A próxima semana será decisiva, contudo, o sentimento de êxito na campanha entre os populares é maior para Rousseff do que para Serra.
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL - A pesquisa do Datafolha publicado neste sábado (16) desenha um quadro de estabilidade para a campanha presidencial, o que indica vitória de Dilma Rousseff (PT) neste segundo turno, com 47% contra 41% do tucano José Serra - importante, entretanto, cuidado com as pesquisas. Apesar de haver eleitores sem saber em quem votar - 8% antes eram 7%, representativo diante do acirramento -, e possibilidade óbvia de mudança de comportamento do eleitorado, mas não há sinal de oscilação significativo.
A rigor, mais uma vez deverá haver muitas abstenções e votos nulos, o que não deveria assustar os analistas políticos. Não havendo empatia com um ou outro candidatado é direito de cidadania não votar em ninguém, um sinal da insatisfação com os nomes postos. Natural e até necessário numa sociedade heterogênea.
Desta forma, a semana será movimentada com fatos novos, certamente, como ocorre numa campanha absolutamente partidarizada pelas empresas de comunicação, agora com a inserção de parte de religiosos, pertencentes aos redutos eleitores de Serra, principalmente São Paulo e região de Minas Gerais, de Aécio Neves (PSDB) – religião tem participação política, bom que se diga. Evidentemente, que os meios de comunicação têm importância neste processo, entretanto, como demonstrou seus interesses abertamente, sua força se reduz neste final de decisão, ficando a mercê de escândalos a serem publicizados e gerar incertezas.
Não há dúvida do intenso trabalho de jornalistas em busca de material a ser veiculado, capaz de vender jornais e jogar foco nas eleições, tanto melhor para as grandes empresas se for contra petistas, o que se mostra a tendência.
Sobre a religiosidade, apesar da valorização da mídia sobre os casos veiculados sobre escândalos, a fé religiosa sempre foi um ponto a ser observado pelos homens e mulheres da política, o que de alguma forma já deu tempo para a população entender o que está por detrás da discussão, os interesses políticos apenas.
A leitura que se faz é que José Serra não tem perfil de um exímio religioso e busca o tema apenas como forma de atrair o eleitor – a rigor Fernando Henrique Cardoso caiu nesta armadilha em 1985 em campanha para a prefeitura paulista, se mostrando cético quanto ao tema – qual seria de fato a posição de Serra na sua vida privada? Exemplo disso está na mudança de comportamento dos grupos de pessoas de alto poder aquisitivo que migrou para Dilma Rousseff, pois houve excessos do tucano no trato com os símbolos sociais, o que deixa perpassar falta de objetividade e discurso vazio.
A próxima semana será decisiva, contudo, o sentimento de êxito na campanha entre os populares é maior para Rousseff do que para Serra. Contudo, atenção será importante nesta reta final do processo eleitoral para a presidência.
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