SEMANAS DECISIVAS EM GOIÁS

O que se deve fazer é esperar ou agir. O jogo não terminou e somente se encerra depois do fechamento das urnas.

POLÍTICA - As eleições em Goiás entram nas últimas semanas com acentuada indefinição de quem será o próximo governador, pois conforme apontam os institutos de pesquisas, neste momento, há uma redução da diferença entre Marconi Perillo (PSDB) e Íris Rezende (PMDB). Hoje a diferença pode estar entre 12% a 4% em favor do tucano, dependendo da metodologia trabalhada pelos pesquisadores, o que indica, de qualquer forma, crescimento do ex-prefeito e queda do senador, se verificada a tendência dos números do primeiro turno.

Importante ressaltar que as pesquisas registram um momento de posicionamento social, sem descartar a sinalização política de cada levantamento, conforme aproximação com determinado partido. Não há, de fato, isenção neste território da política. Feitas as ressalvas dois pontos a serem analisados. Primeiro que a campanha a presidência deverá ter reflexos no estado.

Desta forma, o crescimento de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) poderá fazer oscilar os números das pesquisas em Goiás. Afinal, o eleitor sabe que muitos recursos que chegam aos municípios vêm da União. Os projetos propalados podem não sair do papel caso ( como metrô, por exemplo) não consiga passar pelos trâmites políticos de Brasília.

Em segundo, para alguns analistas políticos seria impensada a transferência de votos tanto do governo federal, quanto de Vanderlan Cardoso (PR), terceiro colocado no primeiro turno. Será? A rigor, o olhar sobre a sociedade carece de fórmula menos simples, como se os reflexos se repetissem a cada eleição.

Em essência, o Brasil não conheceu um presidente com tanto carisma e com grande aceitação entre a maioria da população de baixo poder aquisitivo como Lula, além do mais, qual seria a aposta em Dilma Rousseff sem o apoio do presidente? Alguns tucanos de altas plumagens imaginaram, antes do início da campanha que o teto para a petista com os símbolos do governo seria de 40%. Faz muito tempo que ultrapassou este patamar.

O discurso (em tom de crítica) de Alcides Rodrigues, sendo vice governador e parceiro de Perillo por dois mandatos, não pode ser descartado. Afinal, o candidato apoiado por ele conseguiu fazer pesar a balança para a realização de segundo turno. Simbolicamente Cardoso pode carrear votos.

Neste momento, José Serra admite que sua campanha está sem fôlego (e discurso), não consegue fatos novos que o mantenham no imaginário coletivo. Por outro lado, pode-se perceber crescimento de Rousseff, a qual passou por momentos difíceis para desvencilhar da agenda aborto, que vai rondá-la até o último dia das eleições. Quem ganha com o avanço da candidata de Lula é Íris Rezende que aparece ao lado da petista desde o primeiro turno. Marconi Perillo, por seu turno, depois de esconder Serra, agora usa sua imagem para sucesso e insucesso, conforme o desenrolar das eleições.

Se por um lado pesa contra Íris Rezende a sua idade já avançada e a imagem de indiferente ao moderno, Marconi Perillo não conseguiu mudar a pecha de autoritário e concentrador, o que de alguma forma assusta lideranças políticas e eleitores. Nas entrevistas nos veículos audiovisuais deixa transparecer dificuldade de diálogo com jornalistas. Talvez seja um problema, em especial, dos tucanos e democratas ao lidar com a imprensa, apesar do forte apoio que recebem dos donos das empresas de comunicação, em grande parte.

A rigor, chegou a hora de os eleitores se posicionarem, apesar das incertezas. Mesmo aqueles que já se decidiram, podem na última hora mudar de comportamento, como ocorreu no primeiro turno para governo de Goiás e presidência. Desta maneira, o que se deve fazer é esperar ou agir. O jogo não terminou e somente se encerra depois do fechamento das urnas.

2 comentários:

Joelson Vieira disse...

Bom, a politica hoje em goias ta complicado de se decidir em quem votar.
Eu gostaria de saber sobre sua opinião em relação a censura ocorrida no programa do Paulo Beringhs?
O fato em que o mesmo pediu demissão no ar por dar valor a sua ética.


Mas sabe o que é mais difícil sobre isso tudo, é ver pessoas na rua dizerem que não acreditam naquilo. Pessoas que tem a capacidade de dizer que o Sr. Beringhs recebeu dinheiro do Marconi para poder fazer aquilo.
É por isso que o goiano vai morrer tendo a vida que tem, porque ver as coisas e não acredita, preferem ter colocar um corrupto no governo pra ter "um centímetro" de asfalto na porta da sua casa. Isso é falta de vergonha na cara.

Unknown disse...

Na minha opinião não acho que o pessoal do PSDB tem dificuldade de diálogo com os jornalistas, aliás acredito que José Serra foi o que deu melhor desempenho em quase todas as entrevistas, vendo de modo geral. Acredito que, pela experiência em cargos eletivos, o Serra já tem os macetes de falar como um político deve falar, e a Dilma peca nessa parte.

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