MOMENTO POLÍTICO EM GOIÁS

A rigor, os números apresentados pelo jornal O Popular mexe com a política regional, que se estava acirrada vai ficar ainda mais. Quem apostou todas as fichas deve ficar atento.

Praça cívica e Palácio das Esmeraldas ao fundo
ELEIÇÕES GOIANAS - Já vai longe o mito da imparcialidade no jornalismo, ainda bem. Não é possível imaginar um editor de jornal absolutamente apartidário, o que o tornaria uma máquina incapaz de perceber as nuances de uma sociedade da qual ele faz parte. Dito isso, em Goiás os meios de comunicação também usam da subjetividade - às vezes de maneira intensa e excessiva, o que causa desinformação -, cujo apoio está em sintonia com os interesses empresariais, de uma sociedade movida unicamente pelo mercado de capitais, em resumo o lucro. Não há lamentações, apenas constatações para impedir análises equivocadas depois de leituras detidas das mídias aqui e acolá.

A pesquisa do jornal O Popular (Ibope) publicada neste sábado (11) não surpreende, diante do bombardeio de publicidade dos candidatos Íris Rezende (PMDB) e Varderlan Cardoso (PR), que estavam distante da visibilidade obtida por Marconi Perillo (PSDB). Na reta final a atitude cobrada dos candidatos haveria de ocorrer, entretanto, torna-se importante analisar os números apresentados, pois Rezende com 33% (queda de 1% do mesmo instituto da pesquisa anterior), Vanderlan 10% (crescimento de 5%) e Marconi Perillo 42% (queda de 3%) reflete apenas um momento no processo que sinaliza ser longo.

Na batida que estava a campanha do PMDB, a queda de 1% de seu candidato, dentro da margem de erro, que é alta de 3%, com 812 pessoas pesquisadas em todo estado, retrata certa estabilidade, ou seja, deixou de cair. Ao passo que Vanderlan Cardoso cresceu significativamente, o que indica um olhar mais atento do eleitor, que demonstra dúvidas a respeito dos candidatos do PMDB e PSDB, portanto poderá obter mais votos, mas sem condições reais de virar o jogo. Um candidato que deverá ser considerado para as próximas eleições e movimentos políticos no estado, apesar de não ter ao seu lado no futuro a máquina estadual, como ocorre neste instante.

Uma pergunta inevitável: de qual lado estará o candidato de PR em um provável segundo turno? Considerando processo normal, do lado de Íris Rezende, afinal, Alcides Rodrigues (PP), seu principal apoiador, não estará no palanque de Perillo, com ressalvas. Outra questão: para quem iriam os votos de Cardoso? Não é possível dizer que quem escolheu a terceira via definiria o seu voto apenas para o candidato do PMDB, mas terá maior fatia, diante da imagem do quadro político atual, o que já embolaria a vantagem de Perillo num segundo turno.

Conforme as últimas pesquisas, os tucanos Geraldo Alckmin e Beto Richa, São Paulo e Paraná, assim como Perillo, sofreram queda nas pesquisas, atingidos pela onda da campanha presidencial. Os apoios políticos contarão muitos pontos para um segundo tempo, no caso de definição da presidência. Este talvez seja um dos grandes problemas a ser superado pelo PSDB goiano. Mas há pontos negativos para Íris Rezende: energia e muito pragmatismo em uma sociedade que a história tem muita importância no presente. Além do mais a comunicação continua sendo imprescindível.

A rigor, os números apresentados pelo jornal O Popular mexe com a política regional, que se estava acirrada vai ficar ainda mais. Quem apostou todas as fichas deve ficar atento.

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