DIREITOS À COMUNICAÇÃO

A importância da imprensa é indiscutível, ainda mais numa sociedade moderna, com acontecimentos de reflexo globalizado. Mas efetivamente é preciso pensar os direitos da sociedade em se comunicar.


MÍDIA - A comunicação está longe de ser apenas direito de uma elite social, como fazem crer as empresas midiáticas. Nos últimos anos toda vez que se pretendeu discutir a regulamentação da imprensa sempre surge à mesma discussão, como se os veículos existentes no Brasil fossem um bastião de ética e respeito ao direito de informação. Não se deve pensar que os fatos são narrados por si mesmos, ou o jornalista está acima do bem e do mal. A importância do jornalismo é indiscutível, ainda mais numa sociedade moderna, com acontecimentos de reflexo globalizado. Mas efetivamente é preciso pensar os direitos da sociedade em se comunicar.

As empresas de comunicação têm os seus interesses econômicos, ideológicos e políticos e para tanto usam sua capacidade de influência e persuasão para a formação da opinião pública, principalmente na momentaneidade dos fatos. Afinal ao longo do tempo as pessoas passam a saber com mais detalhe sobre os ocorridos, quando têm mais condições de formar seus conceitos e tomar decisões, apesar do agendamento permanente.

Não se deve ser ingênuo de acreditar na isenção e imparcialidade da imprensa, principalmente em momentos de tensão social, provocado pela mudança de comando nos cargos executivos e legislativo de um país, a qual provoca alterações na forma de condução do sistema social e diz respeito a todos, inclusive aos interesses particulares de grandes conglomerados de comunicação. O enfrentamento no campo de luta existe, e neste contexto os grandes jornais, dirigidos pelas famílias Mesquita, Frias, Marinho, Câmara tem seus projetos, os quais têm em mente a ordem social que coadune com sua visão de mundo. Inevitavelmente esta proposta está ligada a política, numa escolha que será feita pela maioria da população, daí a preocupação com a difusão do simbólico.

A liberdade de comunicação, em definitivo, não significa liberdade de expressão das grandes empresas de comunicação, mas o direito do cidadão em se informar e comunicar. Como o sistema exige regulamentação para se evitar o caos, talvez até numa visão positivista, torna-se fundamental que todos estejam nesta ordem, inclusive a mídia. Outra forma seria o império daqueles que tem voz contra os milhões de cidadãos, num processo de feudalismo da expressão. Não é possível negar o processo de mediação vem sofrendo mudanças constantes com as novas tecnologias da informação, por isso, a necessidade do diálogo com base na igualdade e não no uso da hegemonia e domínio.

LEIA MAIS:



0 comentários:

Postar um comentário

Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.