Guerra e democracia global!

 
ORDEM GLOBAL - O discurso sobre democracia nunca recebeu tantos adeptos em todo mundo como nos últimos tempos, no entanto, nunca se esteve tanto distante de seguir as propostas de liberdade, independência e igualdade em todo planeta. A invasão da Líbia com o consenso na ONU não deixa dúvida que o poderio bélico é a moeda que define quem tem o poder e pode manipular o espaço global, neste instante de instabilidade econômica e do capitalista financeiro.

Estranhas as informações dos jornais brasileiros sobre o enfraquecimento das forças líbias, como se houvesse condições para um pequeno país resistir aos armamentos pesados de França, Inglaterra e Estados Unidos, com a complacência de nações que seguem cegamente ou amarradas às pressões econômicas.

Na realidade, as negociações sobre democracia global estão longe de passar pelos interesses sociais, como repetem os ditos ordenadores do sistema mundial. A invasão a um território se relaciona com interesses estratégicos que, no final, resulta ganhos de autoridade e potência para os invasores, os quais tornam evidente seu lugar na sociedade da comunicação. Os ensinamentos de Maquiavél nunca estiveram tão em alta, não em defesa de um príncipe, mas do Estado dominador.

Importante observar que os países aliados são aqueles que passam por dificuldades econômicas, em função exatamente dos excessos do capitalismo especulativo que forma bolhas e explode. No final todos pagam a conta com o aumento das restrições econômicas e guerras periféricas.

Neste ínterim é notória a participação da imprensa que simplesmente reproduz as informações de agências internacionais, com notícias produzidas pelos chamados aliados. O jornalismo possivelmente se transformou numa ferramenta para a guerra, que muitas vezes, os pequenos jornais repetem os grandes meios sem saber que fazem parte de uma estratégia global.

Finalmente, as invasões a quaisquer nações, como se vê, não passa por interesses sociais, pois são os últimos a serem informados, e assustam quando é dito que se trata da busca da liberdade da sociedade civil. O mais paradoxal neste olhar é que: se existem governos eternos isto se dá, quase sempre, pelo apoio das nações da ordem econômica global, que usavam das autoridades líderes como condução de políticas internas, como as mudanças ocorrem é chegada a hora de sua substituição por outra menos resistente ou com dons mais específicos.

Assim, surgem o bombardeio e o discurso da democracia contra as chamadas ditaduras. Inclusive o Brasil conhece bem esta realidade, de participar forçosamente da força exterior, com os enunciados de uma sociedade da ordem e progresso.

O que mais assusta no momento atual é que nem todos os jogadores da aldeia global conversam a mesma língua, e uma pequena chama pode desencadeia uma grande fogueira, quando se sabe que os gigantes invasores perderam a guerra econômica interna e se mostram também fragilizados. Desta forma a força é a garantia de perder e comando.  Logo, é esperar os próximos lances neste espaço das bombas, armas e discursos sofisticados.

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