Nem seguro, nem melhor

Governos concluíram sem esforço intelectual que precisam se armar, com o objetivo de evitar o rebaixamento nas mesas de negociações – afinal, a paz deve existir












GUERRA GLOBAL – Os acontecimentos publicáveis se expandem pela rede de comunicação, com base na internet, que se alastra pelas mídias tradicionais. Assuntos diversos como casamento real, de uma monarquia sem poder; beatificação do papa João Paulo II; guerras iminentes, com movimentos de massa em tempo quase real no oriente médio e norte da África; e finalmente a morte de Osama Bin Laden. Este o grande assunto que chama a atenção pelos excessos de informação e informação nenhuma. Um mundo em festa e em chamas.

Se muitos assuntos a serem acompanhados, publicados em rede, torna-se importante saber o que não está sendo veiculado, não é público, mas deveríamos saber para formar opinião e tomar decisões, sobre a sobrevivência neste novo sistema social, moderno. Algumas análises podem ser feitas, sem se responsabilizar com a veracidade, afinal, o que é verdadeiro na realidade das mídias, apesar das aparências? Uma certeza pode ser questionada pelo menos: o mundo não está mais seguro e nem mesmo melhor. Os grandes problemas permanecem sem soluções, como por exemplo a igualdade social e a qualidade de vida dos indivíduos em sociedade em diferentes territórios.

Por outro a ordem global está em risco. Com uma economia em frangalhos, sempre sendo divulgada como em recuperação, os Estados Unidos, liderança mundial, com a morte de Bin Laden procura jogar luz em determinados lugares para evitar o olhar crítico da população mundial. O império passa por dificuldades até mesmo para se posicionar como os responsáveis pela esta ordem política mundial. O terrorismo certamente não termina com a morte de seu líder, a rigor. As sociedades nunca viveram de maneira pacífica, sem conflitos, sempre em guerra. Ponto.

Além do que se vivemos em uma aldeia global, por isso talvez, os enfrentamentos são maiores e não seja possível a manutenção do poder eternamente, nem econômico, religioso ou político. Sobretudo diante das gritantes diferenças sociais, em que há milhões de famintos espalhados pela extensa periferia global, enquanto um centro industrial se farta de guloseimas indispensáveis em um sistema de produção e consumo extremados.

Como dito em outro momento, o convite nesta modernidade é para a guerra, pois quem pode está se armando, de tal forma, que não se trata simplesmente de atos de terror praticado por um ou outro grupo, mas defesa política e econômica. Governos concluíram sem esforço intelectual que precisam se armar, com o objetivo de evitar o rebaixamento nas mesas de negociações – afinal, a paz precisa existir. Desta forma, a economia e a política gravitam em torno da iminência do poder bélico, em um único planeta. Em essência, alguns, o eixo do mal, não podem dispor destes aparatos, mas no "submundo" não é isto que ocorre.

Assim, sensato o governo americano apresentar as imagens da morte do líder da al- qaeda, pois logo terá outro terrorista como substituto, inevitavelmente. Não há razão para imaginar que a divulgação das fotografias causará antipatia do mundo, este sentimento de parte da população global, diante do império que explora e oprime – e não se preocupou em resguardar sua imagem – não é de hoje e não deve aumentar. Há especulações sobre a atitude de Barack Obama, o qual logo terá que enfrentar novamente as urnas nos limites dos Estados Unidos.

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