Com efeito, os líderes das nações de economia “forte” se apresentam com proposta que envolve o controle institucional, num enlace entre os países, aqueles que devem ser considerados como importantes na tomada de decisões.
DISPUTAS GLOBAIS – Neste início do governo de Dilma Rousseff os discursos externos se mostram inflamados, com definição de ideias consensuais entre as lideranças econômicas do país. Comum ler nos jornalões, programas de televisão, noticiosos radiofônicos definições para a lógica de um consenso de uma superestrutura com vistas a uma organização financeira, com olhos voltados para os grandes centros. Seria como se as amarras antes soltas começassem a serem atadas novamente. Aliás, este discurso não é de consumo somente no
Brasil. As conversas estão em chamas.
Eficazmente, quando se difunde afirmações já repetidas ao longo do tempo, caso não haja outras análises, logo se transformam em verdade que passam a iluminar o olhar daqueles que observam apenas uma versão, sem prolongamentos. Não se trata de passividade da opinião pública, mas a formação de uma agenda de pensamento que se repete, que, com efeito, deve gerar resultados futuros. Sobressaem mudanças de cenários, mesmo que não haja retorno aos discursos anteriores, sem, contudo, a retomada de propostas refutadas.
Em essência, a presença de Rousseff no debate social ainda é tímida, deixando dúvidas quanto ao seu posicionamento neste processo de negociação que envolve a reprodução insistente de ideias já conhecidas. Na rede de pensamento as hegemonias vão se mostrando soltas e eficientes.
Nas últimas semanas, nunca se falou tanto em liderança da ordem global, cuja estrutura sofreu revezes com os movimentos sociais no oriente médio o norte da África. Com efeito, os líderes das nações de economia “forte” se apresentam com proposta que envolve o controle institucional, num enlace entre os países, aqueles que devem ser considerados como importantes na tomada de decisões. Evidentemente que o Brasil é um jogador a ser levado em conta nas disputas mundiais, com olhos na América Latina.
A sensação deixada pelo governo anterior era exatamente a de ruptura, mesmo preservando a conciliação, com Estados Unidos e nações Européias, o que torna a pressão sobre o novo governo mais efervescente e incisiva. A vinda de Barack Obama ao Brasil está longe de ser apenas a busca de negociações que interesse aos brasileiros, mas a de atar nós quebrados e que vislumbravam contrariedades para os players num mundo, cuja sociedade se mostra cada vez mais com posicionamentos complexos. As negociações não param e são desejáveis.
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