Pensando a dúvida

Mas como defender o Estado mínimo quando se imagina que o sistema seria ordenado por pessoas preocupadas com interesses apenas particulares?

 












ÉTICA – Uma pessoa convive com dúvidas que são eternas diante da complexidade do ser humano, muitas sem respostas. Entretanto, algumas são interessantes porque trazem nas afirmações os próprios problemas que muitas vezes não são pensados, e que não gera questionamento, mas que deveria. Como por exemplo, o grande debate das licitações, sob a qual pesa a incerteza sobre a idoneidade das empresas concorrentes – neste momento sobre as obras dos estádios de futebol para a copa de futebol no Brasil e aeroportos. Afinal, o Estado seria o único ente responsável em evitar que instituições privadas tomem dinheiro público com objetivos privados?

Como disse sobram as dúvidas, pois não seria de imaginar que os empreendedores das grandes fortunas seriam pessoas sérias, do mais alto rigor éticos na busca da justiça social, tratando com respeito a população brasileira, em grande parte os consumidores de seus produtos?

Entretanto, não é esta as afirmações dos jornalistas que tratam o tema, chamando sempre a atenção do Estado pela rigorosa fiscalização, que segundo estes analistas não é feita de maneira eficiente, o que permite as verbas do público sair pelo ralo – ou seja, encher o bolso de algumas autoridades bem “intencionadas” do mercado.

Mas surge uma outra questão, também importante. Mas como defender o Estado mínimo, quando se imagina que o sistema seria ordenado por pessoas preocupadas com interesses apenas particulares? Então, há um paradoxo no próprio discurso de alguns analistas, que defendem a livre concorrência, que no final, conforme a própria revista Veja esta semana, licitações como idealizada, na verdade não existe, mas somente é de fachada para atender a burocracia e ganhar rios de dinheiro, num processo de negociação marcada entre grupos seletos.

As licitações, portanto, precisam ser pensadas de maneira tal que se evite perdas de recursos públicos, cujas pessoas que estejam nas prefeituras, estado e União saibam que o jogo é jogado, há grupos com grande poder econômico que tem mais instrumentos para ganhar a partida. Desta forma, os políticos eleitos precisam ser eficientes para tornar igual as contendas. Caso contrário, haverá mudanças do perfil do sistema social de justo e igualitário para injusta e concentrador (Ops! Não seria o contrário?). Alguma novidade?

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