Os pobres da globalização

A política torna-se refém desta equação, que pode chegar aos grupos da base que formam suas lideranças políticas, preocupados em manter a ordem e o status quo no sistema moderno

Imagem de capa do jornal Folha de S. Paulo 

GLOBALIZAÇÃO – A crise política na Espanha leva a discussão sobre o posicionamento dos movimentos, promovidos em sua maioria pelos jovens, que estariam em busca de mudança do governo trabalhista socialista para conservador e de centro-direita. Evidentemente, que não se pode pensar enfrentamentos como reação para manutenção de uma ordem.

Portanto, efetivamente, trata-se de um grito contra a atual política nacional e europeia, aceita ainda com resistência, pelo atual primeiro ministro José Luis Rodríguez Zapatero, do partido dos trabalhadores socialista (PSOE).

No final, está em questão as medidas da Europa em torno das definições econômicas que dizem respeito ao posicionamento do bloco em torno da globalização financeira. Parte dos países mantém diferenças em suas contas, tornando-se  de segunda classe, como é o caso de Espanha, Portugal e Egito, obstáculo para o desenvolvimento de alavancagem do território, fortalecido pelo Euro valorizado frente ao dólar, com perdas  sucessivas nas trocas financeiras globais.

Na realidade, os jovens deixam claro que a política não agrada, e exige mudanças internas que rivalize com a autoridade dos países líderes, à frente a Alemanha, que os tornam mais endividados e pobres.
Como se percebe a globalização, ironicamente, é um problema para os países desenvolvidos que não se entendem a qual caminho seguir, colocando a população cada vez mais em risco, em direção aos problemas do subdesenvolvimento.

Não é diferente a condição dos Estados Unidos com a falta de emprego e dificuldades econômicas de suas grandes empresas. Há uma crise que afeta, de fato, as grandes potências que tentam buscar soluções no andar de baixo, com exploração de riquezas da periferia e trocas comerciais desfavoráveis. Nações, que por sua vez resistem.

Se o econômico é a pedra de toque para o poder de uma nação, se faz também o motivo de conflitos sucessivos entre as lideranças que cada vez mais se avizinham, com redução de capital, por uma sociedade bem nutrida pela publicidade e consumo exacerbado.

A política torna-se refém desta equação, que pode chegar aos grupos da base, que formam suas lideranças políticas, preocupados em manter a ordem e o status quo no sistema moderno. A globalidade gira freneticamente.

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