Fato é que o estado goiano tem pouco destaque nos grandes jornais e institutos de pesquisa na corrida sucessória, assim como a maioria das regiões fora do eixo econômico brasileiro. Todavia, algumas análises podem ser feitas.
SUCESSÃO EM GOIÁS - Entender o processo eleitoral de Goiás não é uma tarefa fácil, pois não há quantidade de pesquisa que permita comparação, e em tempo de campanha as informações que chegam devem ser avaliadas com cuidado, mesmo considerando a competência de observadores políticos sérios e dedicados a história do processo partidário. Entretanto, diante do quadro sucessório presidencial são possíveis mudanças nos números no estado, como reflexo.
Apesar de discursos contrário, em algumas regiões do país onde Dilma Rousseff (PT) avança ocorrem alterações no comportamento do eleitor. Como é o caso do Paraná, onde Beto Richa (PSDB) vem ao longo dos meses à frente, com propalada vitória no primeiro, perdeu 50% da vantagem sobre Osmar Dias (PDT). Conforme a última pesquisa Datafolha (feita nos dias 8 e 9 – setembro) respectivamente os números são 44% e 38%.
Fato é que o estado goiano tem pouco destaque nos grandes jornais e institutos de pesquisa na corrida sucessória, assim como a maioria das regiões fora do eixo econômico brasileiro. Todavia, algumas análises podem ser feitas. Goiás pode ser dividida em três localidades com distinção: a capital, o interior e o entorno de Brasília. Quando alguns pesquisadores afirmam que a campanha presidencial tradicionalmente não influencia localmente, talvez devesse avaliar que a democracia política brasileira ainda é jovem e aberta a fenômenos como a onda Lula, com aprovação histórica.
Além do mais, o entorno tem cultura mais próxima com os eventos do Distrito Federal, que recebe influência do governo federal, lugar onde Marconi Perillo (PSDB) vem com acentuada aprovação. No entanto, houve uma grande reviravolta nas últimas semanas com a queda de Joaquim Roriz (PSC) e crescimento de aprovação para Agnelo Queiroz (PT). Respectivamente, aparecem com 33% e 44%(Datafolha)
O aumento do conhecimento do candidato Vardelan Cardoso (PR) entre os eleitores goianos é visível, mesmo que isso não seja revertido em votos, mas tem potencial, que será mensurado na próxima pesquisa. O apoio a Perillo continua forte diante de uma campanha mais eficiente, com comunicação ampla, preenchendo todos os espaços comunicacionais, mesmo antes do processo eleitoral, mas pode não ser o suficiente para uma vitória no primeiro turno, como bem reconhece o candidato tucano em programa eleitoral.
Sem dúvida, Íris Rezende é quem se beneficia dos movimentos da campanha nacional e regional, pois faz parceria com a candidata petista, com direito a atos públicos e integração de projetos, discursivamente, tem o apoio da prefeitura da capital, dos prefeitos de Anápolis e Aparecida de Goiânia e num embate com Marconi Perillo deverá compor com o governador Alcides Rodrigues (PP). Evidente que apoios não bastam, vigor físico, discurso (comunicação) e vibração faz parte do cenário em uma sociedade que exige mais e sabe da importância da política para a sua qualidade de vida. Portanto, é tempo de aguardar.
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