Comunicar e valorizar a democracia

Portanto, a política inevitavelmente passa pelo processo comunicativo. Não saber disso é clara demonstração de ingenuidade e incompetência

Indústria cultural – Na política os meios de comunicação se tornam fundamentais no sentido de difundir conhecimento, o que alguns grupos políticos reconhecem e fazem uso. Desta forma, em ano eleitoral, as empresas do setor vão se organizando em torno dos partidos e agremiações, de maneira reverberar ou não determinados discursos que favorecem postulantes a cargo público. Ficar fora deste espaço é se reservar ao direito de se comunicar com a opinião pública, a qual sem informações não poderá emitir sua participação no espaço social.

Portanto, a política inevitavelmente passa pelo processo comunicativo. Não saber disso é clara demonstração de ingenuidade e incompetência. Os canais de comunicação, de todo modo, por por onde os eleitores obtém informação carecem de pautas, notícias. Em outras palavras discursos, posicionamentos políticos claros e honestos.

Não há dúvida que nas negociações há questões financeiras. Ora, mas são empresas que tem como meta resultados econômicos. Os donos dos grandes jornais repetem incessantemente que administram negócios e não fazem filantropia. Não é possível ter repórteres, produtores, editores que desfrutam de salários sem dinheiro em caixa. As verbas necessárias são provenientes da publicidade, do comércio e indústria.

Em editorial a Folha de S. Paulo ressaltou recentemente – quando analisa a pirataria na internet – que produções não dão em árvores; é preciso, portanto, de investimento.

A ingenuidade política coloca à sombra competências administrativas, boas intenções sociais e justiça social. Questões que passam pelos espaços públicos, pelo voto. Os partidos e candidatos sabem disso, mas poucos são os que atentam e tomam providência neste sentido.

Em Goiânia, vem de longe o debate sobre o cotidiano de uma imprensa semanal e diária movida pelo retorno econômico em prejuízo da informação de interesse público. Talvez seja mesmo falta de capacidade de se formar boas assessorias de comunicação, ou mesmo entendimento de candidatos de primeira hora sobre os mecanismos da indústria cultural. Eleição não se ganha no grito. As estratégias não ocorrem somente em ano eleitoral. Devemos pensar.

0 comentários:

Postar um comentário

Dar a sua opinião é participar, ativamente, do espaço social.