Há dois caminhos para o ex-prefeito de Senador Canedo: apoiar Íris Rezende ou Marconi Perillo; ou ainda a alternativa da neutralidade. Sem dúvida, a última opção pode ser arriscada, estar em cima do muro nem sempre é a melhor saída, e os tucanos sabem disso.
POLÍTICA REGIONAL - As eleições em Goiás serão, neste segundo turno, pela imagem que se apresenta, acirrada, pois no final da fase anterior Marconi Perillo (PSDB) visivelmente perdeu fôlego e empolgação, por isso, não conseguiu avançar o suficiente para decidir o pleito antecipadamente. Num processo longo como é uma campanha eleitoral, em que as propostas muito se assemelham, ou seja, todos estão dispostos à bondade, sobressai aquele que apresenta condições para materialização das propostas de convencimento do eleitor. Neste caso os apoios políticos passam a ser fundamentais.
Nesse espaço, Íris Rezende (PMDB) leva vantagens, pois tem o apoio de três prefeituras importantes (Goiânia, Aparecida e Anápolis); mesmo que indiretamente, devido a pressões partidárias, terá o aceno de Alcides Rodrigues (PP) e o governo federal deverá aumentar sua presença no estado, afinal, agora Dilma Rousseff (PT) vai sair a campo em busca de visibilidade para o seu discurso, em todos os estados.
Marconi Perillo não está só evidentemente, a sua campanha terá o peso de boa parte das prefeituras de Goiás e José Serra se fortaleceu ao chegar ao segundo turno. O crescimento nas pesquisas (que continuaram sob as dúvidas do primeiro turno, em que fazem parte de uma estratégia comunicacional) do ex-governador paulista poderá beneficiar o senador, mas conforme o embate federal.
No que se refere à comunicação das campanhas, a vantagem vem sendo do PSDB no estado, e deveria ser uma preocupação dos peemedebistas se desejam sucesso nesta fase de muito embate. Não se comunica na contemporaneidade como se fazia na época das cartas e telégrafo. Informação tem tempo e data de vencimento, as pessoas se acostumaram às mensagens quase em tempo real, isto significa que quem informa primeiro tem mais retorno. Neste caso entram as respostas as acusações e denúncias.
Apoios no estado
Vanderlan Cardoso neste momento faz as contas para saber quais os reflexos de sua decisão agora terão no futuro. O que é uma análise legítima, pois conseguiu atingir o objetivo de se projetar no cenário político regional. Se Perillo é centralizador, Rezende não fez herdeiros políticos, além do que o PT deverá lutar duramente para a reeleição de Paulo Garcia em 2012. Então para que lado vai o PR? O governador Alcides Rodrigues deverá ter peso nesta decisão, afinal, Cardoso se destacou politicamente como resultado da disputa entre Rodrigues e Perillo. As relações partidárias com grupos são fundamentais para existência de um nome viável.
Dito isso, há dois caminhos para o ex-prefeito de Senador Canedo: apoiar Íris Rezende ou Marconi Perillo; ou ainda a alternativa da neutralidade. Sem dúvida, a última opção pode ser arriscada, estar em cima do muro nem sempre é a melhor saída, e os tucanos sabem disso.
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