A decisão de Perillo de usar a imagem de Lula torna-se estranha ao considerar que o governo petista quer se mostrar um adversário ferrenho do candidato ao governo de Goiás
Afinal, mesma estratégia tentou José Serra (PSDB), se apresentando ao lado do petista, o que no final não resultou em pontos para o ex-governador de São Paulo, além de muitas críticas dos adversários, o que foi sentida pela campanha serrista. A decisão de Perillo torna-se estranha ao considerar que o governo petista quer se mostrar um adversário ferrenho do candidato ao governo de Goiás. Numa leitura simplista, significaria o interesse do tucano de reduzir a força do discurso duro do presidente, o que poderia levar a entender que no futuro a animosidade seria amainada, na possível continuidade de um governo do PT. Mas não deixa de transparecer certo incômodo reverberado pelos marqueteiros da campanha do partido que mensuram popularidade diariamente.
Sem dúvida, em um segundo tempo quem mais teria a perder seria o PSDB, pois haveria de enfrentar o peso de três máquinas públicas juntas: prefeitura, palácio das esmeraldas e governo federal - com uma nada desprezível eleição já no primeiro turno de Dilma Rousseff (PT), caso de fato ocorra. Portanto, será um período de muitas movimentações dos adversários com ampla artilharia em direção a uma só campanha. A vantagem numérica obtida no primeiro turno pode não ser suficiente para uma vitória segura posteriormente.
Vale ressaltar, no entanto, que Marconi Perillo conta com o apoio de parte importante da mídia regional e de jornalistas que seguem os desígnios da direção das empresas, a exemplo do que ocorre no cenário nacional com a campanha de José Serra – importante ressaltar publicidade de livro sobre escândalo do BEG na Revista Veja desta semana, negativa a Íris Rezende. O que não deve ser desprezado em tempos de disputa acirrada como esta.
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