Se os tempos de simples dependência já mudaram, pelo menos os marqueteiros de Tio Sam não pensam assim.
Embora pareça ser trivial, pois se trata do líder da nação da ordem global, que abre inúmeras possibilidades de negociações econômicas, não deixa de ser espetacular sua visita. Não se pode crer que a ida de Dilma Rousseff ao país da América do Norte receberá a mesma publicidade, com direito a presença de milhares de pessoas de New York, por exemplo, e com direito a tradutor e tudo mais.
Nada contra os Estados Unidos que tanto recebem elogios dos economistas e liberais brasileiros, inclusive de ex-presidentes aliados que tinham bom trânsito na Casa Branca de Bill Clinton, no entanto fica aparente a submissão às políticas, economia e cultura centrais, mesmo considerando a importância da América Latina no mundo globalizado. Se os tempos de simples dependência já mudaram, pelo menos os marqueteiros de Tio Sam não pensam assim.
Além do mais Obama vai subir o morro carioca, mas a segurança presidencial está com dúvidas em qual região visitar, pois as mais planas são preferíveis às acidentadas, afinal o líder democrata não pode ficar exposto a acidente. Embora ainda seja bem visto pela sociedade mundial, como aquele que pode tornar os Estados Unidos menos odiado, mas suas promessas estão ficando pelo caminho, naquilo que o diferencia dos seu antecessor George W. Bush.
Depois de conversas protocolares e de amizade com recém eleita, Dilma Rousseff, Obama segue para o Chile, sobrevoando a Argentina de Cristina Kirchner, olhando o país de Maradona pelo alto apenas, afinal a presidenta de lá se mostra arredia à política dos Estados Unidos, duras críticas contra os falcões americanos. Sem dúvida, Venezuela e Bolívia também não fazem parte das visitas internacionais.
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