiros como idiotas, colonizados.
Com a proposta do governo de levar banda larga para todo o país, evidentemente, que obriga as empresas a baixarem os seus preços, melhor qualidade e perder fatias de serviços prestados aos órgãos públicos, daí a perda de 20 bilhões de Reais. Uma situação insustentável e que deveria ter sido resolvida há muito mais tempo. Além do que as teles são praticamente quase todas as empresas globalizadas com raízes em seus países de origem, portanto, representa interesses de conglomerados de comunicação, e faz parte de uma política econômica liga aos grandes centros mundiais, dominadores.
Se a comunicação faz parte de uma estratégia política e econômica que chega ao Brasil e ao mundo, a determinação dos Estados Unidos em aplicar sanções ao Irã vai nesta mesma direção: manter o domínio e a manutenção de um império que dá sustentação a uma ordem que vem sendo questionada por diversos países periféricos globais, afinal as crises por lá não cessam. Sinal claro destas intenções do país norte-americano, diz respeito ao seu posicionamento, acompanhado pela grande mídia, inclusive brasileira, em desqualificar a negociação, mesmo da possibilidade de sair algum resultado positivo. Evidentemente, que isto que não esperavam: um acordo. Veja o que diz a Folha de S. Paulo em seu editorial desta quarta-feira (19): “A visita de Lula ao Irã, que esta Folha viu com profundo ceticismo, considerando-a desaconselhável, não engendrou a solução final para a crise - algo que nem mesmo os otimistas acreditavam possível.”
Não é de hoje que as grandes potências, principalmente, os Estados Unidos, vivem da guerra e vendas de armas. Como exemplo o Iran - contras e as guerras do golfo que permitiu o vizinho do norte desovar estoques enferrujados e cobrar altos valores dos perdedores. Contudo, ao que parece não conseguiu o seu intento, mas não pode perder seu discurso de poder e o mito sobre sua força que destrói e ordenada.
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