Tudo pode ser apenas uma miragem que se apresenta na contra luz, mas a comunicação em fluxo desvela pessoas e políticas que exigem mudanças permanentes, que atendam ao social, cujas respostas podem ser ouvidas pelo ar
GLOBALIZAÇÃO – Ainda que haja timidez por parte da mídia – ou será conveniência? -, o espaço de poder geopolítico vem sofrendo alterações nos últimos anos, em diferentes regiões do planeta. São mudanças de comportamento político e das comunidades que podem estar por trás dos diferentes conflitos, com presença forte e bélica dos países até então hegemônicos, nas lógicas globais, formados por Estados Unidos, Inglaterra e França.
A viagem de Dilma Rousseff à China deixa claro, gerando críticas veladas de segmentos econômicos e de direita, que o Brasil vai costurando negociações de aproximação econômica com o país asiático, em detrimento dos E.U.A, eterno parceiro do país, seja na economia e cultura. A rigor, vivemos os excessos entre as décadas de 60 e 90, sobretudo, sobre grande fluxo de comunicação, entretenimento e formação cultural.
A formação dos chamados BRICS, agora com “S” de South Africa (África do Sul), além de Brasil, Rússia, Índia, China aumenta o poder nas negociações globais desta nações, cuja hegemonia financeira – e bélica – está nas mãos e mente do grupo dos 7 países mais ricos do mundo, liderados pelos Estados Unidos.
Como se pode perceber são países que passaram por grandes movimentos sociais e político, os quais se desenvolvem economicamente, em virtude de seus recursos naturais e industrialização emergente. A China comunista – ou será capitalista? Ou internamente comunista (com liderança do partido comunista) e externamente capitalista? – é a nação mais visível neste quadro ao ameaçar a principal liderança econômica mundial.
O Brasil se destaca pelo seu desenvolvimento nas produções para exportação e estabilidade econômica, com mudanças políticas, depois de enfrentar governos militares, dos milagres econômicos sucessivas.
Se os brasileiros sinalizam deixar de ser o quintal dos norte-americanos, chama a atenção pelos seu posicionamento político nos embates internacionais, o que é respondido em consenso pelos aliados do bloco que se forma, os BRICS. Parece ainda cedo para afirmar território de oposição ao sistema liberal global, mas há movimento de resistência.
A rigor, a América Latina caminha para uma tendência de interesse social em detrimento de uma busca desenfreada pelo capital global, com líderes cooptados pelos mercados internacionais quase sempre com o único propósito, o de exploração de riquezas e gente – evidente que se pode afirmar que seja uma regra.
Neste sentido, a região do oriente médio e também África do Norte não deixam dúvidas quanto sua visão de mundo para o futuro. Usar da comunicação global para sensibilizar para mudanças que contemplem os interesses culturais, religiosos e econômicos locais e regionais. Posicionamento que desestrutura as lideranças políticas que se aliam aos países desenvolvidos, em queda enquanto players globais.
Tudo pode ser apenas uma miragem que se apresenta na contra luz, mas a comunicação em fluxo desvela pessoas e políticas que exigem mudanças permanentes, que atendam ao social, cujas respostas podem ser ouvidas pelo ar.
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