No sambódromo desfilam as grandes estrelas brasileiras e do exterior, capazes de chamar a atenção para as luzes das câmaras e do olhar do público para as agremiações, as quais reconhecem a festa como espetacular, um momento de brilho
Se um dia o futebol brasileiro foi a consagração do grande craque, o que resta na atualidade é a torcida por empresas que comandam a arte do esporte. O jogador se faz um operário de uma grande fábrica dos artistas com atuação em espetáculos que duram 90 minutos, com direito, nos bastidores, de acompanhar lutas ferozes pelo direito a transmissão do grande show. O carnaval no Rio de Janeiro e São Paulo não foge a regra do evento milionário. Os valores culturais da gente simples passam ao largo, às vezes sequer na arquibancada, com preços muito além do salário mínimo.
No sambódromo desfilam as grandes estrelas brasileiras e do exterior, capazes de chamar a atenção para as luzes das câmaras e do olhar do público para as agremiações, as quais reconhecem a festa como espetacular, um momento de brilho. Os temas nos fazem vislumbrar a essência das lógicas de uma sociedade que resiste ao poder dos mais fortes, entretanto, a estratégia está em tocar em assuntos de grande apelo comercial, de personalidade.
Todavia, o carnaval não fica circunscrito aos grandes temas apelativos e aos empreendimentos, e se espalha pelo Brasil aonde milhares de não-estrelas que se divertem e demonstram a sensibilidade da alegria a exigir a liberdade. Apesar das transformações do cultural em comercial, com jeitinho nacional o país caminha em direção as transformações, quiçá com democracia. E vamos à festa.
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