Realmente, um jogo
duro, no qual faz parte todos que trabalham e estão neste mundo,
intrincado – a população, transformada em massa
Política – Um título ambíguo para destacar o excesso de informações sobre lideranças políticas que passam por problemas de saúde – não somente uma metáfora, portanto. O intrigante é imaginar que não se trata simplesmente da morte de um nome, mas de sua herança política, que evidentemente depende da existência física do líder. Assim, se passou pela família Kirchner na Argentina, ex-presidente Lula e Dilma Rousseff no Brasil, Fidel Castro em Cuba e, sobretudo de Hugo Chaves na Venezuela.
Nos veículos de comunicação há apostas feitas ao vivo sobre as mudanças políticas em função da ausência de representantes políticos. Mas por que tanta preocupação?
Talvez fosse correto avaliar que não há estabilidade em um mundo tão complexo – e da comunicação mediada -, de maneira que a política seria a base de sustentação de um sistema que se ordena por determinadas lógicas e leis, que permitem a continuidade de lideranças sociais no poder – seja no campo econômico ou político. No sistema capitalista, a lógica é da acumulação de bens e propriedades.
A comunicação torna-se fundamental nesta prerrogativa, os jornais são meios de comunicação que permitem ver a realidade organizada previamente. Pode não ser evidente, mas sumariamente importante para a sociedade. O homem não vive sem ela, o qual depende de tecnologia, usada pelas empresas para levar informação. Mas é preciso perceber quais notícias estão sendo oferecidas – agendadas.
Neste contexto, a desconstrução de imagens de políticos que oferecem perspectivas de mudanças na ordem social passa por duas fases: fazê-lo impopular, no sentido de obter apoio da maioria da sociedade contra governo ou ideais; ou a sua própria extinção, fisicamente. No final, a morte, em ambas as condições. Realmente, um jogo duro, no qual faz parte todos que trabalham e estão neste mundo, intrincado – a população, transformada em massa.
Sobre Chávez, são inúmeras as informações que ele morrerá antes das eleições. Cotidianamente houve-se pelas rádios dos grandes centros comentários que dão conta da metástase do câncer do Venezuelano, mas logo em seguida a dúvida. Afinal, é preciso tomar algumas decisões: investir na política de formação de pensamento do eleitor ou aguardar o seu fim natural. As duas alternativas tem a mesma finalidade.
Assim, pode-se afirmar que há um campo em que luta, com lados distintos. A rigor, a América Latina certamente é o lugar onde tais discussões estão mais em voga neste momento. Uma pergunta: por que será?
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