SERPES OPONTA DIFERENÇA TUCANA

Na realidade, a publicação de pesquisas deve ocorrer nos próximos dias, quando será possível aferir com mais precisão a condição dos dois candidatos.

PESQUISA ELEITORAL - As pesquisas eleitorais geram enormes desconfianças entre os eleitores e críticas as mais diversas entre os postulantes ao governo do estado. Em Goiás o mais tradicional instituto de pesquisa, o Serpes, vem sendo alvejado por denuncias da campanha de Íris Rezende (PMDB), por afirmar que a empresa presta serviços a Marconi Perillo (PSDB) e, por isso, não teria isenção o suficiente para realizar e divulgar intenção de votos neste segundo turno. Por outro lado, os tucanos a cada rodada, comemoram os números publicados pelo jornal O Popular, com diferença que se mantém, com vantagem para o senador.

Na publicação deste sábado, com amostras colhidas entre os dias 19 e 22, mais uma vez Perillo permanece na dianteira na corrida ao governo do estado com 9,9% dos votos, faltando apenas nove dias para as eleições. Contudo, o resultado indica crescimento do peemedebista e queda do tucano. A diferença na pesquisa anterior era de 11,5%, portanto, uma redução de 1,6%, com margem de erro de 3,1%.

Os números são divergentes dos institutos de pesquisa IBOPE e Vox Populis que asseguram uma diferença de 4%, com empate técnico, sendo todas divulgadas na semana passada. O que demonstrava transferência de votos de Vanderlan Cardoso (PR) para Rezende, com reflexo na campanha presidencial. Como o Serpes é mais "conservador" em sua metodologia é possível que a medição destas empresas também demonstrem uma redução ainda maior, nas próximas publicações.

Conforme a empresa de pesquisa goiana, o peemedebista avançou na capital, aumentando sua diferença de 4% para 9,9%; e no entorno de Brasília Rezende consegue reduzir a distância de Perillo, caindo pela metade, de 30% para 17,6%. Lugares com grande densidade eleitoral. Com exceção de Goiânia, o tucano leva vantagem em todas as regiões, conforme o Serpes, embora com oscilações.

Na realidade, a publicação de pesquisas deve ocorrer nos próximos dias, quando será possível aferir com mais precisão a condição dos dois candidatos neste momento crucial para se decidir qual será o próximo governo dos goianos.

Despedida

A semana esteve movimentada com o caso Paulo Beringhs e TBC, cuja despedida ao vivo do jornalista de seu programa de entrevistas, se espalhou por todo país, sendo reproduzido pelas novas mídias e tradicionais, capitalizado pela campanha de Marconi Perillo. Um jogada arriscada do apresentador que afirma ter dignidade diante do interesse do colega de empresa que prefere manter o emprego.

A disposição para a integridade de um profissional de imprensa deve ser preservada, mas não deve atingir a honra de outro jornalista, sem direito ao uso da palavra, com resposta inaudível e ausência de imagem.

Sobre o fato da censura da entrevista de Perillo vale questionamento e discussão, mas a despedida tão radical, ao lado de Demóstenes Torres (DEM), pode levar a desconfiança da população e imprensa dos interesses reais de Beringhs ao ser informado pelo Jornal Folha de S. Paulo, como membro do PSDB.

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