UEG, aniversário e dúvidas

Portanto, o que se espera do governo do estado é um posicionamento, contundente, sobre os rumos que serão definidos para a universidade estadual. Afinal, Marconi Perillo (PSDB) não se cansa de expressar seu zelo pela instituição que organizou

ENSINO SUPERIOR – A condição da Universidade Estadual de Goiás (UEG) de estar entre as últimas posições no ensino superior brasileiro, conforme Idep, é no mínimo emblemático. Um debate que precisa ser realizado, no sentido de evitar que a instituição seja apenas um lugar para abrigar “amigos” políticos em detrimento dos interesses educacionais, como reclama os próprios alunos, quando a instituição completa 12 anos.

Sem dúvida,  o reitor (além de diretores) de uma universidade precisa ter pelo menos títulação que o credencie a um diálogo promissor com seus pares, objetivando a formação de grupos de pesquisas, elaboração de documentos remetidos às instâncias superiores em busca de recursos, para formação de ensino de qualidade.

Certamente não é o caso da UEG, embora seja freqüentes argumentos nestes sentido, mas a colocação de diretores em diferentes cidades, com status de político, desconexo das lógicas educacionais, que comparece nos eventos tradicionais das comunidades locais como celebridade, não seria o caminho para quem pensa a educação.  Além do mais o dinheiro público investido, desta forma, não está sendo empregado corretamente.

Necessário destacar que trata-se de uma universidade de grande importância para o desenvolvimento do estado, a qual permite milhares de pessoas terem acesso ao ensino superior, que se espera de qualidade. O uso do nome de uma instituição para fins apenas políticos é sinônimo de interesses escusos, desrespeito a coletividade e diretamente a alunos e professores.

A pesquisa e extensão são fundamentais para a educação estruturada, contudo carece de professores com estabilidade, aprovados através de concursos públicos, sem apadrinhamentos políticos. Não se pode pensar a UEG como extensão de secretarias de estado.

A rigor, conforme matéria publicada pelo jornal O Popular de Goiás(16), “metade dos cerca de 2,2 mil docentes e cerca de 90% dos 1,6 mil servidores administrativos da UEG são temporários”. Ou seja, profissionais sem estabilidade, cerceados do direito de se posicionar contra decisões políticas contrárias aos interesses efetivos da educação, no lugar em que trabalham.

Portanto, o que se espera do governo do estado é um posicionamento, contundente, sobre os rumos que serão definidos para a universidade estadual. Afinal, Marconi Perillo (PSDB) não se cansa de expressar seu zelo pela instituição que organizou.

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