Seria erro de estratégia
deixar o senado com toda visibilidade que o cargo dá, considerando
discurso bem aceito pela grande mídia conservadora, para estar na
prefeitura de Goiânia – portanto, longe dos apelos do poder de Brasília
Eleições municipais – Como a opinião pública já sabia Demóstenes Torres (DEM), finalmente, declarou que não será o candidato ao paço municipal de Goiânia para as eleições deste ano, deixando caminho livre para os postulantes tucanos apresentarem de fato suas candidaturas – sem um nome de peso, com destaque.
Embora não tenha afirmado, se imagina que o democrata neste momento sonha com projetos maiores, como a candidatura a Presidência da República em 2014, para a vaga de Dilma Rousseff (PT). Mas esta certamente não é toda a explicação, ainda mais com um partido esvaziado como é o do senador.
Inicialmente estar à frente em pesquisa eleitorais, meses antes do pleito, não diz muito coisa, a não ser pelo reconhecimento social por estar de posse de um cargo importante, que é o de Senador e boa visibilidade na mídia nacional, principalmente nos órgãos paulistas, que fazem oposição ao governo petista de Lula/Dilma. Quando a campanha entra em ritmo de disputa tudo pode acontecer, com denúncias, enfrentamentos, questionamentos e debates de ideias. Logo, não se ganha eleições na véspera.
Não há dúvida que os democratas precisam do senador goiano para tentar oxigenar o partido, com problemas de identidade, caminhando rumo ao ninho tucano, e cada vez mais. Caso não haja um candidato com discurso “aglutinador de lideranças” nas próximas eleições, torna-se quase insustentável a existência do DEM no cenário político brasileiro.
Talvez seja mesmo uma jogada eleitoral que definirá o destino da agremiação que já viveu seu apogeu ao lado dos tucanos, na presidência de Fernando Henrique Cardoso, quando havia no Brasil a figura representativa de Antônio Carlos Magalhães. Torres acredita ser o nome, assumindo este papel de aglutinador democrata, uma tarefa difícil.
Depois, seria erro de estratégia deixar o senado com toda visibilidade que o cargo dá, considerando discurso bem aceito pela grande mídia conservadora, para estar na prefeitura de Goiânia – portanto, longe dos apelos do poder de Brasília – e dependendo do apoio do governador Marconi Perillo (PSDB), no Palácio das Esmeraldas.
Pois, o tucano administra o Estado com olhos voltados para objetivos maiores, também, no horizonte o Palácio do Planalto. Pode-se imaginar que em pouco tempo haveria uma disputa entre dois nomes fortes, liberais, com possibilidade de inviabilizar a ordem política de grupo no Estado – a oposição agradeceria.
Assim, como é necessário o candidato da oposição ao prefeito petista Paulo Garcia ganhar as ruas, o tempo de Torres de publicidade em torno de seu nome chegou a fim. Sem dúvida o democrata fará falta nesta campanha, que se continuar assim, será mesmo mais para o silêncio, das jogadas intramuros, do que para discursos ideológicos, públicos, o do bom combate.
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