ELEIÇÕES, CAPITAL E REGIÃO

Sem dúvida o interior em qualquer estado costuma ser mais conservador que as capitais, daí as diferenças nos números, mas tem um fator que não pode ser desprezado, mesmo em tempo de internet: as mensagens fora dos centros formam opinião mais lentamente.

ELEIÇÕES EM GOIÁS - Nestas eleições para o governo de Goiás um ponto chama a atenção em todas as pesquisas eleitorais: a capital, lugar em que os números são muitos diferentes no resto do estado. Em Goiânia, conforme números do Ibope divulgados pelo Jornal O Popular neste sábado (25), Íris Rezende (PMDB) mantém à frente com 40% (no estado 33%) dos votos seguidos por Marconi Perillo (PSDB), com 33% (43%) e em terceiro lugar Vanderlan Cardoso (PR) com 15% (12%).

Haveria, portanto, uma inversão dos resultados, com excelente desempenho do candidato republicano, que era absolutamente desconhecido no período anterior ao início da campanha. Sem dúvida, tem espaço para uma terceira via no estado que se mostra conservador para transformação política.

Afinal, onde estão as novas lideranças. Alguém pode dizer que “morrem” logo que surgem, pois a política é lugar de caciques, dinheiro e mídia. Talvez seja, mas de fato os novos nomes se escondem, mesmo diante dos anseios sociais. Eis uma verdade. Dito isso, com olhos nos números do instituto de pesquisa, os tucanos devem viver em grande desconforto, pois não conseguem mudar a tendência na cidade mais populosa e representativa, onde a população é mais bem informada devido à concentração de mídias.

Como sei que os leitores deste espaço têm paciência com este articulista, diria que, sem dúvida a população do interior em qualquer estado costuma ser mais "introspectiva" (observadora) que as das capitais daí as diferenças, mas tem um fator que não pode ser desprezado, mesmo em tempo de internet: as mensagens fora dos centros formam opinião mais lentamente.

No entanto, cabe uma ressalva: é um lugar de surpresas diante das dúvidas que vão ocorrendo nas famílias na reta final de uma campanha. Assim, a busca de notícias e opiniões nem sempre ocorre através das mídias, embora seja importante, mas não reina absoluta como se pensa. Então, qual seria a influência do presidente popular nas regiões fora da capital?

O trabalho de comunicação de Marconi Perillo se mostra mais eficiente do que a assessoria de Rezende, pois consegue atingir vários setores importantes, inclusive pessoas fora do círculo das notícias. Pode parecer estranho e pouco perceptível para um observador desatento, mas mesmo a estética do candidato diante das câmaras conta pontos para a decisão do eleitor.

Embora ainda, sem condições para uma análise segura, o segundo turno, a rigor, deverá se materializar considerando o movimento político no estado. Importante ressaltar que nestes dias o Serpes trará números que podem ser diferentes do Ibope, mas não solucionará as dúvidas, momentâneas. Seguindo este raciocínio já é hora de os candidatos reforçarem os discursos e pensar nos apoios, mais do que nunca, pois o tempo é curto e tudo pode acontecer.

Esta campanha não se resolverá no desmerecimento do adversário, mas de performance que convença o eleitor, conforme dúvidas que há sobre os candidatos, dois deles residentes na capital, de onde se governará para Goiás.

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