Peru, popular ou conservador?


Se as eleições do Peru fossem decididas pelo establisment brasileiro Keiko Fujimori seria eleita com grande vantagem sobre Humala, pois este gera grandes dúvidas sobre a preservação do mercado

AMÉRICA LATINA – Neste domingo (5) os eleitores peruanos fazem suas escolhas em segundo turno do próximo presidente da república, de uma das nações que mais cresceram nos últimos anos na América Latina, sob a força do mercado global. Um país que a exemplo de toda a região convivem com riqueza e pobreza, numa relação desigual, eternamente favorável a uma minoria que tem mecanismos para amealhar recursos, enquanto que os nativos vivem, muitos deles, na pobreza, marginalizados no seu próprio país. Nada de novo.

A novidade está que a cada movimento político há uma participação maior dos chamados excluídos no processo de definição de seus representantes, o que torno as campanhas mais difíceis para os candidatos que representam parcelas da sociedade. Como reflexo há um grande debate nos meios de comunicação nacionais, principalmente nos países líderes da globalidade econômica, que sempre expõe a grande tensão entre nomes populares e conservadores.

No Peru, especificamente, o crescimento econômico não fugiu à regra, levou paradoxalmente a exclusão social, ou seja, o bolo cresceu e não foi dividido de maneira igualitária, democraticamente. Com a resistência dos peruanos pobres os nomes que fariam jus aos interesses econômicos liberais saíram do jogo, ficando apenas Ollanta Humala (esquerda) e Keiko Fujimori (conservadora), filha de Alberto Fujimori, preso por crimes contra a população, embora visto por grandes obras no país.

Se as eleições do Peru fossem decididas pelo establishment blasileiro Keiko Fujimori seria eleita com grande vantagem sobre Humala, pois este gera grandes dúvidas sobre a preservação do mercado e os resultados financeiros para as grandes empresas internacionais, que exploram as riquezas Latino-americanas. A herdeira política de Fujimori tornou-se mais aceitável, talvez com possibilidade de negociação mais fácil com o mercado internacional. Contudo, não parece ser esse o desfecho final das eleições no país, como se mostra última pesquisa de universidade nacional. Será, sem dúvida uma eleição apertada, a rigor.

Não há dúvida que a luta entre capital e distribuição de riqueza continua sendo o grande debate, com aumento da participação popular nos eventos nacionais que dizem respeito aos interesses populares. Assim, os enfrentamentos somente fazem aumentar.

0 comentários:

Postar um comentário

Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.