NÚMEROS E INCERTEZAS

Em Goiás, o jornal O Popular traz em destaque o título: "vantagem de Marconi sobre Íris fica maior." Entretanto, deixou de ressaltar que a diferença entre o tucano e oposição diminuiu alguns décimos, em função do crescimento do candidato de Vanderlan Cardoso (PR)

POLÍTICA - As pesquisas eleitorais, de fato, geram dúvidas no eleitor e não é para menos, pois décimos no resultado final fazem diferença no sentimento de crescimento ou queda na percepção da opinião pública. Evidentemente que sobressaem motivações psicológicas conforme os números em si e como são expostos pelos meios de comunicação. Estão em jogo a empresa de pesquisa e a angulação feita pela imprensa. A rigor, a mídia nacional tem se mostrado - numa visão discursiva, de maneira explícita -, defensora do candidato do PSDB, José Serra ou a minimização do poder de Lula e seu partido, o que possibilitaria uma negociação em melhores condições durante a gestão petista.

Para tanto, basta observar as manchetes nos jornais paulista, os editoriais e comentários dos jornalistas/editores destes jornais, que de alguma maneira é seguida pela imprensa em outros estados, todavia, sem generalização radical. As redes de comunicação são mais propensas a passividade ao olhar do grande centro.

Os dados apresentados, neste momento, pelos institutos de pesquisas nacionais não são muito diferentes, apesar da luta ferrenha entre as empresas a princípio. Nesta disputa, sem dúvida, o Datafolha (empresa ligada a Folha da Manhã, que edita o jornal Folha de S. Paulo) impôs dúvidas sobre os seus resultados, pois com o passar do tempo se assemelha aos demais. Números que antes recebiam destaque no jornal paulista, agora, entretanto aparece de maneira menos aparente, pode-se imaginar mudança de comportamento para um crescimento do tucano. Ou seja, reafirmar a vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno não é mais notícia, não promove impacto (...).

Pesquisas em Goiás

Em Goiás, o jornal O Popular traz em destaque em título: "vantagem de Marconi sobre Íris fica maior." Entretanto, deixou de ressaltar que a diferença entre o tucano e oposição diminuiu alguns décimos, em função do crescimento do candidato de Vanderlan Cardoso (PR) que sai de 9,3% para 11,1%. Em evidência a estabilidade de Marconi Perillo (PSDB) em 47,5% (47,3%) e queda de Íris Rezende (PMDB) com 33,5 (34,8%) em relação aos números do próprio instituto, publicado dia 11 de setembro. Com margem de erro de 3,1, haverá segundo turno ou não, portanto, sem definição.

Estranho, entretanto, os números apresentados na esfera federal condizente à campanha presidencial em que Dilma Rousseff (PT) tem 51% se mostra estabilizada, e o tucano cai de 27% para 25% em 10 dias, de acordo com o Ibope. No entanto, o Serpes detecta queda da petista em Goiás de 49,9% para 47% e crescimento do tucano que vai de 28,5 para 29,7, num período de sete dias. Desta maneira o Estado se desconecta do restante do país, pelo menos é o que demonstra o instituto goiano.

Ressalvando, a dificuldade de se analisar o processo eleitoral sem participar efetivamente dele, cabe ao eleitor e articulista mais incerteza, e são levados a buscar mais os meios de comunicação como forma de se conhecer a realidade momentânea. Entretanto, há uma certeza: as eleições em Goiás estão abertas, com ampla possibilidade de um segundo turno entre Marconi Perillo e Íris Rezende. Desta forma, Vanderlan Cardoso e Alcides Rodrigues se tornam fundamentais nesse processo. Na esfera federal somente fatos inusitados, não construídos pela mídia, para provocarem um segundo turno. José Serra, até este momento não conquistou a confiança do eleitor que vê seus votos serem transferidos para Marina Silva (PV).

1 comentários:

Unknown disse...

Eu, particularmente desacredito na idoneidade das pesquisas, porém me sinto indiferente à isso pois elas não influenciam meu voto. As vezes paro para pensar porque reportagens na veja e na época não abalam o sucesso de Dilma!!! E não gosto nem de lembrar de pessoas que votam por indicação.

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