A globalização não perdoa o velho e sábio mundo Europeu, se salva os tupiniquins que ainda preservam o Estado regulador apesar do som retumbante de grupos minoritários que exigem abertura econômica para a “democracia” da política dos mercados.

Com a imigração cada vez mais crescente e os vizinhos se desfalecendo diante do capital volátil e bolhas que se espalham não se vê alternativa: mudar o comando da nação, mudar os rumos rapidamente. Talvez o problema esteja nos condutores do sistema mundial e não simplesmente em um governo, seja ele qual for. Possivelmente imaginar o teatro de bonecos reproduz uma imagem da realidade política pós-moderna – no palco as marionetes.
O inglês John Thompson afirma que os escândalos sucessivos geram a falta de confiança da população sobre os políticos, o que criaria uma comunidade que preferiria representantes éticos (de caráter), mesmo não sendo competentes – mesmo diante das dificuldades do descontrole mundial e a submissão a lógica global. Possível, afirmar nesta hora, acompanhando o raciocínio do pensador que uma população sem informações precisas, a mercê dos meios de comunicação - que aumenta a visibilidade para os acontecimentos, num agendamento que privilegia o agendamento favorável ao sistema liberal - buscam formas de defesa que nem sempre é a mais acertada.

Não parece complicado entender as razões das grandes dívidas dos velhos países. A busca desenfreada pelos resultados econômicos a qualquer custo dos grandes especuladores que normatizam o Estado, numa auto-regulação, sempre a margem dos interesses do público, geram, no final, a pobreza da maioria que se vê obrigada a bancar a dívida contraída, enquanto os empreendedores do mercado ficam com os lucros, então privados. Os Estados Unidos ainda não conseguiram resolver esta equação que tende a perdurar: implementar mudanças na estrutura da nação comandada pelas grandes empresas e especuladores sempre ávidos por resultados fáceis e desonestos.
A Grécia caiu diante da crise, junto com ela possivelmente vem Portugal e Espanha, com dívidas crescentes e poucas condições de pagamento. A socialização da dívida será inevitável. A globalização não perdoa o velho e sábio mundo Europeu, se salva os tupiniquins que ainda preservam o Estado regulador apesar do som retumbante de grupos minoritários que exigem abertura econômica para a “democracia” da política dos mercados.
Disso tudo, apesar de trágico em função dos milhares de pessoas que sofrem com a perda de qualidade de vida, geralmente os mais pobres, o império está perdendo a nobreza em conseqüência do próprio individualismo e sem limites. Os conservadores britânicos se seguirem o modelo de Margaret Hilda Thatcher, o final não deverá ser feliz para todos. Verdade que não tem mais o que privatizar.
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