POLÍTICA: FAZER E SER

Certamente, este não será o tempo novo e sequer o tempo velho. Em jogo a capacidade de fazer e principalmente ser.

POLÍTICA - O universo da política está sempre em movimento, quando se termina uma eleição a preparação para a próxima já começa. Desta forma, as estratégias são permanentes com vistas no que deverá ser no futuro. Em função disso as ligações partidárias, a aproximação com grupos formadores de opinião e classe empresarial são fundamentais num processo de negociação permanente. Além do que há homens políticos que não desistem nunca da vida pública, mesmo diante da insistência do tempo e das fragilidades da alma. Em Goiânia, a rigor, despontam dois nomes que, com braço de ferro, controlam a emergência de novos nomes no imaginário social. No final, a disputa se torna polarizada, com refrão que se repete insistentemente. Como tudo que persiste envelhece com o tempo, a novidade não mais existe.

O que surge neste espaço da redundância é exatamente a reputação com a conquista de capital simbólico, o qual pode se perder ou aumentar conforme as circunstâncias e causas sociais. Afinal, a roda não para nunca e nada está no mesmo lugar por muito tempo. Neste sentido, Marconi Perillo e Íris Rezende não tem muitas novidades a apresentar a não ser a afirmação do caráter e competência, condizente com a percepção da sociedade, formada ao longo dos anos. Se no final houver desgaste de ambos os critérios uma terceira via ganha notoriedade e passa a ter condições de vitória, mesmo considerando a midiatização favorável a polarização entre dois candidatos, o que assegura mais audiência.

A propaganda no período eleitoral não é suficiente para resolver as demandas sociais conforme causas e circunstâncias, ou seja, o que pensa a sociedade não se efetiva a partir de apenas um momento, depende das forças políticas vigentes. Neste quesito Perillo leva enorme desvantagem em relação a Rezende, pelo simples fato de romper abruptamente com o governo federal, o que desencadeou a perda, por influência do planalto, do ex-amigo e governador Alcides Rodrigues. O ex-prefeito, certamente, nunca este tão bem em sua história neste critério: apoios.

O slogan do PSDB de oposição não gera o efeito desejado, pois quem esteve no poder e elegeu o seu sucesso, que foi o seu vice por dois mandatos, para o comando do executivo, não pode se dizer claramente de oposição, afinal na base está a própria obra. Nem sequer pensar em mudanças, pois como a reputação de caráter é fundamental neste momento, a denúncia exagerada pode inviabilizar as afirmações de novos rumos, tempo novo. Evidentemente, que o PMDB tem pontos fracos e que devem ser explorados pela oposição, o que no final levará a luta para o campo das denúncias, apoios e recursos.

A rigor, neste momento a situação é mais complicada para os tucanos que precisam se preocupar com o capital de confiança da população, sem contar com amigos importantes que os acompanharam em longas jornadas, e agora faz críticas duras de um lugar privilegiado capazes de sensibilizar a população. Certamente, este não será o tempo novo e sequer o tempo velho. Em jogo a capacidade de fazer e principalmente ser.

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